6.26.10.1 - O Autocarro I - Percursos e marcas, Portugal-Itália 1928, Carreiras dos arredores do Porto
Autocarro anos 20 (?)
Autocarro da carreira Penafiel-Porto numa viagem de turismo - 1934
Autocarro que transportava os jogadores da selecção Italiana
Selecção nacional
Portugal 4 – Itália 1
18 DE ABRIL DE 1928 NO CAMPO DO AMEAL
PORTUGAL - EQUIPA PRINCIPAL
ROQUETE
CARLOS ALVES
AUGUSTO SILVA
JORGE VIEIRA
CÉSAR DE MATOS
MARTINHO OLIVEIRA
WALDEMAR MOTA
20'
50'
75'
VITOR SILVA
80'
ARMANDO MARTINS
RAMOS
saiu aos46'
JOSÉ MANUEL MARTINS
SUPLENTES
PEPE
entrou aos46'
EQUIPA TÉCNICA
CÂNDIDO DE OLIVEIRA
Descrição do jogo por Alberto Helder - muito interessante
http://albertohelder.blogspot.pt/2012/04/portugal-italia-disputado-ha-84-anos.html
Descrição do jogo por Alberto Helder - muito interessante
http://albertohelder.blogspot.pt/2012/04/portugal-italia-disputado-ha-84-anos.html
Carreira C - 1962
A 1 de Abril de 1948, os STCP inauguravam a primeira carreira de autocarro da cidade do Porto: a carreira C, que partia da avenida dos Aliados e tinha o seu término no Carvalhido.
“A partir da década de 1930, as camionetas, carroçadas de forma a permitir o transporte de passageiros entraram em concorrência aberta com os carros elétricos. Pela concessão do exclusivo dos transportes públicos, dada à Companhia Carris de Ferro do Porto (CCFP) não era permitido o transporte de passageiros por outros meios que não fossem os da CCFP, mas com a conivência da Câmara, as camionetas começaram a operar na cidade, principalmente nas horas de maior afluência de público, o que provocou enormes prejuízos à CCFP.
Mesmo com a razão do seu lado, a CCFP nunca mais se viu livre delas aumentando cada vez mais nas ruas da cidade, como se pode depreender do parágrafo seguinte retirado do relatório e contas da CCFP: "(...) continua a concorrência de carreiras de camionetas dentro e nos arredores da cidade, tirando passageiros e impedindo o movimento dos elétricos, nas horas de maior afluência (... )" in "Relatório e Contas da CCFP" (1933).
Em 1933, a Administração da CCFP, fazendo uma análise ao atual sistema de transportes públicos da cidade reconhecia que "o 1º «Estabelecimento» (Carros, Central, Sub-estações e linhas) tinha sido completamente derrotado (…) sendo necessária a sua substituição na sua totalidade".
O número de passageiros aumenta também significativamente, e era impossível dar resposta às inúmeras exigências dos passageiros ficando frequentemente os carros elétricos em "rosário" (termo utilizado na época para uma boa quantidade de carros parados em fila), como consequência ora do impedimento das vias, ora dos frequentes cortes de energia.
Surgia no Comércio do Porto de 1 de janeiro de 1939, um artigo intitulado "Os Futuros Transportes Urbanos do Porto" onde era apontada como solução transitória um sistema misto, carros elétricos e auto-omníbus, e um prazo de 25 anos para que fosse abolida por completo a tração elétrica sobre carris, com sacrifício para a concessionária mas com benefício para o público e trânsito - pois entendia-se que por este meio os "engarrafamentos" nas ruas acabariam.
Os anos 40 do século XX trouxeram alterações profundas aos transportes públicos do Porto. Em 1936, a CMP avisa a CCFP, com base no artigo trigésimo primeiro da escritura da concessão para a exploração da viação elétrica na cidade do Porto, que o contrato de concessão seria rescindido em 1941. Esta pretensão da CMP só não se concretizou em 1941 porque deflagrou na altura a tão famigerada 2ª Guerra Mundial, o que levou a Câmara e o Governo a adiar por mais 5 anos a situação.
Chegado o ano de 1946 inicia-se uma nova era nos transportes públicos. A CCFP, depois de 73 anos de laboração dá lugar ao STCP (Serviço de Transportes Colectivos do Porto), liderado pela Câmara Municipal do Porto. Era chegada a hora da CMP intervir diretamente na vida dos transportes públicos da cidade, e foi isso que fez, elaborando um plano/programa em que eram estabelecidas prioridades para os próximos anos.
Uma das prioridades era a aquisição de autobuses, para a qual estava reservada uma despesa extraordinária de 3.850 contos e mais 1.300 contos para a aquisição de terreno para a construção da primeira fase da garagem e oficinas dos mesmos.
Foram ainda nesse mesmo ano de 1946, estudadas e estabelecidas as bases de aquisição de 15 autobuses, cuja adjudicação acabou por fazer-se a uma firma da capital - Auto-Triunfo - devendo as primeiras unidades ser entregues em julho de 1947.
A estratégia traçada pelo STCP em 1946, no que diz respeito à aquisição de autocarros, seria colocada em prática no decorrer de 1948. De facto, nem tudo correra como fora planeado, pois dos 15 autocarros que se pretendiam adquirir em 1946 apenas dois estavam disponíveis em março de 1948, pelo que a Administração não querendo perder mais tempo, nem prejudicar o público, inaugurou a 1 de abril desse mesmo ano, a carreira "C”, que partia da Avenida dos Aliados e tinha o seu terminus no Carvalhido.
Os primeiros autocarros que circularam na cidade do Porto eram da marca Daimler, e foram carroçados na firma DALFA, Lda. que laborava em Ovar. Os chassis eram provenientes de Inglaterra, e custaram ao STCP, já carroçados, cerca de 1.000 contos cada um. Os autocarros iniciaram a circulação pintados de amarelo, tendo posteriormente, em 1959, mudado para verde. A evolução em termos de carreiras de autocarros fez-se sentir ainda durante 1948, pois à medida que o material encomendado (autocarros) ia chegando iam sendo inauguradas novas carreiras, existindo no final do ano 4 carreiras em exploração com uma extensão de rede de 26 quilómetros. Com 10 autocarros em circulação, atingiu-se uma média diária de 5.000 passageiros transportados.
Carreiras de autocarros inauguradas em 1948:
C - Carvalhido - 1 de abril
D - Antas - 1 de junho
A - Foz - 24 de junho
E - Paranhos - 23 de outubro
Os autocarros chegaram e venceram. Mesmo com a construção nas oficinas do STCP de um novo modelo de elétrico o - "S-500" - o autocarro via aumentada, de ano para ano, a sua frota. Com o Plano de Remodelação da empresa, elaborado desde 1962 e colocado em marcha a partir de 1967, o autocarro assume-se definitivamente como protagonista dos transportes públicos da cidade, ultrapassando os elétricos tanto em quilómetros percorridos como em passageiros transportados e respetivas receitas. A partir daí, o autocarro nunca mais deixou de se expandir, sendo ainda atualmente o meio de transporte mais utilizado, para a satisfação das necessidades das populações da área metropolitana do Porto. No entanto, o autocarro não sentenciou irreversivelmente o elétrico pois ainda hoje se vêem elétricos a circular, embora numa vertente mais turística”. Site dos STCP
Estes primeiros autocarros eram da marca da marca Daimler, com chassis provenientes da Inglaterra e carroçados na firma Dalfa, Lda. que laborava em Ovar. Os autocarros foram inicialmente pintados de amarelo, tendo em 1959 mudado para verde. Na época, custaram aos STCP mil contos (5 mil euros) cada um.
Autocarro dos Carvalhos no Largo de Santo Ovídio em Gaia, no início da estrada N1 para Lisboa – 1960 - este local ainda era uma pequena aldeia!
Carreira para os Carvalhos – 1959
Inauguração da linha de autocarros z -circulatória praça da república e volta, via Areosa e Maia, em 12 de Setembro de 1965.
Autocarros dos STCP Regent V – carroçados na UTIC - 1967
Autocarros do Porto
Marcas dos autocarros
Foto Sérgio Dias – 2/1/2017
Autocarro Man de 2 pisos
Gondomarense - 1974
Autocarros 52 e 78 – o 78 era o que habitualmente utilizávamos
O 78 na Praça D. João I
Frente ao Teatro Sá da Bandeira, com miúdos dependurados.
David e Golias...
Piso superior de um autocarro de dois andares.
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