9.29 - Testemunho de Charles Sellers, O Comércio do Vinho do Porto, Rua dos Ingleses gravura do Barão de Forrester, O Porto das 7 colinas, Galegos fazendo uma mudança, Panoramas da cidade, Torre da Reboleira
Obra completa
Mr. Charles Sellers, sob o título “reminiscências pessoais", do seu livro Oporto, Old and New de 1899:
«O Porto tem progredido muitíssimo nos últimos quarenta anos. A rua dos Ingleses, era uma das pouquíssimas ruas calcetadas de lés a lés; havia-as que eram calcetadas apenas de um lado e estas tinham sido mandadas fazer a expensas do pai do actual Sr. António Bernardo Ferreira (Ferreirinha da Régua) o primeiro cavalheiro que no Porto possuiu carruagem tirada por cavalos.
Praça do Infante D. Henrique - foto de 1180 e 1900
A mesma rua dos Ingleses está transformada, porque os velhos edifícios que ali existiam foram demolidos para darem lugar a um jardim público. É nesta rua que os comerciantes ingleses se juntam para tratar dos seus negócios e para se verem uns aos outros… Diz-se que o Porto está edificado sobre sete colinas, número que me parece modesto bastante; o Porto, nas suas pretensões não se surpreenderia se ouvisse dizer que está assente sobre um número de colinas que se aproxima mais de cinquenta do que de Sete.
As suas ruas são, com poucas, excepções, bastante ingremes, o que obriga a usar bois, em vez de cavalos, para a condução de pesados fardos. E quando a carga é demasiado grande...
As suas ruas são, com poucas, excepções, bastante ingremes, o que obriga a usar bois, em vez de cavalos, para a condução de pesados fardos. E quando a carga é demasiado grande...
… em vez de bois são convocados os galegos.
Estes valentes, mas muito insípidos, filhos da Galiza, colocam cordas debaixo da carga, cordas duplas, que depois amarram a paus e, em seguida, a um grunhido estranho do capataz, todos eles metem os ombros debaixo dos paus, levantam-se e ei-los a caminho com o pesado fardo!
Seja dito em seu abono, são homens estimados sempre, como serviçais, pela sua proverbial honestidade, por todas as famílias inglesas.
Estes valentes, mas muito insípidos, filhos da Galiza, colocam cordas debaixo da carga, cordas duplas, que depois amarram a paus e, em seguida, a um grunhido estranho do capataz, todos eles metem os ombros debaixo dos paus, levantam-se e ei-los a caminho com o pesado fardo!
Seja dito em seu abono, são homens estimados sempre, como serviçais, pela sua proverbial honestidade, por todas as famílias inglesas.
O Porto é uma cidade que se apresenta ao turista como uma cidade de edifícios imperfeitos, de nobres aspirações, mas sobretudo e proeminentemente acima de todas as cidades, como aquela que deu o nome ao melhor vinho que o Mundo jamais produziu!
Aqueles que desejarem observar um panorama da cidade, deverão trepar ao cimo da Torre dos C1érigos, perto do Mercado do Anjo. Em baixo desenrola-se uma vista surpreendente: a própria cidade, com suas numerosas igrejas e praças em volta; o Mercado do Anjo, logo em baixo, que é o mercado mais amigo da cidade e merece, decididamente, ser visitado. Há cerca de vinte anos não era agradável passar nas vizinhanças do Mercado do Anjo, à noite, porque eram infestadas por matilhas de cães esfaimados que brigavam furiosamente uns com os outros por causa de qualquer osso atirado para a rua.
O Porto visto do Ar – Uma maravilha! – Novembro 2015 – Luis Costa
https://www.youtube.com/embed/77B6Uh4cH1A
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Vídeo sobre o Porto – Brett Novak
https://www.youtube.com/watch?v=S0pckRlXu-4&list=UUSXWt3Q5KZPTo_3Xjh-gkVQ#t=111
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