6.1.31 - Rio Douro, Foz do Douro, Passeio Alegre,
Entrada do Rio Douro – Comander Eduard Bolder - 1823 – nesta data o Porto terminava, a oeste, em Massarelos, ou melhor, no Bicalho; seguia-se Lordelo do Ouro e Foz do Douro.
Foz do Douro – planta de Telles Ferreira – 1892
De destacar: Molhe de Felgueiras, Muro de defesa das marés e a meia laranja, Castelo, Passeio Alegre, Casa do Salva Vidas, Esplanada do Castelo, Praias, Rua da Senhora da Luz, Praça de Cadouços, Rua do Gama, hoje de Diu, Cemitério, Farol da Senhora da Luz, Carreiros e Rua de Gondarém.
Já publicámos vários lançamentos sobre a Foz do Douro, na sua vertente de divertimento, nos dias: 11/10, 14/10, 18/10, 21/10, 26/10, 29/10, 3/11, 8/11, e 12/11 de 2013 e, sobre o Castelo, em 25/6/2015.
Porém, novas informações e fotos fomos recolhendo pelo que, na sequência do que vimos tratando, aqui vai algo mais.
Portugal Antigo e Moderno – volume 3 – 1877
Enseada e praia da Foz do Douro
Praia onde se construiu o Passeio Alegre, no séc. XIX – Castelo e Casa do Salva Vidas, à sua direita a casa com duas torres, onde está hoje o Ramalhete. Á sua direita o prédio grande onde, de 1931 a 1950, existiu o Colégio Brotero, que frequentei de 1942 a 1950 – Na extrema-direita o local onde se secavam e compunham as redes de pesca.
Puxando o barco para a praia
Esta notável fotografia de Emílio Biel, fins Séc. XIX, mostra-nos o Castelo da Foz, o Passeio Alegre ainda muito no início, a Igreja de S. João da Foz, a Cantareira e os cavaletes onde os pescadores preparavam as redes de pesca. A foto foi tirada de muito alto, possivelmente de cima da torre da casa dos pilotos. A primeira casa á direita, mais baixa, pertenceu, antes de 1930, às famílias Magalhães Forbes e Tameirão Navarro.
Passeio Alegre em postal de 1903 – visto do lado Nascente – em 24/11/1862 tinham chegado à alfândega 10 grandes fardos com as espécies florestais encomendadas em Hamburgo.
Obeliscos, de autoria de Nicolau Nazoni, que pertenciam à Quinta da Prelada e que foram para aqui trazidos, pela C.M.P., em 1938.
Casa construída por Domingos de Oliveira Maia, vendida em 1855 a Bento de Sousa Vila, depois pertenceu à família Pinho e hoje é o Ramalhete, e a que acima nos referimos.
Casa que pertenceu, antes de 1930, às famílias Magalhães Forbes e Tameirão Navarro - típica casa de verão.
Foto de Armando Tavares - 2015
Venda de melancias perto do farol de Felgueiras – séc. XIX
Passeio Alegre visto do Forte de S. João da Foz – em dia de venda ambulante – veem-se o chafariz trazido do Convento de S. Francisco e a Estação de Socorros a Náufragos – cerca de 1900.
Palmeiras do Passeio Alegre atingidas pelas marés vivas – Dezembro da 1978
Pescadores na Foz ao pôr do Sol
Colónia sanatorial da Foz iniciada em 1916 – foto de 1929 – o edifício fica no Passeio Alegre e foi escola, onde fizemos o exame da 4.ª classe.
Monumento ao escritor da Foz Raul Brandão (1867/1930)
1939
Vista aérea do Passeio Alegre – Castelo da Foz, Lawn Tennis club, antiga escola e antigos socorros a náufragos.
Passeio Alegre, Castelo da Foz, campos de ténis, antiga escola e antigos socorros a náufragos, Esplanada do Castelo, meia-laranja, Farol de S. Miguel o Anjo e jardim da Cantareira. Do lado Sul do rio está o Cabedelo e a Afurada.
Forte de S. João da Foz e Lawn Tennis Club– foto Nuno Couto Soares – 2015
“Iniciado durante o reinado de D. Sebastião (1557-1578), em 1570, sob a supervisão de João Gomes da Silva, diplomata e homem de confiança da Corte (autoria do mestre de fortificações Simão de Ruão, filho de João de Ruão), constituía-se numa simples estrutura abaluartada, envolvendo o hospício (mosteiro) e a igreja dos beneditinos de Santo Tirso (Igreja Velha) antigas estruturas medievais.
O bispo de Viseu, D. Miguel da Silva edificou neste local uma igreja e paço abacial anexo, para os quais recorreu aos projectos do arquitecto Francesco de Cremona recrutado em Itália; conjuntamente com o Farol de São Miguel-o-Anjo (concluído em 1527), que dista do local poucas centenas de metros, resultaram da sua acção mecenática e constituíram a primeira manifestação de arquitectura renascentista no Norte de Portugal (a capela-mor e nave da igreja, com o envolvimento da estrutura abaluartada e o desmonte da cobertura, funcionaram como praça de armas do forte).
Com a Guerra da Restauração da independência impôs-se a remodelação da fortificação.
Receando uma invasão espanhola pela fronteira norte do reino, o rei D. João IV (1640-56), em 1642 despachou para a cidade do Porto o novo Engenheiro-mor do Reino, o francês Charles Lassart. Este teve oportunidade de constatar, in loco, a ineficácia da estrutura seiscentista diante dos meios ofensivos setecentistas, e elaborou-lhe um novo projeto que a ampliava e reforçava. As obras ficaram a cargo do jesuíta João Turriano. Entretanto, problemas suscitados pela fonte dos recursos junto à Câmara Municipal do Porto e problemas pessoais do Tenente-governador da fortificação Pinto de Matos (1643-1645) atrasaram sensivelmente o início das obras.
Com a nomeação de Martim Gonçalves da Câmara, como substituto de Pinto de Matos (Maio de 1646), as obras foram finalmente iniciadas, com a demolição da Igreja Velha no mesmo ano. Tornadas prioritárias diante a invasão do Minho por tropas espanholas, encontravam-se concluídas em 1653. Dois anos mais tarde, era considerada a segunda do Reino, logo após a de São Julião, e a chave dela (cidade do Porto) com a qual não só se assegurava mas toda a Província do Entre Douro e Minho e a da Beira. Ao final do século XVII, em 1684 estava guarnecida por 22 artilheiros, congregando seis regimentos de Cavalaria e dezoito de Infantaria.
Sobre este castelo ou forte poderão ler, mais completo, no nosso lançamento de 25/6/2015.
Foz do Douro – Joel Cleto