domingo, 18 de setembro de 2016

ARTES E OFÍCIOS - XVI

6.24.16 - Artes e Ofícios - Fotógrafos IV - Barão de Forrester e Domingos Alvão


Joseph James Forrester ( Kingston upon Hull, Inglaterra, 27 de Maio de 1809 — Cachão da Valeira, S. João da Pesqueira, 12 de Maio de 1961) foi um empresário inglês radicado em Portugal. 
James Forrester foi o primeiro barão de Forrester, título que lhe foi concedido por D. Fernando II, em 1855, na condição de regente durante a menoridade de D. Pedro V. Em 1831 Joseph juntou-se à empresa vinícola de um tio seu no Porto, e iniciou uma reforma no comércio de vinhos. Na sua obra de 1844, Uma palavra ou duas sobre o vinho do Porto, declarou guerra aos que adulteravam o vinho. Também estudou o oídio da vinha causado pelo Oidium tuckeri, desenhou notáveis mapas do vale do Douro (Mapa do Rio Douro). 
Pintou várias aguarelas, e foi autor de O Douro Português e País Adjacente (1848) e de Prize Essay on Portugal and its Capabilities (1859), pela qual recebeu uma medalha de ouro. 


Em 1861, o barco de Forrester virou-se no Cachão da Valeira, sendo arrastado para o fundo por causa do cinto com dinheiro que levava consigo, nunca tendo sido encontrado o seu corpo. Nessa derradeira viagem, fez-se acompanhar por D. Antónia Adelaide Ferreira, mais conhecida como "A Ferreirinha", que segundo reza a história, não se afogou porque as saias de balão que então vestia, a fizeram flutuar até à margem do Rio Douro." – Texto da Wikipédia

Sobre este extraordinário personagem poderão ler o desenvolvimento feito em vários lançamentos, mas de uma forma especial no DOURO - II, de 4/9/2015.
Incluímos o Barão de Forrester nos fotógrafos porque, além de muitos outros dotes humanos, também se dedicou à fotografia.


Estaleiro de V. N. de Gaia - Fotografia do Barão de Forrester


Rua Nova dos Ingleses


Largo da Alfândega


Lavradores do Porto


Douro - nesta fotografia, do Barão de Forrester, aparece um rabelo coberto. Sabendo-se que ele tinha um barco luxuoso onde viajava pomos a hipótese de ser este. As pessoas que se vêem em terra não têm os vestuários do Douro, mas citadinos. Serão companheiros  de viajem? 

A Alma e a Gente - Barão de Forrester
https://www.youtube.com/watch?v=EydS7IEvqz8


Domingos Alvão



Fotografia Alvão na Rua de Santa Catarina




“Domingos do Espírito Santo Alvão foi um dos maiores fotógrafos portugueses do século XX. Nasceu em 1869, no Campo da Regeneração (actual Praça da República), no seio de uma família da nova burguesia. Seus pais eram Francisco Júlio Alvão, de Vila Real, barbeiro, e mais tarde funcionário das finanças; e Corina de Jesus Alvão, natural de Santo Ildefonso, da cidade do Porto. O seu padrinho foi o comendador Domingos José Ramos de Faria, do qual herdou o primeiro nome. Era casado com Virgínia de Jesus Ribeiro.
Domingos Alvão cedo demonstrou interesse pela fotografia. Conheceu Emílio Biel de quem se tornou aprendiz e, depois de um breve estágio em Madrid, entrou como operador para o estabelecimento do capitalista Leopoldo Cyrne na rua de Santa Catarina. Na mesma rua, dirige a Escola Practica de Photographia do Photo-Velo Club. É em 1901/3 que o Photo-Velo Club muda de nome para Fotografia Alvão.
Em 1901 participa na Exposição Internacional de Leipzig, e em 1907 recebe o Diploma de Mérito no Concurso Mundial de Fotografia Artística e Científica em Turim, Itália, o qual tinha o patrocínio da Princesa Maria Letícia de Saboia.
Além de ter sido o fotógrafo oficial das grandes empresas e instituições e do próprio Estado, a sua obra foi vastamente editada em diversas publicações da época como a Ilustração Portugueza ou a Gazeta das Aldeias. De todo um vasto trabalho tem destaque especial a obra Portugal, editada em 1934. No ano seguinte, recebeu a comenda de Cavaleiro da Ordem Militar de Cristo.
Um dos últimos trabalhos da Casa Alvão para o Governo do Estado Novo foi aquando da Exposição do Mundo Português, em 1940, em Lisboa. Entretanto divorciado, Domingos Alvão era casado em segundas núpcias com Virgínia de Jesus Ribeiro, de Amarante, a qual veio a falecer em 1943. Quando adoece de cancro no pulmão Domingos Alvão encontra-se a viver com as filhas na Areosa, na estrada da Circunvalação. Morre a 20 de Novembro de 1946, e é sepultado no cemitério da Lapa, mas a Casa Alvão ainda se mantém a funcionar no mesmo local.” Texto em Monumentos Desaparecidos.



Maravilhosa vista do Porto e Gaia



Início do séc. XX


Casino da Ponte


Cheia de 1909



Igreja de S. Francisco


Igreja e Torre dos Clérigos – de realçar a extraordinária qualidade da fotografia


Câmara Municipal ainda na Praça D. Pedro – antes de 1915


Confluência das Ruas de Sá da Bandeira, 31 de Janeiro e Praça de Almeida Garrett


Abertura da Rua de Sá da Bandeira desde a Rua de Fernandes Tomaz à de Gonçalo Cristóvão


Avenida dos Aliados


Ferros Velhos - hoje Rua de Cândido dos Reis


Jardim do Museu Soares dos Reis


Universidade do Porto - 1910


Avenida da Boavista da Vilarinha ao mar


Mãe - um quadro cheio de ternura e verdade. Comovente!


Amélia Rei Colaço na Exposição Colonial de 1934


Amola tesouras e navalhas - início da Avenida de Fernão de Magalhães


Régua - anos 30


Vindimas no Douro

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