2.3.2 - Bairro da Victória - V
A Rua de Cedofeita foi aberta em 1762, integrada no vasto plano de renovação urbanística posto em prática por João de Almada e Melo, através da Junta das Obras Públicas. O plano tinha como objetivo relacionar a zona portuária ribeirinha com a alta da cidade, através da "regularização e criação de eixos de escoamento, bem como a sua articulação transversal". Entre as vias mais importantes encontrava-se a então denominada "Rua da Estrada", hoje Rua de Cedofeita. Era a estrada para a Póvoa e Viana.
Rua de Cedofeita – início lado Sul
Praça Carlos Alberto em 1907 – antigo Largo dos Ferradores – à esquerda o Hospital do Carmo
Desde tempos imemoriais, mas não sempre no mesmo sítio que se efectuavam nesta cidade duas feiras anuais de moços e moças da lavoura. Uma para os trabalhos de verão; outra para os de inverno. A primeira realizava-se no mês de Abril; a segunda em Novembro. Como é mais ou menos sabido, um dos lugares em que mais tempo se conservou esta feira, foi no Largo dos Ferradores (actual Praça de Carlos Alberto), para onde tinha sido removida em Abril de 1858. No ano de 1876, todavia, por determinação camarária, levaram-na para a Rotunda da Boavista; e, mais tarde, estacionou ainda na Praça da Corujeira. Igualmente no Largo dos Ferradores em tempos mais recuados (1676), se efectuava uma feira de gado, feira esta que também conheceu vários locais. Em 1838, por exemplo, realizava-se no Campo Grande, próximo do Poço das Patas. Já que falamos em feiras, diremos que a da erva e palha funcionou, durante longos anos, juntamente com a feira da madeira, na Praça das Hortas. Daqui, em 1823, transitou para a Praça do Mirante (Coronel Pacheco). Anos depois, implantaram-na na Praça da Batalha; a seguir foi para o mercado do Bolhão. Em Outubro de 1838, saltou ainda para a Alameda do Postigo do Sol, junto do mirante das freiras de Santa Clara; e por último voltou novamente para o Bolhão onde finalmente se conservou até à sua extinção.
Palacete dos Viscondes de Balsemão é um edifício
histórico mandado construir, em meados do século XVIII, pelo fidalgo José Alvo
Brandão Perestrelo Godinho. Entra no património da família Balsemão por
casamento de D. Maria Rosa Alvo com seu primo Luis Mâximo Alfredo Pinto de Sousa Coutinho, 2.ºVisconde de Balsemão. Na década
de 1840 António Bernardino Peixe alugou o palacete, transferindo a hospedaria
que tinha na Rua do Bonjardim para este local. O que celebrizou esta hospedaria
foi a estadia, entre 19 e 27 de Abril de1849, do exilado rei Carlos Alberto da
Sardenha, antes de ir para a Quinta da Macieirinha, onde viria a falecer em 28
de Julho do mesmo ano. Em 1854, o palacete foi adquirido pelo 1.ºVisconde da
Trindade, José António de Sousa Basto, grande proprietário e capitalista, que
introduziu profundas alterações no edifício, vindo a casa a atingir o maior
esplendor que se lhe conhece. Actualmente, aqui funcionam alguns serviços da Câmara
Municipal do Porto nomeadamente a Direcção Municipal de Cultura.
Monumento aos mortos da Grande Guerra - obra do arquitecto Manuel Marques e do escultor Henrique Moreira – 1928
Este monumento de autoria do escultor José de Oliveira Ferreira foi erigido no mesmo local a 11 de novembro de 1924 por iniciativa da Junta Patriótica do Norte e que a Câmara Municipal do Porto mandou demolir em 15 de janeiro de 1925. Foi muito criticado por ser considerado muito feio.
Este monumento de autoria do escultor José de Oliveira Ferreira foi erigido no mesmo local a 11 de novembro de 1924 por iniciativa da Junta Patriótica do Norte e que a Câmara Municipal do Porto mandou demolir em 15 de janeiro de 1925. Foi muito criticado por ser considerado muito feio.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo e Hospital
Sobre esta igreja trataremos em lugar próprio
Rua dos Caldeireiros – antiga da Ferraria de Cima
Esta rua teve o nome de Ferraria de Cima até 1780
Sobre a confraria daremos mais informações em lugar próprio
Belíssimos azulejos na Rua dos Caldeireiros nº. 100
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