sexta-feira, 3 de maio de 2013

A BONDADE DO CLIMA

2.12 - A bondade do clima




Ano 2009


Nascer do Sol – foto Blog da Maria Inês


Rua de Pelames – foto de Atelier E


Vento Leste


Barra da Foz do Douro em manhã de nevoeiro


Foto de FMPereira


Capela de Fradelos e silo-auto 

Esta zona da cidade é muito propícia a nevoeiro devido ao ribeiro que por aí passa vindo da zona da Fontinha. Não é por acaso que se chama, a essa zona, o Bolhão. Este bolhão estava no terreno onde foi construído o mercado. A Rua de Fernandes Tomaz chamou-se anteriormente Rua do Bolhão. Além disso, pela sua orografia, é frequente ver o nevoeiro a subir, vindo do rio Douro. 


Lembrámo-nos muito bem do chamado “ciclone”, de 15 de Fevereiro de 1941, que fez grandes estragos em Portugal. Cerca da 20,30 h. o Porto estava debaixo de chuva e vento indescritíveis, que atingiu os 145 km/h. Os prejuízos foram enormes por toda a cidade, especialmente pela queda de centenas de árvores. O Porto ficou às escuras porque muitos cabos de alta tensão e dos eléctricos caíram e corria-se o risco de electrocussão  O ciclone provocou, na zona do Porto e arredores, uma meia dúzia de mortos, e foram centenas as pessoas levadas ao Hospital de Santo António. Mas a nossa cidade não foi dos locais mais atingidos, já que na zona de Lisboa, Sintra e Setúbal contaram-se por centena as vítimas mortais.


Pinheiro Manso que caiu em 15/2/1941. Foto de 1906. Em segundo plano podem ver-se a chaminé e as instalações da fábrica do Graham.




Na nossa memória ficou a queda do Pinheiro Manso, na Boavista, centenária árvore que deu o nome à rua. Ficava na casa da família Gilbert, à esquerda de quem entrava na rua, e ao cair destruiu uma cabine telefónica e apanhou a traseira de um automóvel dos Bombeiros do Porto, em que seguia o conhecido Major Serafim Morais, que nada sofreu. No dia seguinte vimos o pinheiro no chão, atravessado na rua e meu avô Augusto fotografou-o.


Mas muitos mais jardins da cidade foram desbastados.  De O Tripeiro Série VI, Ano II retirámos uma foto do Jardim da Cordoaria.



O Comércio do Porto – 16-2-1941 

Em 11/11/1931 houve um violento temporal que derrubou um histórico pinheiro existente no ilhéu em S. Roque da Lameira. Tinha 4,8 metros de diâmetro e 30 metros de altura, a que era atribuída uma idade de sete séculos.


Efeitos do temporal de 19/1/2013

Também em 12 de Fevereiro de 1788 houve uma grande tempestade que provocou grandes prejuízos na cidade e arredores.


Dia de chuva – foto de Rui Bonito 

Chuva no Porto em 9/3/2013 


Embora raramente também acontece cair neve na cidade – 1983 


Em 2 de Fevereiro de 1916 o Porto suportou um dos seus dias mais frios; às 9 horas da manhã estiveram 3,8 graus negativos. 


Foto de Rita Siborro



Também, como diz ARC, há dias solarengos… 


Até viu o eclipse de 17/4/1912 – foto de Aurélio Paz dos Reis


O primeiro posto oficial de meteorologia do país foi criado no telhado do Hospital de Santo António, em 1853. Estava ligado à Escola Médica, que lhe ficava por baixo, e era considerado a que melhores instalações possuía e o melhor apetrechado para esse fim em Portugal. 


Observatório da Serra do Pilar 
Ligado ao Observatório D. Luis, de Lisboa, foi inaugurado em 9 de Julho de 1885 o Posto Meteorológico e Magnético do Porto, depois Observatório Meteorológico da Princesa D. Amélia e, finalmente em 1910, Observatório da Serra do Pilar. 


Notícia, de O Comércio do Porto de 24/2/1926, sobre a decisão tomada pelo Ministro da Instrução relativamente ao Observatório da Serra do Pilar, que passou a ser directa e inteiramente dependente da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, tendo reassumido as funções de director interino o Dr. Álvaro Machado, 1.º assistente daquela Faculdade.

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