quinta-feira, 28 de maio de 2015

GOVERNO ECLESIÁSTICO - II

5 . 1 - Governo Eclesiástico - II



Desenho no Blogue Tovi

1 – Entrada
2 - Capela Mor
3 – Altar de prata e imagem de Nª: Sª: de Vandoma
4 – Capela de S. Pedro e imagem de Nª. Sª. da Silva
5 – Coro com o órgão de tubos de Georg Jann - 1855
6 – Claustro
7 – Capela de S. João Evangelista
8 – Claustro Velho
9 – Capela de S. Vicente
10 – Escadaria interior
11 – Casa do Cabido

Resumo da cronologia das obras na Sé:


Primeira metade do séc. XVIII – Ainda existe o relógio entre as torres, só demolido em 1927.

“Séc. 12, final - início da construção da Sé, com o bispo D. Fernão Martins Pais; 
1271 - legado testamentário de D. Afonso III para a construção;
1385 - o Bispo D. João III oferece mil pedras lavradas para o Claustro Gótico;


1387, 14 de Fevereiro - casamento de D. João I e de D. Filipa de Lencastre na Sé; 
1406 - a cidade do Porto passa a senhorio da Coroa; 
1496-1505 – construção do alpendre de São João, atribuível a António Pereira; execução do retábulo-mor, encomendado pelo bispo D. Diogo de Sousa, que doa um pontifical e dois frontais para o altar;


1502 - 1567 - a primeira sede da Santa Casa da Misericórdia do Porto está instalada na Capela de Santiago no Claustro Velho; 
1537 - 1539 - construção do coro-alto em madeira, por André Siciliano e António Simões a mando de D. Baltazar Limpo;
1538 - execução do órgão por Heitor Lobo, por 150$000; 
1545 - feitura dos assentos da capela-mor por João Anes, do Porto.
1557, 05 Junho - conclusão do zimbório que remata o cruzeiro;


Para esta capela foram transladados, em 1614, os restos mortais dos bispos portuenses para a cripta que está sob a Capela de São Vicente, obra de D. Frei Gonçalo de Morais. Encontravam-se no Claustro velho ou “cemitério dos Bispos”.

1591 - construção da Capela de São Vicente e da primitiva Casa do Cabido;



Planta primitiva da Sé com a charola.


1606 - 1610 - construção da capela-mor substituindo-se a primitiva abside e charola, sendo dotada com retábulo e cadeiral;


 1632 - 1641 - construção do primeiro andar da estrutura escalonada do Altar de Prata da Capela do Santíssimo, por Manuel Guedes; 
1639 - conclusão do segundo nível do Altar de Prata, por Manuel Teixeira e Manuel Gomes;


Foto Edson Maiero

1639 - 1671 - construção da galeria superior do claustro; 
1647 - conclusão do terceiro andar do Altar de Prata, por Manuel Guedes e Bartolomeu Nunes;


séc. 17, meados - colocação na capela-mor do órgão do lado do Evangelho;


1676 - 1682 - concessão do frontal de altar de Prata por Pedro Francisco Francês; 
1679 - 1682 - execução da banqueta do Altar de Prata;


Retábulos destruídos nos anos 30 do séc. XX – Photo Guedes - 1910 

1682, 19 Janeiro - contratos da obra de talha, douramento e pintura de 6 retábulos, a executar por Domingos Nunes, 20 Janeiro - Domingos Lopes toma três dos seis retábulos contratados por Domingos Nunes; 30 Dezembro - contrata a obra de pintura dos retábulos Manuel Ferreira, que a confiou a Manuel Correia; 
1683 - D. Fernando Correia de Lacerda manda fazer oito painéis para os retábulos; 
1685, 14 Abril - contrato com Mateus Nunes de Oliveira para a feitura do espaldar do cadeiral do coro; 
1700 - ampliação da estrutura da Sacristia do Cabido durante o bispado de D. Frei Gonçalo de Morais; 
1709, 11 Abril - estabelecimento dos primeiros contratos com os mestres pedreiros com vista à construção da Casa do Cabido; 29 Abril - estabelecimento dos contratos com os mestres carpinteiros para a mesma; 

segunda-feira, 25 de maio de 2015

GOVERNO ECLESIÁSTICO - 1

5 . 1 - Governo Eclesiástico - I

Neste capítulo ARC trata das várias autoridades existentes nas terras governadas pelo Porto. Dada a sua extensão e pormenor daremos somente um pequeno resumo de quais são e suas principais atribuições.



Igreja românica de Meinedo

Embora com interpretações ligeiramente diferentes transcrevemos dois textos sobre a Diocese de Meinedo.
"Durante a ocupação da Península Ibérica pelos Suevos foi criado o primeiro Bispado de que há memória na Diocese do Porto. Desse Bispado dá-nos notícias o II Concílio Bracarense, ocorrido em 572. Este é, curiosamente, o ano em que também aparece a menção daquele que, porventura, terá sido o primeiro bispo de Lamego: Sardinário.
Na respectiva acta, pode ler-se: "Viator, Magnetensis Eclesiae Episcopus, his gestis subscripsi". Magneto é Meinedo, e o seu primeiro Bispo (residente) foi, portanto, Viator.
Dada a sua condição de Bispado, não se estranhe a existência de um Mosteiro em Meinedo. Contudo, a Sé cedo seria transferida para o Porto com a chegada dos Godos à Península...
Desde então e ainda "hoje", nas actuais nomeações de bispos auxiliares de uma determinada diocese, alguns deles, existindo vagatura, receberam (ou recebem) o titulo de: Bispo Titular de Meinedo (ou de Magneto) e Auxiliar da Diocese de ... " In Meinedo blogspot
“Lista de bispos de Magneto:
1. Basílio
2. Arisberto 
Lista de bispos titulares de Magneto:
1. Angelo Frosi, S.X. (2 de Fevereiro de 1970 - 26 de Maio de 1978, depois bispo de Abaetetuba)
2. Armido Gasparini, M.C.C.I. (15 de Março de 1979 - 21 de Outubro de 2004)
3. António Francisco dos Santos (21 de Dezembro de 2004 - 21 de Setembro de 2006, nomeado bispo de Aveiro)
4. Léon Kalenga Badikebele (desde 1 de Março de 2008)” In Wikipédia
Como se verifica o actual Bispo do Porto, D. António Francisco, foi Bispo Titular de Meinedo de 2004 a 2006.



In As religiões da nossa vizinhança, Geraldo J. A Coelho Dias
https://books.google.pt/booksid=ndlK2HkuadYC&pg=PA174&lpg=PA174&dq=censual+do+cabido+do+porto&source=bl&ots=zr2vLDrfhk&sig=4M29nnK0miArmfIxygvhOkTBGJI&hl=pt-PT&sa=X&ei=P61TVcWWK8vpUoamgNAF&ved=0CE0Q6AEwCQ#v=onepage&q=censual%20do%20cabido%20do%20porto&f=false


Obscura nas suas origens, como outras dioceses hispânicas, a primeira referência data do III Concílio de Toledo, em 589, ao qual assistiu o bispo Constâncio. Em 572 há referência aos bispos da Galiza, presentes no Concílio de Braga, entre eles Viator.
Meinedo (Magnetis) é, na actualidade, uma freguesia pertencente ao concelho de Lousada que dista da cidade do Porto cerca de 30 km, e terá sido, segundo toda a probabilidade, a primeira Sé da Diocese do Porto.
A actual diocese está situada ao Norte do País, ao longo do litoral atlântico, prolonga-se em direcção ao interior pela margem esquerda do Rio Ave e Vizela, até ao vale do Tâmega (inclusive), e é limitada a Sul pelo vale do Rio Douro, que ultrapassa na faixa litoral até ao Rio Antuã e coincide em grande parte com a província do Douro Litoral.
A Diocese do Porto, sufragânea da Arquidiocese de Braga, tem uma área de 3 010 km². Engloba 26 concelhos, 17 dos quais pertencem ao distrito do Porto, oito ao distrito de Aveiro e um ao distrito de Braga. Tem quatro regiões pastorais, 22 vigararias e 477 paróquias. A população da diocese é de, aproximadamente, 2 milhões de pessoas.

Site da Diocese do Porto – Cronologia dos Bispos do Porto:
Nesta barra interactiva, é possível encontrar a lista de todos os Bispos desta Cidade e descobrir alguns dados biográficos sobre os Bispos Diocesanos que se destacaram nas suas funções.
É uma aplicação informativa, que tenta percorrer os três períodos históricos desta Diocese; o Período Suévico-Visigótico, o Período da Reconquista e, por fim, o Período da Restauração Definitiva das Dioceses. No total, é abrangida uma secção temporal, que vai desde o Séc. VI até ao Séc. XXI.
Os dados foram recolhidos da publicação História Eclesiástica de Portugal, da autoria do Pe. Miguel de Oliveira e do livro Bispos do Porto - retratos, do Dr. Manuel Joaquim Moreira da Rocha.
A primeira notícia referente à vetusta Sé do Porto remonta ao século VI - pois em 589, ano do III Concílio de Toledo, presidido pelo monarca visigodo Recaredo, teve assento D. Constâncio, bispo da Igreja Portucalense. No século VIII, os muçulmanos conquistaram o Porto, arrasando a primitiva Sé Catedral e mudando-se os bispos titulares para Oviedo e outras dioceses do Norte da Península Ibérica. Reconquistada a cidade para as armas cristãs, a Sé episcopal seria reconstruída.
A primeira notícia referente à vetusta Sé do Porto remonta ao século VI - pois em 589, ano do III Concílio de Toledo, presidido pelo monarca visigodo Recaredo, teve assento D. Constâncio, bispo da Igreja Portucalense. No século VIII, os muçulmanos conquistaram o Porto, arrasando a primitiva Sé Catedral e mudando-se os bispos titulares para Oviedo e outras dioceses do Norte da Península Ibérica. Reconquistada a cidade para as armas cristãs, a Sé episcopal seria reconstruída.


Após um período de 27 anos em que se declarou "sede vacante", estando encarregue do governo da diocese uma série de cónegos-arcediagos, o bispo francês D. Hugo é eleito em 1114. Recebeu avultadas doações de D. Teresa e, posteriormente, de D. Mafalda (respectivamente mãe e mulher de D. Afonso Henriques),


Planta e texto do estudo de Bernardo Serpa Marques


"A diocese de Penafiel é uma diocese histórica, sendo actualmente uma sé titular.
Foi criada em 1 de Junho de 1770 por bula do Papa Clemente XIV, desanexada da diocese do Porto, com a elevação da vila de Arrifana de Sousa a cidade por D. José I, sob o nome de Penafiel; a sua criação ficou em parte a dever-se ao desejo de Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal e Ministro de D. José, de afrontar o bispo do Porto, com o qual digladiava havia algum tempo, retirando-lhe assim uma fatia muito significativa da sua diocese e, mais importante que isso, os respectivos rendimentos.
Foi nomeado para prover o cargo episcopal Dom Frei Inácio de São Caetano, confessor da princesa da Beira D. Maria. Esta, ao subir ao trono em 1777, conseguiu a renúncia de Frei Inácio no ano seguinte, e pedia pouco depois a abolição da diocese ao Papa, sendo esta reincorporada no bispado do Porto (1778).
Presentemente, o título de bispo titular de Penafiel continua a ser usado por bispos auxiliares, à semelhança do que sucede com outras dioceses históricas de Portugal extintas”. In Wikipédia

sexta-feira, 22 de maio de 2015

OUTROS EDIFÍCIOS PÚBLICOS - XVII

4 . 14 – Casa da Batalha



Brasão – Silva, Guedes, Melos e Pereira - do início do séc. XIX 


Praça da Batalha cerca de 1915 - a circulação e o estacionamento fazia-se pela esquerda até 1928.


1913

À esquerda vê-se A Construtora, de Campos & Morais, armazém de ferragens e materiais de construção. Neste local encontra-se hoje o Cinema Batalha.


Pena foi ter sido destruído o edifício deste armazém


Para dar lugar ao Cinema High-Life, depois Cinema Batalha.


Novo Cinema Batalha de 1947


Casa da Batalha – Construída na esquina da Rua Entre Paredes e a Praça da Batalha em fins do séc. XVIII por José Anastácio da Silva da Fonseca, que casou com D. Joana Meireles Guedes de Carvalho, senhora da casa da Aveleda, em Penafiel. Era a casa com o maior salão de baile do Porto, à excepção do da Feitoria Inglesa, onde se realizaram muitas e animadas festas. 
Em 1832 os proprietários abandonaram a casa e refugiaram-se na sua Quinta da Aveleda pois eram miguelistas. Em 1842, já no reinado de D. Maria II, a casa foi restituída ao seu proprietário bastante danificada em consequência da ocupação. 
Em 1861, quando a câmara mandou terraplanar a praça, para a colocação do monumento a D. Pedro V, a casa ficou cerca de um metro acima do pavimento. A câmara indemnizou a família em 800.000 reis. Esta verba foi aplicada no rebaixamento do exterior e interior da casa,o  que é bem visível nas janelas do andar térreo. 
Pouco depois foi realizado o leilão do rico recheio, que rendeu a avultada quantia de 8.508$284.
Em 1864 o estado alugou-a para nela instalar os CTT e acabou por a comprar em 1881.
Durante o cerco do Porto os Miguelistas tentaram tomar o reduto da Serra do Pilar, mas os chamados “Polacos”, sob o comando de Bernardo de Sá Nogueira não o permitiram, defendendo-o energicamente. Este, depois feito Marquês de Sá da Bandeira, foi ferido no braço direito na batalha que decorreu no Alto da Bandeira (actual Largo dos Aviadores). Levado para o Hospital militar, sediado nesta casa, foi-lho amputado e enterrado junto de um cedro do jardim.


Em 2009 o edifício foi vendido ao grupo hoteleiro Hotel Dona Inês onde actualmente tem hotel NH Collection Porto Batalha – foto de Armando Tavares.

4 . 15 – Hospital de S. João




Planta


Construção




No dia 8/11/1914 o Governador Civil do Porto pediu ao Governo que considerasse a inclusão no orçamento da verba de 40 contos de reis para a construção do Hospital Escolar. Porém, só em 31 de Julho de 1943 foi aprovado o Decreto-Lei 22917. 
“A inauguração do Hospital de S. João pelo chefe de Estado, Almirante Américo Tomás, teve lugar a 24 de Junho de 1959. Era Ministro da Educação o Prof. Leite Pinto que na sessão pública desenvolveu um tema adequado à circunstância: «A Medicina e o homem total». É um hospital escolar e nele está instalada a Faculdade de Medicina. Até àquela data a Faculdade pudera dispor de algumas enfermarias do Hospital de Santo António, pertença da Santa Casa da Misericórdia. Agora muda-se para a Asprela, o chamado pólo 2".


1958

"Do evento se cunhou uma medalha comemorativa que tem, no anverso, o patrono, S. João, a sustentar na mão direita o majestoso edifício. No reverso, a figura sentada simboliza a ciência, cuja mão esquerda segura vários pergaminhos, enquanto na direita, ergue a lâmpada para maior difusão da luz – luz que esclarece aqueles que, elevando-se pelo estudo, dignificam e honram a sua profissão. A traça do edifício deve-se ao arquitecto alemão Hermann Distel, considerado especialista em construções hospitalares. Era da sua autoria a Clínica Universitária de Berlim. A nova construção representa um avanço no que respeita às condições de conforto de doente, das condições de assistência, equipamento, ensino e investigação".


Aí fica sediada, em vários pisos, a Faculdade de Medicina, ou seja, uma unidade escolar, dependente do Ministério da Educação, incrustada numa unidade hospitalar, dependente do Ministério da Saúde – situação híbrida da qual brotam periodicamente algumas fricções. A Faculdade de Medicina, mercê da introdução do «numerus clausus», tem uma frequência reduzida, se se tiver em conta o número de docentes. O corpo professoral desta escola, altamente preparado, tem vindo a ser subaproveitado. Para tanto contribui a assistência, na mesma universidade, de outra escola que ministra licenciatura em Medicina. Em média, forma por ano 50 diplomados. A licenciatura adquire-se ao fim de 6 anos. Segue-se o chamado «internato geral», com a duração de 2 anos.
Adaptado do livro do Prof. Doutor Cândido dos Santo.
"História da Universidade do Porto - Raízes e Memória da Instituição." Do site da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto



1984


Capela

vídeo

segunda-feira, 18 de maio de 2015

OUTROS EDIFÍCIOS PÚBLICOS - XVI


4 . 13 – Palácio dos Carrancas e Museu Soares dos Reis - IV

Finalmente em 1942 procedeu-se ao depósito das colecções do extinto Museu Municipal do Porto, com secções muito variadas desde a pintura às artes decorativas passando pela lapidária e a arqueologia conferindo ao museu clássico de Belas-Artes um carácter misto.


Infância de Caím - António Teixeira Lopes -1866-1942


Ismael – Augusto Santo - 1889


Apresentação no Templo – pintura sobre madeira – séc. XVI


Ceifeiras – Silva Porto – 1859-1893


Guardando o rebanho – Silva Porto


Costurando – Aurélia de Sousa 


Aurélia de Sousa


Henrique Pousão


Senhora vestida de preto – Henrique Pousão


Fuga de Margarida de Anjou – Francisco Vieira, O portuense


Biombos japoneses que mostram barcos portugueses transaccionando mercadorias


Tinteiro em cerâmica com figura de Minerva- Fábrica de Massarelos - Séc. XIX


Jarra atribuída à Cerâmica de Santo António do Vale da Piedade


Aquário – fábrica de Miragaia


Garrafa em forma de mulher – Fábrica da Afurada


Fábrica de Miragaia


Cálice da Fábrica da Coina – séc. XVIII


Cantil – Espanha – Séc. XVIII


Píxide – Itália – Séc. XVIII


Custódia séc. XVIII


Guarnição de corpete – séc. XVIII


Papeleira com alçado – Inglaterra – séc. XVIII



Escrivaninha – Itália séc. XVIII


Sarcófago romano em mármore – séc. III

Algumas jóias da coroa portuguesa 

Uma história do Museu Soares dos Reis

PPS sobre o museu Soares dos Reise

Visita guiada ao Museu Nacional Soares dos Reis – Henrique Pousão

O Desterrado

Escultura
https://www.youtube.com/watch?v=Jv9OV9OoBmQ

A Viscondessa - vídeo 

Macieiras - Silva Porto

Alguns quadros