quarta-feira, 18 de julho de 2018

DOS HOMENS ILUSTRES EM LETRAS E ARMAS VII

10.7 - Dos Homens ilustres em letras e armas VII, Teodoro de Sousa Maldonado II - Arquitecto e desenhador do séc. XVIII, Quartel de Santo Ovídio, Antigo Governo Civil, Porta do Sol, Planta Geográfica da entrada do Douro.

Quartel de Santo Ovídio desenho do arq. Ronaldo Oudinot - 1793



O Quartel de Santo Ovídio foi construído por Aviso Régio de 20 de Fevereiro de 1790 da Rainha D. Maria I para albergar o 2º Regimento de Infantaria do Porto, que fora criado em 1762 e instalado nos celeiros da Cordoaria. O autor do projecto do Quartel foi o Tenente-Coronel Engenheiro do Reino, Reinaldo Oudinot. As obras, com algumas alterações e direcção de Teodoro de Sousa Maldonado, arrastaram-se até 1805-1806. Em 1809 serviu de aquartelamento temporário e posteriormente de prisão às tropas francesas, do General Soult da 2ª Invasão. Deste quartel saiu a Revolução do 31 de Janeiro de 1891, às 4 h. da manhã.


Foi mandado construir a 21 de Junho de 1792, num terreno que ficava no lugar dos Carvalhos do Monte, local deixado livre pela demolição de uma parcela da Muralha Fernandina, entre a Batalha e o Postigo do Sol. O projecto foi de Reinaldo Oudinot, alterado, após a sua morte pelo Arq. Teodoro de Sousa Maldonado, e destinava-se a asilo de desvalidos e rapazes abandonados, retirando-os das ruas. Exteriormente, merece destaque o corpo central da fachada, com uma varanda corrida ao nível do andar nobre, de onde se abrem três largas janelas e se recorta um sóbrio frontão triangular, o qual tem inserido a granito as armas reais. O edifício teve várias utilizações. Antes de 1832 no andar térreo funcionaram as prisões de recrutas e criminosos militares de Calceta e nos restantes pisos foram instaladas as secretarias e repartições pertencentes à guarnição do Porto. Também aí residiam alguns oficiais solteiros da guarda real da polícia. Na zona norte do edifício esteve instalado o Quartel General da região norte. Anos mais tarde, o edifício foi convertido em sede da repartição da fazenda, pagadoria militar, quartel general, estação telegráfica eléctrica, e governo civil. Na impossibilidade de expansão e principalmente na dificuldade técnica de acrescentar um 3° andar foi mandado demolir o arco da Porta do Sol, estendendo-se para este lado o acrescento que se lhe fez em 1875.



Planta geográfica da barra da cidade do Porto – Teodoro de Sousa Maldonado - Oficina de António Alvares Ribeiro, 1789 – site da Biblioteca Nacional de Portugal.


Capela-Farol de S. Miguel o Anjo – o rochedo da Cruz de Ferro está indicada com o nº. 19 - pormenor do mapa de Teodoro de Sousa Maldonado. 


Capela de Santa Catarina em Lordelo do Ouro – pormenor do mapa do Porto de Teodoro de Susa Maldonado

A.R.C. descreve assim a planta geográfica:


muito mais perigosa, sendo o dito cabedelo…



Texto de Bernardo Xavier Coutinho

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