6.2.1 - Rio Douro- Afluentes - Rio Coa
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Descrição dos afluentes do Douro em Mapa de Portugal Antigo e Moderno – P. João Baptista de Castro – 1762
É curioso que estes autores refiram alguns rios de pequeno tamanho e caudal, tais como, Barosa (hoje Varosa), Ferreira, Balsemão, Biturim (desagua “na Província do Minho”), Germude, Gafarinha, Inha (desagua a montante do Rio Arda), Mação, Pedonde, Tedo (desagua em frente de Covelinhas) e Pinheiro, além dos “riachos” Temitolas (passa em Armamar), Rio Tinto, Campanhã e Liceiras, esquecendo, no caso de Baptista de Castro, rios como Sabor, Corgo, Paiva.
Foz do Rio Tedo - era habitual irmos, durante as férias de verão, pescar para este rio com os nossos filhos. Nunca foram grandes pescarias, mas eram momentos muito divertidos.
Bacia Hidrográfica do Douro
Bacias principais do Douro em Portugal
Rio Douro – região hidrográfica - vídeo
Blogue História da Raia
Fóios - nascente do Coa
O rio Coa é um rio português que nasce nos Fóios (Sabugal), mais concretamente na Serra das Mesas, a 1.175 m. de altitude, próximo da Serra da Malcata. Percorre cerca de 135 km até desaguar na margem esquerda do rio Douro, perto de Vila Nova de Foz Côa, a 130 m. de altitude. É dos poucos rios portugueses que efectuam um percurso na direcção Sul-Norte.
O rio Coa percorre a zona raiana do distrito da Guarda, as Terras de Riba-Coa. Tem um clima marcadamente mediterrânico. A zona de Riba-Coa é dominada por bosques, pinhais, fortalezas (castelos), planaltos e fantásticas paisagens típicas da Beira Interior.
Cidades na zona de Riba-Côa: Pinhel, Sabugal, Meda.
Do latim Cuda posteriormente Coda, com possível origem no pré-celta kut (javali) ou no basco kuto (porco). Está na origem de transcudano, que é relativo a Ribacoa (adjectivo), natural ou habitante de Ribacoa (nome) ou antigo povo da Lusitânia.
Ponte sobre o Rio Coa – Foto Felizes
Canada do Inferno – foto de António Martinho Baptista
Penascosa - Blogue Geocastemaia
“É verdade que as gravuras sempre foram vistas pelos pastores e pelos moleiros, deixando alguns destes as suas próprias criações ao lado dos que os antecederam em cerca de duzentos séculos ou mais. E verdade é também que o fozcoense Dr. José Silvério de Andrade, que foi médico, escritor e presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, já nos anos 30 dava notícias de algumas gravuras, que descobrira, ao conceituado Abade de Baçal, através de um seu artigo num jornal de Mirandela.
Foi no entanto o Dr. Nelson Rebanda o arqueólogo que, em 1995, ligou o seu nome à descoberta oficial de tais achados, na sequência dos trabalhos que lhe haviam sido incumbidos pela EDP, concessionária da barragem entretanto em construção no Côa. A este arqueólogo, no meio de acesa discussão pública, vieram juntar-se, entre outros, Mila Simões de Abreu, António Martinho Baptista, Mário Varela Gomes e João Zilhão.
Declarada a suspensão da barragem pelo Governo que acedeu ao poder em Outubro de 1995, em breve o Vale do Côa, com os diversos "sítios" entretanto identificados ao longo de 17 quilómetros, recebia a classificação de monumento nacional. Segundo os entendidos, ali se encontrava o maior museu ao ar livre do Paleolítico, de todo o mundo. E a importância de tais achados chegou depois ao conhecimento da UNESCO, que não demorou a considerá-los Património Cultural da Humanidade”. Site do Concelho de Foz Côa.
Parque geológico do Vale do Côa
Foto de Victor Oliveira
Portugal Antigo e Moderno
No fim do séc. XIX esta vila tinha fábricas de cordas, calçado e carros de bois, ricos “carretões e vendilhões”, mas s sua grande riqueza era o sumagre.
Portugal Antigo e Moderno
Pinho Leal (1816/1884)
Pinho Leal (1816/1884) iniciou a publicação em 1873, mas faleceu antes de a acabar. O último volume foi já coligido pelo Pe. Pedro Augusto Ferreira em 1890.
A propósito de Vila Nova de Foz Coa escreve sobre as rivalidades políticas dos seus habitantes. Tem interesse para de poder ter uma ideia do que se passou no interior de Portugal durante o séc. XIX. Na verdade na leitura da História de Portugal ficamos a conhecer os importantes acontecimentos, mas muito pouco sobre as lutas entre os habitantes do interior.
E muitas outras, desde D. Manuel I ao fim do séc. XIX. Tremendas foram as lutas no tempo das Invasões Francesas, de D. Miguel (1829) e Liberais (1834), da Patuleia etc. até às eleições de 1876.
Muitas centenas de mortos, destruição de casas e quintas, fugas e prisões, desterros e abandono da vila pelos mais ricos.
Estamos certos que muitas vilas e cidades do interior português sofreram os mesmos desvarios.
Ponte sobre o Coa
O maravilhoso espectáculo das amendoeiras em flor.
Quinta da Ervamoira – foto Adriano Ferreira
Em 1974, José António Ramos Pinto Rosas, então administrador da Casa Ramos Pinto, procurava persistentemente uma quinta em terreno pouco acidentado que permitisse a mecanização, porque já nessa altura se fazia sentir a escassez e o elevado custo da mão-de-obra no Douro. Estudando inclusivamente as cartas militares, encontrou e adquiriu a Quinta de Santa Maria, rebaptizada como Quinta da Ervamoira, aquela que viria a tornar-se quinta modelo em toda a região duriense.
Dois anos mais tarde, com o auxílio do sobrinho João Nicolau de Almeida, José Rosas lançou mãos ao projecto de estudar e seleccionar as cinco melhores castas e trabalhar apenas com o material seleccionado, pensando já não só no Vinho do Porto, mas também no Vinho de Mesa. Este trabalho conjunto tornou Ervamoira um projecto piloto, a primeira Quinta do Douro a ser plantada ao alto e por talhões.
A cada talhão correspondia uma casta diferente, acabando-se assim com a mistura de castas na mesma vinha. O resultado deste estudo viria a ser apresentado numa comunicação proferida por ambos, em 1981, na Universidade de Trás-os-Montes.
Apesar da polémica gerada, as conclusões deste estudo foram aceites pelo Banco Mundial, que autorizou a plantação de 2500 novos ha de vinha.
Com o início da construção da barragem do Côa, a Quinta de Ervamoira correu o risco de desaparecer submersa. A descoberta das gravuras rupestres do Vale do Côa, fez nascer uma nova esperança para todos os inconformados com a perda de muitos anos de trabalho, excelentes resultados, avultados investimentos e, no fim de contas, com o desaparecimento de uma paisagem única que, afinal, já os homens do paleolítico tinham sabido apreciar.
Ervamoira livrar-se-ia do pesadelo do afogamento, quando em 1996 o governo recentemente eleito se decidiu pela interrupção definitiva das obras da barragem.
Respeitando uma tradição já tão antiga quanto a sua própria história, a Casa Ramos Pinto não deixou de dar importância aos aspectos culturais que rodeavam a história da Quinta de Ervamoira. No sentido de os dar a conhecer ao público, investiu na criação de um museu de sítio, inaugurado em 1997 pelo então Ministro da Cultura, o Prof. Doutor Manuel Maria Carrilho.
Com a decisão da UNESCO de elevar as gravuras do Vale do Côa à categoria de Património da Humanidade, a Quinta de Ervamoira teve o privilégio de se converter na primeira quinta vinhateira a usufruir do título de Património da Humanidade.
Quinta da Ervamoira - vídeo
Bom dia, permitem que partilhe esta publicação no mural do FaceBook de um amigo dos Foios, antigo presidente da Junta de Freguesia, grande divulgador das coisas do Coa e criador de um museu relativo ao assunto? Já agora, informo que na mesma serra das Mesas, nasce também o rio Águeda também afluente do Rio Douro e o Erges, afluente do rio Tejo.
ResponderEliminarUm abraço deste vosso seguidor desde o serão em Bonjóia
Caríssimo Seguidor,
ResponderEliminarMuito obrigado pela sua persistência em nos “aturar” há tanto tempo.
Claro que pode servir-se do nosso lançamento e de o divulgar como quiser.
Só pedimos que refira o nosso blogue como fonte.
Não citámos o Rio Águeda pois não passa por qualquer povoação de interesse.
Um abraço
Maria José e Rui Cunha
Olá Dois apontamentos:
ResponderEliminarCreio que o Rio côa é o único rio Português que faz o seu curso de Sul para Norte:
Vale a pena visitar a casa museu que existe na Quinta da Ervamoira e apreciar um cálice de Porto desfrutando de deslumbrantes paisagens:
http://www.caedes.net/Zephir.cgi?lib=Caedes::Infopage&image=sansoni7-1194549313.jpg
http://www.caedes.net/Zephir.cgi?lib=Caedes::Infopage&image=sansoni7-1194462493.jpg
http://www.caedes.net/Zephir.cgi?lib=Caedes::Infopage&image=sansoni7-1194374707.jpg
http://www.caedes.net/Zephir.cgi?lib=Caedes::Infopage&image=sansoni7-1194694885.jpg
Boa tarde caro amigo,
ResponderEliminarExistem vários rios portugueses a correrem de Sul para Norte. Começando pelos afluentes da margem esquerda do Douro, de que trataremos alguns, tais como o Távora,Varosa, Tedo, Paiva, Águeda, Arda e outros de menor importância. Também outros rios portugueses teem afluentes correndo de Sul para Norte. Rio principal temos o Sado que nasce na Serra do Caldeirão e desagua em Setúbal.
Infelizmente ainda não conhecemos a Quinta da Ervamoira, mas um dia lá iremos.
Cumprimentos,
Maria José e Rui Cunha