sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

DIVERTIMENTOS DOS PORTUENSES - XLVI

3.15.19 - Outros desportos - II


Red Bull Air Race – 2007 - trajecto

“A Red Bull Air Race é uma competição electrizante em que os pilotos mais talentosos do mundo se desafiam uns aos outros numa corrida aérea de velocidade, precisão e habilidade. A competição apresenta uma nova e dinâmica categoria de pilotagem conhecida por “Air Racing”, onde o objetivo é seguir uma rota cheia de desafios no céu fazendo o menor tempo possível. Voando sozinhos contra o relógio, os pilotos devem executar viragens apertadas num circuito slalom que consiste em mastros ou pilões especialmente projectados chamados de “Air Gates”. A Red Bull Air Race não é só velocidade – a precisão é crucial para o sucesso, pois qualquer erro incorre em penalidades ao tempo do piloto. Voar perto do chão a velocidades que podem alcançar até 400 km/h enquanto se tenta difíceis manobras em curvas requer uma habilidade imensa que apenas um certo número de pilotos no mundo possui. Por isso os pilotos são selecionados a dedo de acordo com sua perícia e experiência. Esses pilotos estão no auge das suas carreiras. E têm mesmo que estar – a Air Race exige muito de suas habilidades de pilotagem. Para se ter uma ideia eles têm que suportar forças de até 10G. Não há espaço para erros. O que faz o Air Race tão eletrizante e interessante para os espectadores é a proximidade com a multidão. Vôos baixos numa rota relativamente compacta dão às pessoas um gostinho da emoção de perto.” Projecto BPP



Red Bull Air Race 2007 - Vídeo 


Red Bull Air Race 
7 de Set de 2008 


12 e 13/9 2009


2009


2009


12 e 13/9/2009 – veja-se a multidão que assistiu! 
Durante estes 3 anos tudo correu na maravilha. Até que Lisboa, ciumenta, fez acordo para de futuro se realizarem nas duas cidades e o Porto passou a ver a corrida por um “canudo”, e estragou o divertimento às duas cidades. 


3.15.19 – Jogos tradicionais





Jogo da malha

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Era um jogo muito divertido. Com os olhos tapados, o concorrente, tentava partir o cântaro com uma vara. A surpresa vinha depois; tanto podia apanhar um banho de água, como de farinha, como receber rebuçados ou outra boa prenda.


Era um jogo que os rapazes muito gostavam...


... e este saltado por raparigas, em grandes gargalhadas.


Jogo do pau - nas romarias e festas populares arrastava muitos assistentes. Era preciso ter muito treino pois, por vezes, alguma inépcia de defesa provocava violentas dores. Também servia como defesa pessoal.


Jogo da Pela à parede – Deve ser dos jogo mais antigos pois já era jogado no séc. XII. Todas as categorias sociais o jogavam.

Material: 1 bola de trapos ou outro material (pela).
Jogadores: Um contra um ou dois contra dois.
Jogo: Cada jogador bate a bola com a mão sucessivamente contra a parede, sem parar e sem a deixar cair no chão. Se jogam em equipa, bate um jogador e depois outro, alternadamente.
Quando a bola cai no chão, começa, o jogador adversário ou a outra equipa a jogar. Ganha aquele jogador ou equipa que conseguir bater maior número de vezes com a pela na parede. Pode lançar-se à altura que se quiser.


1830




Jogo do pião 

Videos



Jogo da macaca - era um jogo essencialmente de meninas

Video







Na praia era costume jogar-se ao prego. Jogo para os dois sexos e normalmente muito renhido e victoriado. Passavam-se horas a jogar. Havia uma série, ou sequência, de 6 formas de atirar o dito prego para a areia: mão aberta (palmas), dedos fechados (costas), mão fechada, corninhos, 2 meias voltas (campainhas) e flecha. O prego, depois de atirado à areia, tinha que ficar espetado, e contava como válido, desde que tivesse a cabeça fora da areia, ou seja, desde que esta não estivesse em contacto com a areia. Se o jogador não fosse bem sucedido, o prego tivesse caído, passava o "jogo" para o seguinte, e da próxima vez iniciava a nova série no 1º exercício .


Corrida de sacos - era difícil e divertidíssima

Vídeo


Jogo do arco


Jogo do burro ou das patelas 

Vídeo


Jogo da corda 

Vídeo - (desculpem a linguagem, mas também é tradicional!)
https://www.youtube.com/watch?v=vdn5hB64jQ4


3.15.20 – Telefone, Rádio e televisão


Em 1853 foi instalado um sistema de comunicação telegráfico Breguet que entrou em actividade em 1856. Em 1880, no Palácio da Bolsa, foi instalado um sistema Morse, que se manteve activo até 1960.



O fonógrafo de Edison foi ouvido pela primeira vez no Porto, pouco depois de chegar à Europa, no Teatro Príncipe Real, hoje Sá da Bandeira. Pagava-se um tostão para ouvir.


Na Rua Ferreira Borges 286 esteve instalada a primeira central telefónica do Porto.




Em 1882, a Edison Gower Bell Telephone Company of Europe Limited estabelece-se em Lisboa e Porto, para explorar as respectivas concessões de serviço telefónico. 
Em 1887 a concessão é transferida para a APT - The Anglo Portuguese Telephone Company, que viria a deter a mesma até 1968, ano em que é criada a Empresa Pública Telefones de Lisboa e Porto (TLP). Os Correios, Telégrafos e Telefones (CTT) exploravam, à data, o serviço telefónico no resto do país.
Incluímos o telefone nos divertimentos porque, à excepção das finalidades de trabalho, era motivo para muitas pessoas pregarem valentes partidas aos amigos e não só. 



Nos anos 40 havia no Colégio Brotero um empregado interno da secretaria que tinha construído uma galena. Por vezes eu ia para o seu pobre quarto entreter-me a ouvir rádio. 


“Um Porto ainda destelevisado com rádios, “Telefunken” e “Philips” de goelas abertas a transmitirem os fados da Amália Rodrigues, da Hermínia Silva, do Alfredo Marceneiro, Carlos Ramos e outros fadistas de simpatia, dos tímpanos dos tripeiros, da época; os folhetins do“Zéquinha e da Lélé” e os “Companheiros da Alegria”. Aos Domingos o “povoléu” esperava e para desopilar o fígado pela “Voz dos Ridículos” transmitida pela “Ideal Rádio” da rua Alferes Malheiro. Não havia “tasca” no Porto que não tivesse um rádio pendurado na parede e que durante as horas não estivesse sintonizado mais com a Ideal Rádio do que com a “Renascença” e raramente com a Emissora Nacional que transmitia música sinfónica e noticiário político, cuja para esta o tripeiro se estava nas tintas”. In Porto Tripeiro


O primeiro aparelho Jenkins com som e imagem


Quando a televisão transformou o círculo familiar num semicírculo

UUUFFF! Já chega de divertimentos. Voltemos às coisas sérias.

2 comentários:

  1. Escrevo aqui só para lhe agradecer por esta magnífica obra que é o seu blogue.
    Muito obrigado por tanto que ensina sr. Rui Cunha.

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  2. Muito obrigado pelo seu comentário. Não pretendemos ensinar nada e a ninguém. Limitamo-nos a pesquisar em livros e internet factos passados na nossa cidade e que nos parecem ter interesse aos que dela gostam. Não queremos fazer a sua história, pois não somos historiadores.

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