8.1.12 – Revolta dos Marceneiros
Mesa costura – séc. XVIII – Museu de Lamego
Mobília séc. XIX
Canapé séc. XIX
Após os primeiros 20 anos, do séc. XIX, de grandes crises em Portugal, Invasões Francesas e graves lutas políticas com os ingleses, a Revolução de 1820 veio trazer alguma esperança aos mesteirais portuenses, pelo que houve que recomeçar a investir e melhorar os seus produtos. Mas as lutas liberais vieram repor a instabilidade. Já depois do cerco, aqueles sentindo-se gravemente prejudicados pelas importações de manufacturas que já cá se fabricavam, decidiram tentar impor certas restrições às importações. Por coincidência encontrava-se no Rio Douro um barco Hamburguês com móveis caros para descarga. Em 25 de Abril de 1836, não tendo chegado a acordo com o Governador Civil sobre a proibição da descarga destes móveis, alguns amotinados, sobretudo marceneiros, depois seguidos de muito mais povo, resolveram atacar os barcos e destruir a mercadoria estrangeira, sobretudo os móveis.
Dirigiram-se à alfândega no propósito de continuar a sua sanha, mas o director e alguns empregados resistiram-lhe e entretanto chegou a guarda que os impediu de entrar.
Seguidamente atacaram um armazém no Largo de S. Domingos, pertencente à alfândega. Não satisfeitos, dispersaram pelas Ruas dos Clérigos e de Santo António, ameaçando ainda outras lojas que vendiam produtos estrangeiros.
Marcenaria - 1568
Artur de Magalhães Basto descreve esta revolta com muita propriedade:
Foto de José Fernando Guimarães - 2017
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