PORTO, DE AGOSTINHO REBELO DA COSTA AOS NOSSOS DIAS: DESCREVE-SE A CATEDRAL

quinta-feira, 17 de abril de 2014

DESCREVE-SE A CATEDRAL - IV

3.11.1 - Claustros da Catedral

Claustro velho - integrava outrora o chamado "cemitério do Bispo".

Nas obras do séc. XVIII foram abertas grandes janelas nas frestas no altar-mor e corpo da Igreja, para que entrasse muita luz. Desfeavam muito o corpo da igreja e estão bem visíveis nesta foto de Alvão. Também ainda se vê, entre as torres a residência do sacristão e sineiro. Carlos Passos escreve sobre este barracão: “Coisa horrenda e abjecta é mais a suja trapeira entalada entre as torres, barracão sórdido de feira em esgares de chasco a aviltar a sagrada canície deste monumento”.

Dois dos arcos do claustro não tinham colunas para dar passagem aos visitantes.

Claustro – desenho de Nogueira da Silva – de notar as grandes janelas abertas no séc. XVIII – ao tempo deste desenho existia um coberto na face Poente e não na face Norte – o cruzeiro era muito simples e veem-se fortes arcobotantes encostados à Sé.

Postal de Arnaldo Soares - princípios séc. XX

O Claustro gótico da Sé tem 304 colunas – o cruzeiro central é diferente ao das fotos acima – a foto já foi tirada depois das obras de 1935 – no andar superior foram retiradas, nas obras de 1935, as coberturas das varandas poente e Sul, mostrando os azulejos do séc. XVIII.

O segundo andar do claustro foi objecto de um revestimento azulejar no século XVIII, da responsabilidade de António Vital Rifarto.

Lado Norte - veem-se as torres

Vê-se o exterior da Capela Mor

Foto do blogue Vamoreira

Vê-se, entre duas colunas, a passagem dos visitantes para o centro do claustro.

O importante claustro gótico foi erigido em 1385 pelo Bispo D. João III. Apresenta sete grandes painéis de azulejos (segundo quartel do séc. XVIII), com cenas do "Cântico dos Cânticos", em referência ao diálogo místico entre Deus e a Virgem, padroeira da Catedral. São de autoria de António Vital Rifarto executados entre 1727 e 1733