6.9.7 – Fazendas que vêem do Alto Douro - VII
Cesteiro e tanoeiro – duas profissões muito requisitadas pelas quintas do Douro. Até aos anos 60 do século passado assistimos aos seus trabalhos, antes das vindimas.
Cestos vindimos
Barcos Rabelos – foto Emílio Biel - 1900
Rabelo com pipas da Sandeman - Foto de Fernando Peneiras
Campanhã – carregamento de lenha
Construção de um barco rabelo - vídeo
Descrição de um barco rabelo
Descarregando carqueja – Foto de Aurélio Paz dos Reis -1906
Carqueja em flor
Calçada hoje - Blog o Porto Deprimente
A carqueja é uma planta que nasce espontaneamente nos montes. Era trazida nos barcos do Douro e descarregada perto da calçada da Corticeira, onde as carquejeiras a carregavam, em grandes molhos, para as Fontaínhas. Daí, era distribuída por toda a cidade para acender os fogões de sala, de cozinha e caldeiras de aquecimento central. Recordámo-nos bem das vendedoras de carqueja que passavam de porta em porta. Em nossa casa havia um local próprio onde se guardavam importantes quantidades, pois era diariamente usada. Entre Abril e Junho é comum verem-se as belas flores amarelas da carqueja pelos montes do Douro. A carqueja era muito usada na medicina. Eram tomados chás de carqueja que, segundo se dizia, servia para muitíssimas doenças. Era recomendado para gastroenterite, prisão de ventre, má digestão, diarreia, febre, gripe, fraqueza. O chá da flor de carqueja actua como diurético e era ainda usado em dietas de emagrecimento. Enfim, o tratamento para quase todas as doenças dos pés à cabeça.
Pereira, flor e pêras
Macieiras, flor e maçãs
Só quem já apreciou o sabor das frutas do Douro lhe poderá dar o devido valor.
Cais de Gaia
Barcos rabelos regressando ao Douro – Surpreenderam-nos os barcos com velas de dois panos, pois nunca os tínhamos visto. Nota-se que são mais pequenos que os outros – foto de João Ramoa – 1954.
Barco de passagem
Flor do Gás - atravessa de Lordelo do Ouro à Afurada
Barco de passagem – Havia no Porto muitos de barcos de passagem para passageiros e carga. O seu crepúsculo começou com a construção da Ponte das Barcas em 1806. Porém, muitas pessoas continuaram a atravessar de barco por hábito e com medo da ponte não aguentar o peso dos inúmeros peões, animais e carros. Mesmo depois da construção da Ponte D. Maria II, 1846, ainda havia quem tivesse medo de atravessa-la dado o grande balanço que tinha. Há quem afirme que este balanço provocava enjoo a muita gente. Mas a verdade é que aos poucos os barcos e barqueiros foram desaparecendo. Continuariam, e continuam em zonas onde não há pontes, por exemplo entre a Afurada e Lordelo do Ouro.
Do Porto a Miranda – fotos de J. Portojo
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