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terça-feira, 20 de setembro de 2016

ARTES E OFÍCIOS - XVII

6.24.17 - Artes e Ofícios - Fotógrafos V - Photo Guedes e Foto Beleza


"Henrique António Guedes de Oliveira nasceu no lugar de Ingilde, concelho de Baião, a 26 de janeiro do ano de 1865. Com um ano de idade é trazido pelos pais, António de Oliveira e Carolina para a cidade do Porto.
Teve grandes ligações ao meio artístico e literário da época, nomeadamente com Rafael Bordalo Pinheiro, com quem colaborou na revista "A Paródia ", "O Porto na Paródia" ou " A Paródia no Porto", acompanhado do caricaturista, Manuel Monterroso. Produziu e escreveu algumas peças para os teatros da cidade e algumas delas tiveram enorme êxito, não só em Lisboa e Porto mas também no Brasil, como foi o caso da revista “Ali à …preta!” (1897) com música de Ciríaco Cardoso.
A par da atividade literária e artística, vai também ligar-se, por volta de 1885, à fotografia, trabalhando durante algum tempo na firma Sala & Irmão, então dirigida por Fulgêncio da Costa Guimarães. Associaram-se no ano seguinte e a firma passou a designar-se Guimarães & Guedes, Sucessores de Sala & Irmão. Em 1892 Guedes de Oliveira fundou o seu próprio atelier, a Photographia Guedes, situado na Rua de Santa Catarina, 262, embora continuasse ligado à firma anterior que se manteve ativa até 1894. Em 1898 será o primeiro a introduzir inovações na arte da fotografia, como o processo Eastman, permitindo assim a produção de provas mais acessíveis. Participou na Exposição Industrial Portuguesa de 1897, expondo fotografias e platinotipias. Em 1904 concorreu à Exposição de S. Luís e, no ano seguinte, fez a reportagem fotográfica do Carnaval no Porto, tendo editado uma coleção de postais.
A partir de 1905 o seu irmão Constantino Guedes passou a fazer parte da firma.
Pela sua casa passaram inúmeras figuras destacadas da vida social, política e artística, tais como Guerra Junqueiro, Sampaio Bruno, Palmira Bastos, entre muitas outras personalidades. Era também um espaço de divulgação de trabalhos de artistas em início de carreira realizando no seu estúdio exposições de arte.
Concorreu a várias exposições nacionais e internacionais que lhe grangearam alguns prémios. Possuía a Medalha de Ouro da Exposição Internacional Portuguesa, Diploma e Medalha de Ouro de Vermeil na Exposição Universal de Dijon.
O valioso espólio fotográfico que a Câmara Municipal detém permite -nos conhecer a cidade de finais do séc. XIX e inícios do séc. XX, em múltiplas facetas: retratos de famílias de vários estratos sociais, aspectos da cidade, artistas de teatro, personalidades políticas, paisagens, vivências do quotidiano, como a matança do porco, o combate ao fogo dos bombeiros, as touradas, etc.
Em 1898 organizou a Sociedade de Belas Artes, em colaboração com Marques da Silva, Teixeira Lopes e outros artistas, oficializada apenas em 1905 e designada como Sociedade Portuense de Belas Artes.
Sendo já um reputado fotógrafo, frequentou a Escola de Belas Artes do Porto, da qual chegou a ser professor e Diretor.
Fez ainda parte da Comissão de Estética da Câmara Municipal do Porto. Foi também condecorado com a comenda da Ordem de Santiago.
Morreu em 1932 e o seu cortejo fúnebre foi uma grande manifestação da importância da sua vida e obra na sociedade da época.
Âmbito e conteúdo
Imagens produzidas entre o final do séc. XIX e a década de 1930. Retratam a cidade em múltiplas facetas: retratos de família de vários estratos sociais, aspetos da cidade, artistas de teatro, personalidades políticas, paisagens, vivências do quotidiano etc.” Arquivo da C. M. do Porto


Praça D. Pedro e Quiosque do Sebastião – Photo Guedes


Universidade do Porto - museu - 1900


Rua Chã – 1900 – troço demolido para a abertura da Avenida da Ponte


Praça do Infante D. Henrique - 1900


Dispensário D. Amélia – 1900 – ainda é visível um cubelo da Muralha Fernandina junto do antigo Convento de Santa Clara.


Barco encalhado no Cabedelo - 1900


Carro funerário - 1900


Parada militar no Campo de Santo Ovídio – 1900


Parada militar do Regimento 18 – 1900


O mesmo local em 2016


Bombeiros voluntários - 1900


Cadeia da Relação - 1900


Praça dos Voluntários da Raínha - 1900


Campo 24 de Agosto - 1900


Carro eléctrico em Carreiros - 1900


Limpa chaminés - 1900


Interior da Sé do Porto antes das obras de restauro


1904


Carnaval de 1905 no Palácio de Cristal


1905


1910


Leça da Palmeira


Bairro piscatório da Matosinhos

É isto que me prende ao Porto
https://www.youtube.com/watch?v=rNXfTVqHHUc




Meus pais e 7 filhos – mais tarde seríamos 9 – Foto Beleza 1943

A Fotografia Beleza foi fundada em 1907 por António Beleza. Foi na Rua de Santa Teresa a sua primeira casa mas, anos mais tarde, abriu outra na Rua dos Clérigos. Conhecemos bem o Sr. António Lopes Moreira, seu proprietário bem como um seu fotógrafo de grande qualidade, o Sr. Freitas. Além das fotos de estúdio dedicou-se ao Porto, Norte e Beiras. Também neste trabalho inserimos muitas fotos desta casa. O seu espólio contem milhares de fotografias e pertence ao Espólio Fotográfico Português que pode ser visitado em: http://www.espoliofotograficoportugues.pt/


1911


Ribeira








Casa da Fábrica - ficava onde hoje se encontra o Hotel Infante de Sagres


Igreja de Santa Clara




Palácio de Cristal durante a Exposição Colonial - 1934


Molhe e Avenida Brasil


O Porto


Ponte dos 19 arcos 

domingo, 18 de setembro de 2016

ARTES E OFÍCIOS - XVI

6.24.16 - Artes e Ofícios - Fotógrafos IV - Barão de Forrester e Domingos Alvão


Joseph James Forrester ( Kingston upon Hull, Inglaterra, 27 de Maio de 1809 — Cachão da Valeira, S. João da Pesqueira, 12 de Maio de 1961) foi um empresário inglês radicado em Portugal. 
James Forrester foi o primeiro barão de Forrester, título que lhe foi concedido por D. Fernando II, em 1855, na condição de regente durante a menoridade de D. Pedro V. Em 1831 Joseph juntou-se à empresa vinícola de um tio seu no Porto, e iniciou uma reforma no comércio de vinhos. Na sua obra de 1844, Uma palavra ou duas sobre o vinho do Porto, declarou guerra aos que adulteravam o vinho. Também estudou o oídio da vinha causado pelo Oidium tuckeri, desenhou notáveis mapas do vale do Douro (Mapa do Rio Douro). 
Pintou várias aguarelas, e foi autor de O Douro Português e País Adjacente (1848) e de Prize Essay on Portugal and its Capabilities (1859), pela qual recebeu uma medalha de ouro. 


Em 1861, o barco de Forrester virou-se no Cachão da Valeira, sendo arrastado para o fundo por causa do cinto com dinheiro que levava consigo, nunca tendo sido encontrado o seu corpo. Nessa derradeira viagem, fez-se acompanhar por D. Antónia Adelaide Ferreira, mais conhecida como "A Ferreirinha", que segundo reza a história, não se afogou porque as saias de balão que então vestia, a fizeram flutuar até à margem do Rio Douro." – Texto da Wikipédia

Sobre este extraordinário personagem poderão ler o desenvolvimento feito em vários lançamentos, mas de uma forma especial no DOURO - II, de 4/9/2015.
Incluímos o Barão de Forrester nos fotógrafos porque, além de muitos outros dotes humanos, também se dedicou à fotografia.


Estaleiro de V. N. de Gaia - Fotografia do Barão de Forrester


Rua Nova dos Ingleses


Largo da Alfândega


Lavradores do Porto


Douro - nesta fotografia, do Barão de Forrester, aparece um rabelo coberto. Sabendo-se que ele tinha um barco luxuoso onde viajava pomos a hipótese de ser este. As pessoas que se vêem em terra não têm os vestuários do Douro, mas citadinos. Serão companheiros  de viajem? 

A Alma e a Gente - Barão de Forrester
https://www.youtube.com/watch?v=EydS7IEvqz8


Domingos Alvão



Fotografia Alvão na Rua de Santa Catarina




“Domingos do Espírito Santo Alvão foi um dos maiores fotógrafos portugueses do século XX. Nasceu em 1869, no Campo da Regeneração (actual Praça da República), no seio de uma família da nova burguesia. Seus pais eram Francisco Júlio Alvão, de Vila Real, barbeiro, e mais tarde funcionário das finanças; e Corina de Jesus Alvão, natural de Santo Ildefonso, da cidade do Porto. O seu padrinho foi o comendador Domingos José Ramos de Faria, do qual herdou o primeiro nome. Era casado com Virgínia de Jesus Ribeiro.
Domingos Alvão cedo demonstrou interesse pela fotografia. Conheceu Emílio Biel de quem se tornou aprendiz e, depois de um breve estágio em Madrid, entrou como operador para o estabelecimento do capitalista Leopoldo Cyrne na rua de Santa Catarina. Na mesma rua, dirige a Escola Practica de Photographia do Photo-Velo Club. É em 1901/3 que o Photo-Velo Club muda de nome para Fotografia Alvão.
Em 1901 participa na Exposição Internacional de Leipzig, e em 1907 recebe o Diploma de Mérito no Concurso Mundial de Fotografia Artística e Científica em Turim, Itália, o qual tinha o patrocínio da Princesa Maria Letícia de Saboia.
Além de ter sido o fotógrafo oficial das grandes empresas e instituições e do próprio Estado, a sua obra foi vastamente editada em diversas publicações da época como a Ilustração Portugueza ou a Gazeta das Aldeias. De todo um vasto trabalho tem destaque especial a obra Portugal, editada em 1934. No ano seguinte, recebeu a comenda de Cavaleiro da Ordem Militar de Cristo.
Um dos últimos trabalhos da Casa Alvão para o Governo do Estado Novo foi aquando da Exposição do Mundo Português, em 1940, em Lisboa. Entretanto divorciado, Domingos Alvão era casado em segundas núpcias com Virgínia de Jesus Ribeiro, de Amarante, a qual veio a falecer em 1943. Quando adoece de cancro no pulmão Domingos Alvão encontra-se a viver com as filhas na Areosa, na estrada da Circunvalação. Morre a 20 de Novembro de 1946, e é sepultado no cemitério da Lapa, mas a Casa Alvão ainda se mantém a funcionar no mesmo local.” Texto em Monumentos Desaparecidos.



Maravilhosa vista do Porto e Gaia



Início do séc. XX


Casino da Ponte


Cheia de 1909



Igreja de S. Francisco


Igreja e Torre dos Clérigos – de realçar a extraordinária qualidade da fotografia


Câmara Municipal ainda na Praça D. Pedro – antes de 1915


Confluência das Ruas de Sá da Bandeira, 31 de Janeiro e Praça de Almeida Garrett


Abertura da Rua de Sá da Bandeira desde a Rua de Fernandes Tomaz à de Gonçalo Cristóvão


Avenida dos Aliados


Ferros Velhos - hoje Rua de Cândido dos Reis


Jardim do Museu Soares dos Reis


Universidade do Porto - 1910


Avenida da Boavista da Vilarinha ao mar


Mãe - um quadro cheio de ternura e verdade. Comovente!


Amélia Rei Colaço na Exposição Colonial de 1934


Amola tesouras e navalhas - início da Avenida de Fernão de Magalhães


Régua - anos 30


Vindimas no Douro