4 . 9 – Paço Episcopal - V
1958
Continuando o texto "Apontamentos Biográficos, um Texto de Levi Guerra":
Regressado à sua Diocese do Porto, sempre mantido como Titular da Diocese do Porto por Roma,
desenvolve uma vasta acção pastoral de extraordinária notoriedade, fazendo da cultura o seu principal instrumento de ensino, dos seus sacerdotes, dos seus diocesanos e de todo o País, intervindo publicamente em sucessivas e oportunas tomadas de posição, em homilias - as homilias da Paz -, em entrevistas, em conferências e em livros: - Paz em Portugal pela reconciliação entre os portugueses; - Ministério Sacerdotal e sua renovação; A Igreja pós-conciliar; Paz da Vitória ou Paz da Justiça?; A Paz depende de ti; Ecumenismo e Direitos do Homem na Tradição Antiga Portuguesa; Endireitai as Veredas do Senhor; Bater a penitência no peito dos outros?
Entre as actividades pastorais salientam-se: a criação do Gabinete de Informação e Cooperação Social na Diocese, o Gabinete de Opinião Pública, a Comissão Diocesana Justiça e Paz, a reformulação do órgão oficioso da Diocese "Voz Portucalense", a criação da Junta de Coordenação Pastoral do Conselho Presbiteral e do Conselho dos Leigos, a reforma dos Seminários, a criação do Instituto de Ciências Humanas e Teológicas, procedendo, ainda, ao reordenamento pastoral da Diocese e à reorganização do Cabido.
25º Aniversário da Sagração Episcopal – 10-5-1973
D. António com D. Domingos Pinho Brandão e D. Serafim Ferreira da Silva
Em 12 de Março de 1981 solicitara a sua resignação como Bispo do Porto, de acordo com o estipulado no Código do Direito Canónico, pedido esse aceite "em princípio" a 8 de Maio seguinte, mas cujo efeito só viria a dar-se depois.
A 8 de Março de 1982, o Clero do Porto reuniu-se com D. António numa significativa "HOMENAGEM E DESPEDIDA".
Homenagem a D. António no Palácio da Bolsa. Da esquerda para a direita Pastor Ashley; D. Serafim Ferreira e Silva; D. Lourenço, Abade de Singeverga; D. Pina Cabral (Igreja Lusitana); D. Fernando Luso Soares (Igreja Anglicana); D. Armindo Lopes Coelho e D. Domingos Pinho Brandão – 24/4/1982.
A 12 de Maio de 1982 retira-se para a Quinta da Mão Poderosa, em Ermesinde, onde se vai entregar "ao muito que ainda tinha para fazer" e aos "outros e pessoais desafios que a vida de bispo lhe punha"...
Veio a falecer, numa grande tranquilidade, e sempre consciente até ao fim, na madrugada do dia 13 de Abril de 1989". Levi Guerra in 'Fonte' nº1 (Revista do Instituto Cultural D. António Ferreira Gomes)
Assistência à referida homenagem
Em Abril desse mesmo ano, um grupo de leigos promoveu uma solene e honrosa Sessão Pública de Homenagem a D. António, no Palácio da Bolsa cujo Pátio das Nações se encheu e onde foi tirada a fotografia que aqui se inclui.
A 10 de Junho de 1982 despediu-se, por célebre carta, do Episcopado Português.
Casa da Quinta da Mão Poderosa em Ermesinde
A 12 de Maio de 1982 retira-se para a Quinta da Mão Poderosa, em Ermesinde, onde se vai entregar "ao muito que ainda tinha para fazer" e aos "outros e pessoais desafios que a vida de bispo lhe punha"...
Foi então que escreveu o livro "Cartas ao Papa", finalmente traduzido em italiano e em francês, e onde D. António deixa a súmula do seu pensamento de homem da Igreja Católica e da cultura Nacional.
Funeral de D. António Ferreira Gomes – 13-4-1989
Sepultura de D. António Ferreira Gomes, no cemitério de Milhundos. A estela com a rosa e a cruz é obra da escultora Irene Vilar. A sepultura foi projectada pelo Arq. Manuel Marques de Aguiar.
Escultura de Arlindo Rocha – 13-4-1991
D. António Ferreira Gomes – vídeo
Instituto D. António Ferreira Gomes - vídeo
A Obra da Rua, fundada pelo saudoso Padre Américo, foi sempre muito querida e apoiada pelo nosso Bispo.
Costumava visita-lo com assiduidade, pois era a ele, e só a ele, que entendia dever prestar contas.
Padre Américo sempre quis que a sua Obra estivesse ligada às dioceses onde tinha as suas casas, mas de um modo muito especial à Diocese do Porto, pois era aqui que tinha a sua sede e onde ele vivia.
Nas horas mais difíceis era a ele que recorria o “Pai dos Pobres” e trazia sempre o seu apoio, compreensão e orientação.
Na grave crise que antecedeu e se seguiu à morte do Padre Américo D. António actuou de forma muito firme e decisiva para que a Obra da Rua não desaparecesse.
Foi ele que impôs o Padre Carlos Galamba como Superior da Obra da Rua, a pedido de Padre Américo num importante encontro com D. António, poucos dias antes da sua morte.
Casa-Mãe da Casa do Gaiato de Paço de Sousa
D. António em visita à Casa do Gaiato pouco depois do seu regresso do exílio. Á sua direita está o Padre Carlos Galamba - 1969
A ALDEIA DOS RAPAZES DA RUA: A OBRA DO PADRE AMÉRICO - 1947
http://www.cinemateca.pt/Cinemateca-Digital/Ficha.aspx?obraid=2396&type=Video
Espigueiro que deu origem à Capela do Calvário de Beire – 1955 – foto do blogue aoencontrodopassado.
Espigueiro do Pão Vivo, como lhe chamou Padre Américo.
Tendo recebido a doação, em 1954, da Quinta da Torre, em Beire, Padre Américo instalou aí uma casa para doentes incuráveis, cuja finalidade era dar um fim de vida digno e feliz aos doentes pobres e abandonado, a que chamou "O Calvário". Também tem uma Casa do Gaiato.
Bênção da primeira Capela do Calvário de Beire