sexta-feira, 4 de maio de 2012

DA SUA ORIGEM E ANTIGUIDADE - BATALHA, MURALHA ROMÂNICA E SUAS PORTAS



CAPÍTULO I

DA SUA ORIGEM E ANTIGUIDADE

Trata este primeiro capítulo da origem da cidade do Porto, apresentando várias opiniões inverosímeis que no seu tempo eram motivo de polémica. Destacamos, porém, alguns excertos que nos parecem interessantes:



Pelo que hoje se sabe a História do Porto é muito mais antiga e diferente do que a escrita por ARC.


Painel de azulejos, na estação de Rio Tinto representando a batalha de 824


Em O TRIPEIRO, V série, nº. XIII, a páginas 272 e sguintes, o historiador do Porto Horácio Marçal apresenta várias referências à imagem de N. Sª. da Batalha, mas que se contradizem. Por este facto ele próprio afirma que, depois do seu estudo sobre esta, teria ficado na mesma ignorância. Parece ser uma imagem do sec. XIV, em pedra e que estaria numa antiga capelinha junto à porta de Cimo de Vila ou da Batalha. Em 1793 esta capelinha foi destruída por força da demolição da Muralha e da porta/torre de Cimo de Vila. Em 1799 terminou-se a construção de uma nova capela, com o mesmo nome, muito perto do antigo teatro S. João, e para lá passou a referida imagem. Em 1924 também esta capela foi demolida, para dar mais largura à rua que liga ao Hospital do Terço, e a imagem transferida para a Sé.


Segunda Capela deNossa Senhora da Batalha – 1799/1924


Praça da Batalha entre 1799 e 1908 – Vêem-se a Capela da Batalha e o primeiro Teatro S. João, que ardeu em 12 de Abril de 1908





  
Tinha 4 portas: Nª Senhora de Vandoma, perto da Sé, S. Sebastião, Santana das Aldas, tornada imortal por Almeida Gasrrett e da Mentira, até ao sec. XIV, depois chamada das Verdades.



O burgo velho segundo a planta medieval - maquete na Casa do Infante

 

Nª. Senhora de Vandoma – está na Sé


Arco de Vandoma - Desenho de Joaquim Villanova – 1833 - A porta de Vandoma foi demolida em 1855 por ordam da C.M.P.


Oratório e gravura de S. Sebastião - A Porta de S. Sebastião foi demolida em 1819 por ameaçar ruína


Este arco foi eternizado por Almeida Garrett no seu romance com o mesmo nome. Foi demolido em 1821 por ser muito estreita e não permitir passar carros.


Altar do Arco de Santana no local em que esteve a porta - por cima tem escrito "Santana succure miseris" ( Santana socorre os miseráveis

 Capela, altar e imagem de Nª. Senhora das Verdades 

Capela das Verdades - A Porta ou postigo das Verdades, antes das Mentiras, ficava ao fundo da Rua de D. Hugo, por trás da Sé. Era encimada por um nicho com a imagem de Nª: Senhora das Verdades, muito venerada pelo povo da vizinhança. Quando, no século XIV, foi destruída, os fiéis construíram uma pequena capela onde colocaram a imagem. No retábulo, quatro pequenas pinturas do século XVII, de gosto e traço simples, representam São Domingos, São José, São João Evangelista e Nossa Senhora da Rosa. Ao centro, num nicho, está a dita imagem de Nossa Senhora das Verdades, em calcário de Coimbra, do final do século XVI.


















O facto de se chamar Arco das Verdades faz com que haja quem o julgue ligado à Porta das Verdades. Na realidade este arco fazia parte do aqueduto que levava água para o Mosteiro de S. Lourenço, hoje Seminário Maior do Porto. Esta água provinha da grande nascente de Mija-Velhas, no actual Campo 24 de Agosto, que no seu caminho ia alimentando outras fontes.

2 comentários:

  1. A porta das Verdades é a mesma que a das Mentiras?

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  2. Sim. A razão porque mudou de nome não nos recordamos. Havia ao lado a Capela das Verdades.
    Cumprimentos
    Maria José e Rui Cunha

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