sexta-feira, 22 de maio de 2015

OUTROS EDIFÍCIOS PÚBLICOS - XVII

4 . 14 – Casa da Batalha



Brasão – Silva, Guedes, Melos e Pereira - do início do séc. XIX 


Praça da Batalha cerca de 1915 - a circulação e o estacionamento fazia-se pela esquerda até 1928.


1913

À esquerda vê-se A Construtora, de Campos & Morais, armazém de ferragens e materiais de construção. Neste local encontra-se hoje o Cinema Batalha.


Pena foi ter sido destruído o edifício deste armazém


Para dar lugar ao Cinema High-Life, depois Cinema Batalha.


Novo Cinema Batalha de 1947


Casa da Batalha – Construída na esquina da Rua Entre Paredes e a Praça da Batalha em fins do séc. XVIII por José Anastácio da Silva da Fonseca, que casou com D. Joana Meireles Guedes de Carvalho, senhora da casa da Aveleda, em Penafiel. Era a casa com o maior salão de baile do Porto, à excepção do da Feitoria Inglesa, onde se realizaram muitas e animadas festas. 
Em 1832 os proprietários abandonaram a casa e refugiaram-se na sua Quinta da Aveleda pois eram miguelistas. Em 1842, já no reinado de D. Maria II, a casa foi restituída ao seu proprietário bastante danificada em consequência da ocupação. 
Em 1861, quando a câmara mandou terraplanar a praça, para a colocação do monumento a D. Pedro V, a casa ficou cerca de um metro acima do pavimento. A câmara indemnizou a família em 800.000 reis. Esta verba foi aplicada no rebaixamento do exterior e interior da casa,o  que é bem visível nas janelas do andar térreo. 
Pouco depois foi realizado o leilão do rico recheio, que rendeu a avultada quantia de 8.508$284.
Em 1864 o estado alugou-a para nela instalar os CTT e acabou por a comprar em 1881.
Durante o cerco do Porto os Miguelistas tentaram tomar o reduto da Serra do Pilar, mas os chamados “Polacos”, sob o comando de Bernardo de Sá Nogueira não o permitiram, defendendo-o energicamente. Este, depois feito Marquês de Sá da Bandeira, foi ferido no braço direito na batalha que decorreu no Alto da Bandeira (actual Largo dos Aviadores). Levado para o Hospital militar, sediado nesta casa, foi-lho amputado e enterrado junto de um cedro do jardim.


Em 2009 o edifício foi vendido ao grupo hoteleiro Hotel Dona Inês onde actualmente tem hotel NH Collection Porto Batalha – foto de Armando Tavares.

4 . 15 – Hospital de S. João




Planta


Construção




No dia 8/11/1914 o Governador Civil do Porto pediu ao Governo que considerasse a inclusão no orçamento da verba de 40 contos de reis para a construção do Hospital Escolar. Porém, só em 31 de Julho de 1943 foi aprovado o Decreto-Lei 22917. 
“A inauguração do Hospital de S. João pelo chefe de Estado, Almirante Américo Tomás, teve lugar a 24 de Junho de 1959. Era Ministro da Educação o Prof. Leite Pinto que na sessão pública desenvolveu um tema adequado à circunstância: «A Medicina e o homem total». É um hospital escolar e nele está instalada a Faculdade de Medicina. Até àquela data a Faculdade pudera dispor de algumas enfermarias do Hospital de Santo António, pertença da Santa Casa da Misericórdia. Agora muda-se para a Asprela, o chamado pólo 2".


1958

"Do evento se cunhou uma medalha comemorativa que tem, no anverso, o patrono, S. João, a sustentar na mão direita o majestoso edifício. No reverso, a figura sentada simboliza a ciência, cuja mão esquerda segura vários pergaminhos, enquanto na direita, ergue a lâmpada para maior difusão da luz – luz que esclarece aqueles que, elevando-se pelo estudo, dignificam e honram a sua profissão. A traça do edifício deve-se ao arquitecto alemão Hermann Distel, considerado especialista em construções hospitalares. Era da sua autoria a Clínica Universitária de Berlim. A nova construção representa um avanço no que respeita às condições de conforto de doente, das condições de assistência, equipamento, ensino e investigação".


Aí fica sediada, em vários pisos, a Faculdade de Medicina, ou seja, uma unidade escolar, dependente do Ministério da Educação, incrustada numa unidade hospitalar, dependente do Ministério da Saúde – situação híbrida da qual brotam periodicamente algumas fricções. A Faculdade de Medicina, mercê da introdução do «numerus clausus», tem uma frequência reduzida, se se tiver em conta o número de docentes. O corpo professoral desta escola, altamente preparado, tem vindo a ser subaproveitado. Para tanto contribui a assistência, na mesma universidade, de outra escola que ministra licenciatura em Medicina. Em média, forma por ano 50 diplomados. A licenciatura adquire-se ao fim de 6 anos. Segue-se o chamado «internato geral», com a duração de 2 anos.
Adaptado do livro do Prof. Doutor Cândido dos Santo.
"História da Universidade do Porto - Raízes e Memória da Instituição." Do site da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto



1984


Capela

vídeo

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