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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

BAIRROS DA CIDADE - XIII

2.3.2 - Bairro da Victória - VII
 
 
Capela de S. José das Taipas na antiga Rua do Calvário, actual Barbosa de Castro. Sobre esta capela ocupar-nos-emos em lugar próprio.
 
 

 
A Igreja de S. João Novo começou a construir-se em 7 de Agosto de 1672, o Santíssimo Sacramento foi trasladado em 26 de Outubro de 1689 e a frontaria começou a ser construída em 1725. Sobre o Convento e esta Igreja trataremos em lugar próprio. 
 
 
Interior da Igreja de S. João Novo
 

O Palácio de S. João Novo foi mandado construir em 1727 por Pedro Costa Lima, fidalgo da Casa Real e administrador dos estaleiros da Ribeira. É uma construção  barroca do segundo quartel do séc. XVIII. Robert Smith atribui a Nazoni o seu projecto, mas Jaime Ferreira afirma ser obra de António Pereira. Depois da morte do seu constructor, várias famílias ilustres o ocuparam. Daí ser chamado dos Leite Pereira de Melo e Alvim.
Neste palácio esteve instalado, desde 1940, o Museu de Etnografia e História do Douro Litoral. Porém, alegando-se falta de segurança do imóvel, foi fechado em 1988, com a promessa de ser rapidamente reabilitado. No entanto, até hoje, continua fechado com grande prejuízo da cidade.
 
 
“A rua que hoje se chama do Comércio do Porto, juntou duas antigas artérias citadinas: Rua da Rosa e Ferraria de Baixo. A Rua da Rosa foi mandada abrir por D. Manuel I em 1523… Esta Ferraria, dos ferreiros que tinham ali próximo o seu hospital, teve várias designações: Ferraria de Baixo, Ferraria Nova, Ferraria Nova de S. Francisco, que encontrámos indistintamente em escrituras dos séculos XVI e XVII”. in Toponímia Portuense de Eugénio Andrea da Cunha Freitas.

 
 
Rua do Comércio do Porto
 
 

Reboleira – gravura de Manuel de Macedo – 1887 - zona destruída
 
 
Rua da Reboleira
 
 
Rua da Reboleira,55 – casa-torre medieval – o andar superior e as ameias podem ter sido remodelados no séc. XVII

Rua da Reboleira,59 – casa-torre medieval
 
 
Varandas da Rua da Reboleira
 

Capela de Nossa Senhora da Piedade ou do Cais, para onde foi levada, em 1821, a imagem de Nossa Senhora do Ó. Esta capela, do sec. XVII é dedicada a Nossa Senhora da Piedade. Em 1821 a muralha junto da Ribeira foi destruída e com ela a Capela de Nossa Senhora do Ó. Sobre aquela capela trataremos em lugar próprio.
 
 
Interior da capela – do blog Do Porto e Não Só
 

Imagem da Senhora do Ó. Há dúvidas que seja a original.
 
 

Gravura de Henry Smith, 1809, da antiga Capela de Nossa Senhora do Ó junto do cais da Ribeira, destruida em 1821. Era muito bela e sumptuosa. Ficava no cimo do muro da porta da Ribeira. Diariamente se rezavam missas nesta pequena capela e o povo assistia, na sua maior parte, ao ar livre. Também havia missas pelos condenados à forca, a que estes assistiam. A forca ficava do lado de fora da muralha. Em cima pode ver-se a muralha Fernandina e o Convento de Santa Clara.
Gravura inserta no blog Do Porto e Não Só

quinta-feira, 19 de julho de 2012

BAIRROS DA CIDADE - VI

2.3.1 - Bairro da Sé - VI



Reboleira – Manuel de Macedo – 1887
zona destruída


Rua da Reboleira,55 – casa-torre medieval – o andar superior e as ameias podem ter sido remodelados no séc. XVII



Rua da Reboleira na zona do nº. 55


Rua da Reboleira,59 – casa-torre medieval


Rua da Reboleira - varandas


“A Fonte Taurina teve várias designações, algumas bastante estranhas e outras simplesmente incompreensíveis. Vejam só "Fonte Aurina" ou "Fonte de Aurina"; "Fonte Ourina" ou "Fonte d'Ourina"; e "Fonte Tourina" ou "Fonte Taurina". Esta designação é a que ainda hoje prevalece. Que a Fonte Taurina existiu, não há dúvidas. Que foi de grande utilidade para as gentes ribeirinhas, em cuja zona se localizava, também é verdade. A dúvida maior, se assim se pode dizer, é estabelecer com rigor o local onde esteve. Vamos, pois, à localização. A rua que tem o nome da fonte é das mais antigas da cidade. Já existia, pelo menos, em 1296. Em 1424, dizia-se que era "a rua que ia da Praça da Ribeira para a Fonte d'Aurina". Um documento de 1540 dá a fonte como ficando "no sítio da Ribeira, logo abaixo donde entra o Rio da Vila no Douro…" Mas há ainda quem assegure que a fonte ficava "cerca do Postigo e da Ponte das Tábuas…" E outro documento de 1535, existente no riquíssimo arquivo da Santa Casa da Misericórdia do Porto, indica a Rua da Ponte das Tábuas como sendo a actual Rua da Fonte Taurina.” do JN


O Porto é, na sua zona histórica, uma cidade dominada por duas altas colinas e dois vales. Pena Ventosa e Victória, separadas pelo vale do Rio da Vila, e, a poente, o vale de Miragaia. Esta orografia condicionou o traçado das suas ruas, sendo algumas muito íngremes. Vista do exterior, especialmente de Gaia, é maravilhosa, pois parece uma cascata de casas e monumentos. Desconhecemos a origem da secular tradição das cascatas de S. João, porém perguntamo-nos se o aspecto da cidade não terá influenciado a forma que apresenta esta manifestação de arte popular. O visitante inglês James Murphy na sua descrição da cidade, em 1789, escreve: “A maior parte das ruas do Porto são tão escarpadas que os transeuntes têm mais a impressão de trepar que de caminhar. Este inconveniente, é verdade, fica compensado pela limpeza, de que os habitantes ficam mais devedores à natureza do que aos serviços de higiene. Na verdade, no tempo das chuvas, que não deixam de aqui ser frequentes, as águas das elevações vizinhas precipitam-se em torrentes e arrastam todas as imundícies da cidade. De resto, nada de luzes durante a noite nas ruas, salvo algumas lâmpadas colocadas nas capelas das madonas”. O Tripeiro, série VII, Ano XVII.


Lemos em tempos que a ponte D. Maria II, conhecida como ponte pênsil, era iluminada por duas lanternas, uma em cada entrada, nas noites escuras. Nas de lua cheia, nem sequer eram acesas. Os raros transeuntes noturnos levavam a sua lanterna ou, se era rico, levava criados para lhe iluminarem o caminho. Não havendo iluminação pública era perigoso andar de noite. Em 1851, «quando veio ao Porto a Rainha D. Maria II» viu-se, pela primeira vez, “o gás hydrogénio em arco triunphal armado ao cimo da rua de São João» (O Tripeiro, 1908). A História do Porto, coordenada por Luis A. Oliveira Ramos, afirma que o gás “começa a cobrir a cidade a partir de 1855. Em 1862 há 1157 candeeiros públicos, e no ano seguinte 1373”. Em 1890 eram mais de 2500 e em 1900 mais de 3500. Entretanto, começou o fornecimento a particulares. Em 1886 foi introduzida a luz eléctrica no Porto. A pequena central situava-se no pátio das traseiras do edifício do Atneu Comercial do Porto e fornecia uma restrita zona das ruas de 31 de Janeiro, Clérigos, Praça da Liberdade e Santa Catarina. Só em 1908 se construiu a central eléctrica do Ouro que foi substituindo a iluminação a gás por eléctrica.



Candeeiro a gás na Praça de Carlos Alberto – Foto Alvão


Travessa de Santana na Sé – lindíssimo candieiro a gás


Museu do Carro Electrico – acendendo um candieiro a gás


            Terreiro da Sé


Foto de Olhares


Praça Almeida Garrett – Candeeiro antigo – Foto Alvão



Praça Almeida Garrett - frente à estação de S. Bento


Avenida dos Aliados – iluminação eléctrica – anos 20/30? - Foto Alvão

Fábrica do gás e electricidade no Ouro
A central eléctrica foi construída em 1908