segunda-feira, 5 de maio de 2014

IGREJA E TORRE DOS CLÉRIGOS - II

3.11.3 - Igreja dos Clérigos - II


Altar do Sacrário




Altar de Nossa Senhora das Dores


Órgão do lado da Epístola



Confessionário - pormenor


Púlpito - talha dourada


Tecto


Sacristia – arcaz em pau preto executado por Manuel José dos Santos 


Sacristia – Altar de Nossa Senhora das Dores – Crucifixo Senhor Jesus do Coração da cidade, que estava em S. Domingos – foto de Luis Graça.


Capela de Nossa Senhora da Lapa – encontra-se no primeiro andar da escadaria principal - foto de Mário Edmundo Pereira.


Desde 10 Fevereiro de 2014 que a Igreja e andares superiores estão encerrados para obras de restauro. Além da Igreja, vários outros locais serão requalificados. Irá ser instalado um museu na zona do antigo hospital. O Padre Américo Aguiar promete uma grande surpresa à cidade. Será reaberta em Dezembro.


Concluído o templo, a Irmandade começou a pensar na necessidade de se construir um hospital e enfermaria para que se recolhessem e curassem os irmãos doentes e pobres; mas as obras só começariam em 1753, tendo terminado em 1757.


Crucifixo dos Esquecidos da Salvação, que estava na enfermaria que aqui funcionou para o clero pobre e doente – foto de José Brito.


Malvas

Este terreno, onde se construíram o hospital e a Torre era chamado o Campo das Malvas ou largo dos Enforcados, ia a até ao Largo do Olival. Tinha este nome porque era o cemitério dos justiçados, pelo que deu origem às locuções do povo – "ir p'ras malvas", "estás aqui estás nas malvas" a pessoas com aspecto doente ou moribundo ou ainda como insulto. Deu também origem á canção popular: 

Ai Jesus que eu vou p’ras malvas 
Caminhando p’ras urtigas 
Vão os rapazes p’ra forca 
Por causa das raparigas. 

Esta canção teve origem num assassinato, por ciúmes, de um rapaz pelo namorado de uma de uma certa cachopa. O assassino foi enforcado e foi para esse cemitério.



Este cemitério tinha uma capela, um adro e um cruzeiro dedicado ao Senhor dos Aflitos. Passou para as traseiras do Hospital de Santo António, para a parte de cima da actual Rua Alberto Aires de Azevedo, mas em 1842 colocaram-no na cerca do Hospital de Santo António, onde ainda hoje existe a Capela. Recordámo-nos que nesta capela esteve, por umas horas, o corpo do nosso grande amigo e Grande Homem Padre Américo, antes de ser levado para Paço de Sousa. Faleceu no hospital em 16/7/1956, após um estúpido acidente de viação em S. Martinho do Campo (Valongo). Por cima da porta do cemitério estava a frase:

Oh! Tu, mortal, que me vês,
Reflecte como estou!
Eu já fui o que tu és
E tu serás o que eu sou.

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