quinta-feira, 31 de maio de 2018

TESTEMUNHOS E MEMÓRIAS DOBRE O PORTO - XLIII

9.43 -  CAMILO E O PORTO – IV - TEXTO DE JULIO DANTAS (1890), Locais que Camilo frequentava, Ricardo Browne, Bento Carqueja e o 1º centenário de Camilo, Documentário da BBC sobre o Porto



In Os Cafés do Porto, Maria Teresa Castro Costa


Café Guichard na Praça D. Pedro




Rei reunido com os mercadores – História do Porto – Luis Oliveira Ramos


Dandys do séc. XIX


Ricardo Browne - Retrato de Roquemont Augusto -in Matriznet

“Ricardo Clamouse Browne era filho de Manuel Clamouse Browne, opulento proprietário e negociante de vinho do Porto, e de Maria Felicidade do Couto Browne, poetisa. Os biógrafos de Camilo Castelo Branco referem sempre o conflito entre o escritor
(Camilo) e o filho mais novo da poetisa, Ricardo Browne, motivado pela proximidade entre Camilo e Maria Felicidade. A contenda com Camilo foi o facto que o tornou mais conhecido. No seu tempo, ficou célebre pelos bailes e festas que dava em sua casa. Foi sendo descrito como um "árbitro da elegância", ditando a moda na cidade. Poeta e músico, foi também grande viajante e diplomata. Um dos biógrafos refere que morreu na Foz do Douro em Agosto de 1900". In Os Cafés do Porto, Maria Teresa Castro Costa


Trajes românticos


Jardim de S. Lázaro - 1910


Camilo – in A viagem dos Argonautas


Almeida Garrett

"A cidade do Porto gozava, por esse tempo, de grande prestígio mundial, fundamentalmente por causa da sua importante actividade comercial, mas era já notório o desenvolvimento industrial que estava em curso. Apesar disso e de alguns toques de modernismo que se notavam já, a cidade continuava uma terra de cariz medieval, profundamente provinciana nas pessoas e nos costumes. Por isso, Garrett a comparou mais tarde a "UM GRANDE ALDEÃO"…
A cidade do Porto deu o nome deste seu filho à Praça fronteira à Estação de S. Bento, um largo, situado na zona histórica da cidade, digno do homem que viveu o Cerco do Porto e ajudou a suster as tropas miguelistas.
Ali bem perto, na Praça do General Humberto Delgado e em frente à Câmara Municipal do Porto, ergue-se a estátua do poeta, da autoria de Barata Feyo.
No entanto, em vida, nunca lhe deu a honra de o eleger deputado pela cidade. Ele, que escreveu: "Se na nossa cidade há muito quem troque o B por V, há muito pouco quem troque a honra pela infâmia e a liberdade pela servidão.", morreu com a ferida de não ter sido eleito pela sua terra, que amava e que servira.
Camilo Castelo Branco avança uma explicação para esta "ingratidão" da cidade do Porto. Dizia que os eleitores "ASSENTARAM OS PÉS DE CIMA SOBRE OS REFEGOS DA BARRIGA E REGOUGARAM: CHAMAR AO PORTO 'GRANDE ALDEÃO'! POIS O MEU VOTO É QUE NÃO APANHAS." In blogue Amar o Porto+
Na verdade o Porto nunca lhe perdoou e lhe deu o seu voto

os..


Bento Carqueja – 1860/1935 – in "O Tripeiro", 7ª série, Ano XIII, nº 8-9, Porto, 1994 – In Tripolov


Bento Carqueja com a neta Maria Elisa, o genro Fortunato Seara Cardoso e quadros de «O Comércio do Porto», aquando da inauguração do edifício da Av. dos Aliados (1930). In idem


Caricatura de Gouveia – 1914 – in Idem


1 comentário:

  1. Bom gosto, conhecimento, e excelente oportunidade de recordar feitos tão belos da nossa historia.

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