quarta-feira, 16 de julho de 2014

OUTRAS IGREJAS DO PORTO - V

3.11.7 - Igreja do Sagrado Coração de Jesus do Carvalhido



A Paróquia do Coração de Jesus do Carvalhido foi criada por provisão do bispo do Porto, D. António Augusto de Castro Meireles, de 24 de Dezembro de 1940. Serviu de primeira igreja paroquial do Carvalhido a capela que está na Praça do Exército Libertador e que pertencia, desde 1886, à Confraria de Nossa Senhora da Conceição.




Está revestida de belos azulejos, talvez já do séc. XX, dedicados a Nossa Senhora. Desconhecemos o seu autor. 


Foto de Jorge Portojo


Praça do Exército Libertador - deve a sua actual designação a uma deliberação de 1835 da Câmara Municipal do Porto, como forma de homenagear as hostes de D. Pedro durante as Guerras Liberais. Foi neste local que pernoitaram as tropas liberais (de 8 para 9 de Julho de 1832), antes de entrarem na cidade do Porto.


A igreja nova do Carvalhido é projecto do Arq. Luis Cunha, tendo lá sido celebrada a primeira missa em 1/1/1969. É consagrada ao Sagrado Coração de Jesus, Maria e José.


A sua construção data de 1738, em plena época barroca, e inclui a seguinte legenda: "Louvado seja os tempos de valores virtude lizura ozeas. MDCCXXXVIII 1738". Com esta legenda, existente numa das faces do suporte, o cruzeiro do Senhor do Padrão celebra os viajantes que passam pelo caminho que conduzia para Norte, nomeadamente a Santiago de Compostela. 
O cruzeiro do Senhor do Padrão lá permaneceu, testemunho da antiga estrutura viária da zona, mas também de um tipo muito particular de religiosidade de caminhos, datado de época barroca. Na sua aparente ingenuidade, simboliza um dos valores religiosos mais importantes da vivência religiosa exterior, de Setecentos. Por esta estrada passava o Caminho de Santiago.


Em 2000, foi restaurado pela Câmara Municipal do Porto, tendo-se colocado uma placa comemorativa na base que sustenta a estrutura.
Desde há longa data, no terceiro fim-de-semana de Julho, que aqui se realizam os tradicionais festejos em honra do senhor do Padrão e dos Aflitos.


Igreja de S. Martinho de Lordelo do Ouro



Capela de Santa Catarina em Lordelo do Ouro – pormenor do mapa da barra de Teodoro de Sousa Maldonado


“ Em Lordelo do Ouro existe um bonito largo onde está implantada a Capela de Santa Catarina. Os marinheiros da cidade do Porto pediram ao rei D. João I autorização para aí construírem uma capela, que, além de lhes proporcionar mais uma baliza que orientasse a entrada dos seus barcos na barra do Douro, dava-lhes um lugar onde podiam honrar a santa da sua devoção, visto na cidade do Porto não haver nenhum templo dedicado a Santa Catarina. O rei atendeu a petição dos mareantes.” In Boletim dos Amigos do Porto, Ano 2001, 3ª. Série, Nº 19


“Datam do século XIII as primeiras referências conhecidas a uma "Igreja de Lordelo", mas pouco ou nada se sabe acerca da primitiva edificação da Igreja de São Martinho de Lordelo; apenas que era muito antiga e que foi de padroado real. 
Reencontramos algumas referências novamente no século XVIII, a propósito da reedificação da igreja em 1764. Este edifício, de dimensões muito superiores, só foi completado em 1867 quando se concluiu a construção da torre sineira do lado sul. O corpo principal da fachada destaca-se em relação às torres, numa composição dominada pela existência de pilastras que acentuam a simetria do conjunto. O revestimento azulejar datado de 1888, confere ao alçado uma forte uniformização, apenas "quebrada" pelos painéis que ladeiam o nicho onde se encontra a imagem do orago da igreja - São Martinho. 
A igreja desenvolve-se em planta de cruz latina, onde se destacam os volumes da nave, capelas laterais e capela-mor, bastante pronunciados. A nave, de grandes dimensões, é revestida por abóbada de berço em caixotões. A capela-mor, profunda, apresenta retábulo de talha branco e dourado de gosto neoclássico, que deverá remontar a uma campanha decorativa mais tardia, entre o final do século XVIII e o início do seguinte. O painel central do retábulo, com certeza do século XIX, representa o Santíssimo Sacramento e a morte de São Martinho". In site da D.G.P.C.




Das memórias paroquiais de 1758 retiramos a seguinte passagem:


O órgão é de 1721 e foi construído por Frei Gabriel de Santo Teotónio.


Igreja de Nossa Senhora da Conceição



“A Paróquia da Senhora da Conceição da Cidade e Diocese do Porto foi criada por provisão de D. António Barbosa Leão, Bispo do Porto, com data de 10 de Abril de 1927, e publicada no nº 5 do ano XIII do Boletim da Diocese do Porto, e a nova paróquia “começará a funcionar desde o dia 1 de Maio do corrente ano”.


A capela da Senhora da Conceição, na Rua da Constituição foi a primeira igreja paroquial da nova paróquia que teve como seu primeiro pároco o Cónego Dr. Francisco Correia Pinto, notável orador, conferencista e jornalista, que foi deputado à Assembleia Nacional.


Padre Matos Soares com trabalhadores da construção de igreja.


Em Maio de 1936 foi nomeado pároco desta comunidade o Padre Manuel de Matos e Silva Soares de Almeida que tinha sido prefeito e professor do Seminário de Nossa Senhora da Conceição (Seminário Maior ou da Sé), depois Reitor da Capela de Fradelos e responsável pela tradução de várias obras, nas quais se inclui a primeira da Bíblia para a língua portuguesa. O principal dinamizador da construção da nova igreja paroquial 
Depois de muitos contratempos foi celebrada a escritura de aquisição do terreno no qual foi construída a nova igreja em 25 de Fevereiro de 1939. A elaboração do projecto foi entregue a um monge beneditino D, Paul Bellot, com obra já feita em vários países da Europa, África e América.
A primeira pedra da nova igreja foi lançada em 18 de Dezembro de 1938 acto a que presidiu D. António de Castro Meireles, Bispo do Porto. Mas as obras só se iniciaram no ano seguinte.


Depois de diversos contratempos e adiamentos foi a igreja dedicada à Padroeira em 8 de Dezembro de 1947. Presidiu à Liturgia o Cardeal Patriarca de Lisboa D. Manuel Gonçalves Cerejeira.


… foi adquirido um grande órgão de tubos construído por Georges Heintz e inaugurado em 11 de Outubro de 1998”. Texto do site da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição.


Igreja de Santo António das Antas


Do site da Paróquia das Antas retiramos os seguintes textos:
“Quem descesse a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, há 25 anos encontrava, ao fundo, um campo a monte, onde pastavam ovelhas vindas da Rua Jerónimo de Mendonça, e um horizonte vasto que se estendia até à Serra de Valongo. Nessa altura dizia-se que tinha sido projectada neste mesmo local uma praça de touros, que, felizmente, não chegou a construir-se por não haver quem se aventurasse a tal empresa. Não existia ainda a avenida Fernão de Magalhães e o público mais interessado nela, nada sabia dela. A Praça de Velásquez, e ruas que a rodeiam nem no papel existiam. A rua Naulila poucas casas tinha e as demais ruas, que, constituem esta zona da Igreja das Antas não tinham mais que ela.
A Paróquia de Santo António das Antas tinha sido criada há pouco -13 de Junho de 1938 - e num esforço notável, orientado por um grupo de católicos conscientes e de boa vontade, construiu a cripta duma Igreja que não pôde edificar-se.
13 de Junho de 1935 
Um grupo de 7 católicos pede pessoalmente ao Bispo Diocesano D. António Augusto de Castro Meireles a criação duma Paróquia e a construção da Igreja Paroquial na zona das Antas na cidade do Porto 
13 de Junho 1936 
O referido Bispo Diocesano benze a 1ª pedra da Igreja Paroquial de Santo António das Antas Porto 
13 de Junho de 1937 
O Prelado Diocesano celebra a 1ª. Missa na cripta da Igreja em Construção 
13 de Junho de 1938 
Por decreto do mencionado Bispo Diocesano é criada a Paróquia de Santo António das Antas com sede na referida cripta, Actual Centro Social das Antas. 
13 de Junho de 1938 
Por decreto Episcopal o Padre Crispim Gomes Leite é nomeado Pároco da Paróquia de Santo António das Antas da cidade do Porto 
25 de Janeiro 1941 
Por decreto do Bispo Diocesano o Padre Joaquim Teixeira Carvalho de Sousa é nomeado Pároco de Santo António das Antas Porto. 
13 de Junho de 1948 
O Prelado Diocesano D. Agostinho de Jesus e Sousa Benze solenemente a primeira pedra da actual Igreja Paroquial de Santo António das Antas cidade do Porto”


Postal alusivo à Batalha de Ourique - Igreja das Antas - 1940


1952 - inauguração do Estádio das Antas – em primeiro plano vê-se o local onde estava a ser construída a Igreja de Santo António das Antas – projecto do Arq. Fernando Tudela.



“6 de Junho 1954
O Prelado Diocesano D. António Ferreira Gomes Benze solenemente a Igreja Paroquial de Santo António das Antas iniciando-se assim o culto paroquial com missa solene e assistência do Pontifical.



13 de Junho de 1967
O Administrador Apostólico da Diocese do Porto D. Florentino Andrade Silva celebra a dedicação ao Senhor da Igreja Paroquial de Santo António das Antas e Sagra o Altar Maior”.


Semana Santa

Concerto de reis 2014

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