9.27 - Testemunho de Madame Rattazzi - Le Portugal à vol d'oiseau, "Charge" ao livro, Hotel Francfort, Diferenças entre Lisboa e Porto, "Cidade muito obstinada", A Caridade muito praticada no Porto, Baile do Conde de Samodães em honra da Rattazzi,
Madame Rattazzi (1831/1902) - desenho de Bordalo Pinheiro em 1880
Poucos personagens terão sido mais polémicos do que esta escritora, Madame Rattazzi (1831/1902). Nascida na Inglaterra, filha de Sir Thomas Wyse e da mãe francesa, Letícia Bonaparte, era de naturalidade francesa e sobrinha neta de Napoleão I.
Casou em 1849 com um alemão, Frederico de Solms que quem enviuvou em 1863. Nove dias depois casou com um italiano, Conde Urbano Rattazzi, que faleceu em 1873. Sete anos mais tarde casou com um espanhol, D. Luis de Rute de quem também enviuvou em 1889.
Por causa dos seus livros deu tantos problemas aos seus dois últimos maridos, que várias vezes se tiveram de bater em duelo, que não encontrou um quarto que a quisesse. Pode dizer-se que foi uma cidadã europeia.
Visitou Portugal em 1876 e 1879 e sobre essa viagem publicou o livro:
Casou em 1849 com um alemão, Frederico de Solms que quem enviuvou em 1863. Nove dias depois casou com um italiano, Conde Urbano Rattazzi, que faleceu em 1873. Sete anos mais tarde casou com um espanhol, D. Luis de Rute de quem também enviuvou em 1889.
Por causa dos seus livros deu tantos problemas aos seus dois últimos maridos, que várias vezes se tiveram de bater em duelo, que não encontrou um quarto que a quisesse. Pode dizer-se que foi uma cidadã europeia.
Visitou Portugal em 1876 e 1879 e sobre essa viagem publicou o livro:
Este trabalho foi muito discutido e atacado pelos nossos escritores e provocou uma enorme polémica entre ela e Camilo Castelo Branco, a ponto de o terceiro marido se ter batido em duelo com o nosso romancista.
Nas suas visitas a Portugal conviveu com muitas figuras da política e da cultura. Da memória dessas estadias, acrescentadas de alguns factos pitorescos, pequenas fantasias e algumas inverdades, acabou por fazer um livro, em dois volumes sob forma epistolar, que foi publicado em França.
Nas suas visitas a Portugal conviveu com muitas figuras da política e da cultura. Da memória dessas estadias, acrescentadas de alguns factos pitorescos, pequenas fantasias e algumas inverdades, acabou por fazer um livro, em dois volumes sob forma epistolar, que foi publicado em França.
Legenda: O sábio doutor Costa mostra à Pássara – que viu Portugal d’um golpe – o lindo rio da Viella (nome que lhe dava), os penitentes vermelhos descendo a collina com velas acesas etc.
O Porto em 1878
Em O Tripeiro, série V, Ano IX encontramos a seguinte descrição, num artigo de Artur de Magalhães Basto:
Hotel Francfort – à esquerda a Capela dos 3 Reis Magos – ficava na rua do mesmo nome, atrás dos antigos Paços do Concelho. Pensa-se que foi construída em 1738/39 e foi desmontada em 1915 aquando da construção da Avenida dos Aliados.
Era uma capela particular de Inácio Leite Pereira de Almada, que a vendeu, juntamente com o palacete, à Câmara do Porto. Nos dias de vereação era lá celebrada missa.
Foi reconstruída pedra por pedra na freguesia da Pocariça (Cantanhede). Nesta capela estava a imagem de S. Sebastião, que tinha estado no nicho da porta com este nome, na cerca velha, bem como a de S. Jorge, que veio da Igreja da Graça (Colégio dos Órfãos) em 1903 e a de Nossa Senhora da Natividade, que estava na fonte da Natividade, na Praça de D. Pedro. Á direita a Rua D. Pedro.
Era uma capela particular de Inácio Leite Pereira de Almada, que a vendeu, juntamente com o palacete, à Câmara do Porto. Nos dias de vereação era lá celebrada missa.
Foi reconstruída pedra por pedra na freguesia da Pocariça (Cantanhede). Nesta capela estava a imagem de S. Sebastião, que tinha estado no nicho da porta com este nome, na cerca velha, bem como a de S. Jorge, que veio da Igreja da Graça (Colégio dos Órfãos) em 1903 e a de Nossa Senhora da Natividade, que estava na fonte da Natividade, na Praça de D. Pedro. Á direita a Rua D. Pedro.
Hotel Francfort antes de ser destruído para a abertura da Avenida dos Aliados
Quanto
à proprietária do hotel a Rattazzi escreveu:
O primeiro Teatro S. João que ardeu em 1908
Também em 1864, no ano anterior à sua inauguração.
2º. Conde de Samodães - 1828/1918
Artur de Magalhães Basto em O Tripeiro Série V, Ano IX
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