segunda-feira, 26 de junho de 2017

CERCO DO PORTO I

8.1.11 – Cerco do Porto - Gravura séc. XVIII/XIX, Revolução de 24/8/1820, Campo da Regeneração, Fernandes Tomaz, Morte de D. João VI


Gravura dos sécs. XVIII ou XIX

Não é possível descrever o Cerco do Porto sem, antes, dar uma rápida informação sobre os factos políticos do tempo.


“A tropa ouvindo primeiro a missa na praça da Regeneração em 24 de Agosto de 1820
Praça da Constituição, aonde no mesmo dia concorreo a tropa, nobreza e povo a dar o juramento de se unirem na regeneração de Portugal convocando novas côrtes”


Revolução de 1820 - Reprodução de uma gravura de J. Vitorino Ribeiro (1887), com a legenda: "História da Revolução Portuguesa de 1820. O Capitão S. Machado Sousa Magalhães e o Tenente Paulo Correia impedindo a entrada no quartel do regimento de infantaria 6, ao Coronel Grant na madrugada de 24 de Agosto de 1820".


Campo 24 de Agosto em honra da Revolução liberal. Anteriormente chamado Poço das Patas.

“Em 24/8/1820 se reuniram nele as tropas da guarnição da cidade – Infantaria 6 e 18 e Artilharia 1 e as milícias do Porto e da Maia e aí aclamaram a Carta Constitucional da Monarquia... Á revolta sucedeu missa campal. Deste facto deriva a mudança de Campo de Santo Ovídio por da Regeneração”. In O Tripeiro Volume IV


“Em 24 de Agosto de 1820, reuniram-se no Campo de Santo Ovídio, no Porto, hoje Praça da República, grupos de militares que, depois de ouvirem missa e dar uma salva de artilharia como inicio do levantamento, reuniram-se na Câmara Municipal dando origem à “Junta Provisional do Governo Supremo do Reino”, constituída por representantes de militares, do clero, da nobreza, da magistratura, da universidade, do comercio e das várias províncias do norte, cujo objectivo primeiro era:
● O imediato retorno da Corte para Portugal, visto como forma de restaurar a dignidade da antiga Metrópole, deslocada para o Brasil; e
● A restauração da exclusividade de comércio com o Brasil. 


Fernandes Tomaz foi o criador do Sinédrio, deputado e presidente da Assembleia Constituinte em 1820. Quadro na Assembleia da República. O Sinédrio foi fundado por Fernandes Tomaz, José da Silva Carvalho, Ferreira Borges e João Ferreira Viana.
No mês seguinte, a 15 de Setembro de 1820, um grupo de oficiais subalternos, apoiado pela burguesia e pelo povo, depõem os regentes e constituem um Governo Interino. A 28, os governos de Lisboa e Porto, unem-se numa única “Junta Provisional do Governo Supremo do Reino”, para organizarem a eleição de Cortes Constituintes. 


Fernandes Tomaz discursando na Assembleia Constituinte - 1821

As Cortes reúnem-se em 30 de Janeiro de 1821, aprovando uma Constituição provisória e um Conselho de Regência, para governar em nome de Dom João VI. 
O monarca deixa o Brasil em 26 de Abril e chega a Lisboa em 3 de Julho de 1821. O Brasil proclama a independência a 7 de Setembro de 1822 e no dia 23 desse mesmo mês, é jurada a Primeira Constituição Portuguesa. 
D. João VI, quando regressou a Portugal, deixou como regente o seu filho D. Pedro, herdeiro da coroa portuguesa, que se tornou imperador de Brasil em 12 de Outubro de 1822. Entretanto o monarca, D. João, tinha nomeado a sua filha D. Isabel Maria de Bragança como regente do reino, na ausência do herdeiro e seu irmão. 
Assim, à morte do monarca, a 10 de Março de 1826, D. Pedro IV assume a coroa portuguesa, mas dias depois abdica a favor da sua filha D. Maria da Glória, em 28 de Março de 1826, uma vez que, a constituição brasileira, lhe vedava a possibilidade de ser soberano de mais que um país. Para obviar a possibilidade de D. Miguel, seu irmão, reivindicar a coroa de Portugal, ficou assente que a sua filha casaria com o tio, tentando, assim, selar um armistício entre os partidos que, cada uma das figuras tutelava: liberais e absolutistas”. In foranadaevaotres.blogspot.pt

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