sábado, 29 de setembro de 2012

BAIRROS DA CIDADE - XII

 
2.3.2 - Bairro da Victória - VI
 


Igreja de S. Domingos – Joaquim Villanova -1833 – destruída em 1835 por ordem de Ferreira Borges. Este pretendia alargar a rua, que veio a ter o seu nome, com a finalidade de fazer, no local do Convento de S. Francisco, a sede da Associação Comercial do Porto (Palácio da Bolsa).
Trataremos em pormenor o Convento de S. Domingos em lugar próprio.
 
 
 
"Explicação:

As letras A. B. C. D. na Planta mostrão huma pequena Praça publica, Projectada por baixo de S. Domingos. A. D. I. G. mostrão outra Planta de uma Praça Projectada triangularmente e de mayor tamanho, em que se inclui a direcção da Rua S, João atté à esquina da Igreja da Misericórdia, terminada pela letra X. Na mesma Planta: e afin de effectuar a execução deste último projecto he preciso cortar as casas, incluídas nos três triângulos = D.C.I. = G.M.L. = e A.E.F. na planta ou escolher a pequena praça por baixo de S. Domingos. Foi projectado em 1774 pelo cônsul de Inglaterra.”    
 

Em 1834 iniciaram-se obras de adaptação à filial do Banco de Portugal. Foi ainda a sede da Companhia de Seguros Douro.
 

Largo de S. Domingos – a Sé ainda tem o relógio entre as torres – Foto Domingos Alvão

 
Frontaria da Sé no Séc. XVIII - Ainda tem o relógio
 

Largo de S. Domingos – vê-se a antiga fonte onde estava a imagem de Santa Catarina e a centenária casa Araújo & Sobrinho, onde esta imagem se encontra.
 

 

Imagem de Santa Catarina que estava na Fonte de S. Domingos.
A Rua das Flores chamou-se Rua de Santa Catarina das Flores.
 
 
 

Uma curiosidade: no Largo de S. Domingos, 80 existiu o primeiro elevador mecânico do Porto. Foi mandado construir por José Gaspar da Graça em meados do séc. XIX. A sua casa tinha 5 andares e era uma das mais altas do Porto. Era movido por homens que usavam uma manivela para o movimentar. Porém, com medo de algum acidente os moradores preferiam subir e descer a pé. Assim, não teve grande uso. A casa foi mais tarde ocupada pela firma Araújo e Sobrinho, que o ofereceu, já em meados do séc. XX, ao malogrado museu de Etnografia e História do Porto, onde ainda pudemos aprecia-lo. Só tinha capacidade para uma pessoa.
 
 
Brasão dos Cunha Pimentel - séc. XVIII - esquina do Largo de S. Domingos e Rua das Flores. Nesta casa nasceu, em 1904, o poeta Pedro Homem de Melo - blog de Manuel José Cunha 
 
 
Largo de S. Domingos
 
 
Foi a frontaria do Convento de S. Domingos, filial do Banco de Portugal, Companhia de Seguros Douro e desde Junho de 2012 é o Palácio das Artes - Fábrica de Talentos 

 
Fundada em 1804 - maravilha da arte do ferro
 
 
Palacete dos Pacheco Pereira 

Este imóvel em estilo barroco terá sido mandado edificar na Rua de Belomonte por Pedro Pacheco Pereira, na primeira metade do século XVIII. No século XIX, o palacete recebia com assiduidade figuras proeminentes da sociedade portuense mas, após a morte de João Pacheco Pereira, entrou em decadência. Foi comprado em 1888 pela Companhia dos Caminhos-de-Ferro Através de África. Hoje encontra-se aí a Escola Superior Artística do Porto.


 
Tecto de madeira do palacete

 

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