3.12.10 – Convento de Santo António da Porta de Carros - III
Igreja dos Congregados – Altar-mor e laterais – reformados em 1823 – pinturas murais de Aécio Lima.
Sagrada Família
Foto RGPSousa
Relíquias de S. Clemente
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Foto RGPSousa
A Festa de Nossa Senhora das Dores nesta igreja era uma das mais famosas da cidade do Porto. Realizava-se na Sexta-Feira anterior ao Domingo de Ramos. Era tradição ser executado o Stabat Mater de Rossini.
Na década de 40 do século XIX cantaram-se as missas do pianista e compositor Francisco Eduardo da Costa, muito querido no Porto e que faleceu em 1850.
Destaque especial para as festas de 1891, 1894, 1900 e 1901
Durante décadas a música era interpretada pelo Capella Silvestre.
O ilustre historiador do Porto Artur de Magalhães Basto escreve em O Tripeiro Série V, Ano X, de 1954:
Padre Francisco Correia Pinto (1873-1951), grande orador e primeiro Pároco da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição (1927-1936). Foi o pregador na festa de 1903, o seu primeiro sermão no Porto.
Após a Revolução de 5 de Outubro de 1910 foram estas festas interrompidas, por alguns anos, por proibição governamental.
“A riqueza da ornamentação, a quantidade de lumes symetricamente dispostos, e de flores artisticamente colocadas em jarras de preço, o nome do orador encarregado do discurso religioso e a parte musical desempenhada em cada ano por distintos executantes, dão a esta festividade um superior cunho de imponência, e de majestade, ao mesmo tempo que numerosa concorrência de senhoras da nossa primeira sociedade que a ella costuma afluir, dá uma prova frisante da sua crença pelo culto religioso”.
Nas festividades de 1926 a decoração da igreja foi da responsabilidade do armador Alberto Pereira, sendo oradores os Padres Leonardo de Castro e o Abade de Paredes.
A parte musical foi dirigida pelo Pe. Consolini, ao tempo director das Oficinas de S. José. Executou-se o Stabat Mater de Perosi, e não o habitual de Rossini, mas acatou-se a determinação da Santa Sé, que proibia as senhoras cantarem nas igrejas.
Na madrugada do dia 3 de Fevereiro de 1927 rebentou no Porto uma revolução que foi derrotada no dia 8. Foi, pelas defesas, instalado um posto de artilharia na Serra do Pilar com a intenção de bombardear os pontos mais importantes de cidade.
In O Tripeiro Série V, Ano II
Foto Francisco Arago
Vídeo sobre a Igreja dos Congregados
Estudo artístico de Natália Marinho e Joaquim J. B. Ferreira Alves