quinta-feira, 28 de junho de 2018

DOS HOMENS ILUSTRES EM LETRAS E ARMAS - IV

10.4 - Dos Homens ilustres em letras e armas IV - Infante D. Henrique II, Monumento ao Infante D. Henrique 1890, Comemorações de 1960 e 1994


Monumento inaugurado em Outubro de 1890 – escultor Tomás Costa


V Centenário da morte do Infante D. Henrique – 1960 – construção de um barco no cais do Ouro.


Foto de Teófilo Rego



Comemorações do V Centenário da morte do Infante D. Henrique - 1960


Moeda de 20$00 lançada em 1960


Nota de 10.000$00 – entrou em circulação 22/10/1996 e retirada em 28/2/2002


Navio Escola Sagres em 1994



Comemorações do VI centenário do nascimento do Infante D. Henrique -Regata Cutty Sark - 1994



Medalha comemorativa

quarta-feira, 20 de junho de 2018

DOS HOMENS ILUSTRES EM LETRAS E ARMAS - III

10.3 - Dos Homens ilustres em letras e armas III - Infante D. Henrique I, Descobertas do Infante D. Henrique, Sagres, Comemorações Henriquinas de 1894, Inauguração da estátua de D. Henrique, Lenço comemorativo.


Mapa de Portugal Antigo e Moderno - 1762




Brasão do Infante D. Henrique


Túmulo do Infante D. Henrique na Batalha

Sagres…


Ilha de Porto Santo


In Portugal Antigo e Moderno, volume 8


Comemorações Henriquinas – 1894 – corrida de bicicleta na praça da Boavista


Chegada de D. Carlos ao Porto – centenário do Infante D. Henrique - 1894


Cortejo cívico em 1894 passando em frente do Convento de S. Bento de Ave Maria – comemorações do quinto centenário do nascimento do Infante D. Henrique, em 3 de Março de 1894 


... passou o estandarte da Associação Comercial do Porto, de seda azul, franjado a prata, a que se seguia o grandioso Carro do Comércio, puxado por três parelhas, com seis palafreneiros. Este carro, armado pela Associação Comercial, tinha uma longa infraestrutura pintada a castanho vivo, com ornamentação dourada em alto-relevo e escudos com a Cruz de Cristo. Ao centro, um pedestal com uma figura em pé, Comércio, abraçando uma mulher sentada, a Indústria. À proa, um galeão do séc. XV.” O Tripeiro Série VII, Ano de 1994


…o carro da Indústria, tirado por três parelhas de muares. Idem acima


Comemorações do V centenário do nascimento do Infante D. Henrique – 4 de Março de 1894 - Cortejo dos barcos que acompanharam a caravela que levava a primeira pedra do monumento ao Infante D. Henrique. -Revista O Ocidente, 11 de Abril de 1894 (17º ano, XVII Volume, nº551) Desenho de J.R. Christino da Silva - do blog Porto Antigo
Vêm-se a barra do Douro, a Igreja de Massarelos, o cortejo fluvial, e o fogo de artifício – desenho feito nos jardins do Palácio de Cristal donde ainda mostra o pequeno castelo.


Chegada da primeira pedra para o monumento ao Infante D. Henrique vinda de Sagres.


Em 4 de Março de 1894, com a presença de D. Carlos e D. Amélia. após ter sido benzida pelo Cardeal D. Américo. Á cerimónia assistiram mais de 100.000 pessoas.


Estátua do Infante D. Henrique - autor Tomás Costa de 1890 - do blogue Porto Cidade invicta


Meu avô comprou este lenço de algodão estampado durante as comemorações do V Centenário, que eu guardo religiosamente.


Medalhas comemorativas do V centenário do nascimento do Infante – 4/3/1894

quinta-feira, 14 de junho de 2018

DOS HOMENS ILUSTRES EM LETRAS E ARMAS - II


10.2 - Dos Homens ilustres em letras e armas - Padre Baltazar Guedes,  Capela de Nossa Senhora da Graça, Colégio dos órfãos, Destruição do Colégio dos Órfãos e construção da Academia Real de Marinha e Comércio da cidade do Porto
, A Roda dos Expostos.




Foi uma importante figura da nossa cidade. Dir-se-á um PADRE AMÉRICO do séc. XVII. O Padre Baltazar Guedes estava muito à frente do seu tempo, pois no séc. XVII a visão social dos Órfãos Pobres, e pobres em geral, não era levada em conta ou mesmo desprezada.


Colégio dos Órfãos – aquando da construção da Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto – lado do Largo do Carmo – ainda restava a Capela de Nª. Senhora da Graça.


Ainda restava a Capela de Nossa Senhora da Graça.




“Baltazar Guedes, filho do mercador Luís da Costa Rosa e de Lourença Guedes, nasceu no Porto, na Rua Nova (actual Rua do Infante D. Henrique), a 6 de Fevereiro de 1620. Ficou órfão de mãe em 1627 e de pai em 1637. Passou a infância em casa de um tio e cedo mostrou vocação para a vida espiritual e para a protecção dos órfãos. Uma vez concluídos os estudos viu-se confrontado com a falta de fundos para se ordenar. Suplicou, então, a intercessão de Nossa Senhora da Graça na velha capela portuense daquela invocação, um modesto templo de origem mal conhecida, que se dizia ter sido mandado erigir por D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques. As preces foram atendidas, tal como contou o próprio Baltazar Guedes: era dia de Santo António e, ao abandonar a capela, encontrou um financiador. Depois de ordenado presbítero, em 1644, procurou cumprir o sonho antigo de fundar um estabelecimento que acolhesse os desfavorecidos, que eram muito numerosos na cidade do Porto. A 29 de Outubro de 1649 obteve permissão da Câmara do Porto para habitar junto da Capela, tendo-lhe sido também concedido uma porção de terra. Prosseguiu o trabalho com que se propunha criar um colégio para acolher órfãos da cidade e do bispado do Porto. Obteve licença para pedir esmola por todo o país, prática que era frequente naqueles tempos.




Aluno do Colégio dos Órfãos

Foi assim que nasceu o Real Colégio de Nossa Senhora da Graça dos Meninos Órfãos da cidade do Porto. Esta denominação ficou a dever-se à existência de uma ermida nas proximidades do Colégio da invocação de Nossa Senhora da Graça, assim como aos objectivos assistenciais da instituição, fundada por Alvará Régio de D. João IV, datado de 30 de Janeiro de 1650. A cerimónia de inauguração do Colégio ocorreu a 25 de Março de 1651, no dia de Nossa Senhora da Encarnação, e a primeira pedra foi lançada a 21 de Novembro do mesmo ano. Além de muito piedoso, Baltazar Guedes era um homem com vários talentos. Tinha fama de ser um bom orador e de ser dotado para os trabalhos manuais, sendo capaz de compor vestimentas, paramentos e ornamentos. Traduziu obras ascéticas e foi autor dos opúsculos a "Memória das Águas que vêm para as fontes da cidade" e "Breve relação da fundação do Colégio dos Meninos Órfãos de Nossa Senhora da Graça, sito fora da Porta do Olival desta Cidade do Porto, em a qual se contém tudo o que na fundação dele sucedeu". Colaborou em obras públicas da cidade, como a reparação e regularização de percurso "do cano da água de Paranhos" e, possivelmente, terá sido o autor do projecto da Fonte da Arca, na antiga Praça Nova. O padre Baltazar Guedes faleceu no Porto a 6 de Outubro de 1693. Por testamento datado de 1693 (o terceiro e último dos que redigiu), Baltazar Guedes considerou como seus herdeiros os meninos órfãos. O dia 4 de Novembro de 1803, data em que foram solenemente inauguradas as aulas da Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto nas casas do Colégio dos Meninos Órfãos, marcou o fim de uma era nesta instituição. A instituição foi temporariamente transferida para a rua dos Mártires da Liberdade, n.º 237 e, em 1899, durante as sessões da Câmara do Porto, foi sugerida a deslocação do Colégio para o edifício arruinado do antigo Seminário do Porto, fundado em 1803 e abandonado dois anos depois. A planta da nova obra foi apresentada a 30 de Novembro de 1899 e o projecto aprovado a 13 de Setembro de 1900. Apesar de algumas vozes discordantes, as obras tomaram o seu curso normal e no dia 17 de Setembro de 1903 os órfãos já estavam instalados na nova casa, no Monte do Prado. A igreja foi benzida a 31 de Agosto de 1906 e inaugurada a 28 de Outubro do mesmo ano com uma festa dedicada a Nossa Senhora da Graça.” (Este texto é um resumo de um site da Universidade do Porto). 


O pobre coloca na Roda o seu menino, a Roda recolhe-o e trata dele.


O Padre Baltazar Guedes desenvolveu grande actividade no sentido da instituição de A RODA DOS EXPOSTOS, local onde eram colocados os recém-nascidos repudiados pelas famílias. A primeira foi inaugurada na Rua dos Caldeireiros em 1 de Outubro de 1688. 


Capela de Nª. Senhora da Graça, foto tirada do Largo do Viriato

A  primigtiva capela de Nossa Senhora da Graça fora da Porta do Olival foi mandada construir por D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques, em 14 de Novembro de 1150, por ter saído incólume da queda da sua montada, quando seguia a caminho de Guimarães.

Sobre esta grandiosa obra já publicamos três longos lançamentos, titulados COLÉGIOS E RECOLHIMENTOS, nos dias 18/2/2015, 23/2/2015 e 26/2/2015.


Busto do Padre Baltazar Guedes de autoria de José Fernandes de Sousa Caldas - 1951


O Colégio dos Órfãos passou para o antigo Seminário em 1903.

sábado, 9 de junho de 2018

DOS HOMENS ILUSTRES EM LETRAS E ARMAS - I


10.1 - De Homens ilustres em letras e armas - I, Frei António Madureira, D. Álvaro Chaves, Construção da Sé da Guarda.


Belo painel do Infante D. Henrique


ARC escreve que bem quisera referir-se ao total dos portuenses ilustres, mas dados os seus limites só o poderá fazer referente aos mais dignos de atenção. Porém, ocupa mais de 40 páginas apresentando algumas centenas de personalidades. Ora, os nossos limites são ainda mais restritivos. Assim, referir-nos-emos somente a alguns mais destacados e conhecidos. A escolha é, evidentemente, discutível.


Destacámo-lo por ter vivido 115 anos – lemos num O Tripeiro que houve um frade, salvo erro Agostinho, e várias freiras que viveram até aos 135 anos.



Sé da Guarda

Desconhece-se a data exacta em que teve início a obra. Em 1426 erguia-se já a abside e o pórtico lateral do norte, o mais belo e artístico da Catedral. Ia ser lenta e morosa a edificação, cujo período de maior actividade se deve ao bispo D. Pedro Gavião. (1504-16) no reinado de D. Manuel I. À morte desse prelado encontrava-se o templo no remate das abóbadas. Depois da morte de D. Pedro Gavião os trabalhos de vedação e lajeamento do extradorso voltaram à anterior morosidade, tendo somente sido dada por concluída em 1540. Durara a construção perto de 150 anos, isto é, desde os finais de séc. XIV aos meados do séc. XVI.” Site do Município da Guarda
D. Álvaro Chaves foi bispo da Guarda entre 1478/1481 e 1484/1496.