quarta-feira, 14 de outubro de 2015

RIO DOURO - XIII

6.1.13 - Rio Douro, Gravuras e fotos do Porto antigo, Ponte D. Maria II (pênsil), 


Texto de Bernardo Xavier Coutinho

É, talvez, a gravura mais antiga que se conhece do Porto


H. Duncalf – 1730


A gravura acima publicada pertenceu à colecção de João Allen e hoje é propriedade da C. M. do Porto.
Esta, editou a referida gravura separando os seus 6 principais pormenores.
Tendo tido acesso a este trabalho, entendemos ser de muito interesse publica-lo, abaixo, acompanhado dos referidos textos.














Vale a pena aumentar os textos, pois são muito esclarecedores.


O cais da Ribeira foi construído em 1602.

Eis uma excelente descrição dos cais a norte e sul do Douro. É tempestivo ARC tratar destas duas margens do Douro, pois a do Sul ainda pertencia à cidade do Porto, até 1834.
Por vezes ARC foi acusado de irrealista e exagerado nas suas descrições. Penso ser este um dos casos. Quando ele descreve um “cais” que vai dos Guindais a Massarelos, não leva em conta que em Miragaia existia uma praia fluvial em cima da qual, em meados do século XIX, foi construída a Alfandega Nova. Também se refere ao cais de Gaia que vai de Quebrantões ao Cabedelo…


Bernardo Xavier Coutinho


Manuel Marques de Aguilar – da Torre da Marca às Fontaínhas – 1791

Bernardo Xavier Coutinho


Desenho do Dr. Gonçalves Coelho

Carta do Porto – José Magalhães


O pelourinho já vem do tempo do Império Romano. Era o local onde se amarravam os escravos e criminosos e se aplicavam os castigos públicos. Eram normalmente de jurisdição municipal, e símbolo da sua administração. O do Porto estava do lado de fora da muralha, junto da Porta da Ribeira. Foi construído no reinado de D. Manuel I. No cimo vê-se a coroa manuelina, a esfera armilar, o cata-vento e a Cruz.


Ribeira – tal como era em 1798 – gravura de Batty de 1829 – ainda não se encontra a ponte das barcas.


Ribeira e Ponte das Barcas – Vue de la Ville et du Port de Porto –  princípio séc. XIX


Pormenor da gravura acima – por vezes os barcos, por uma questão de comodidade e rapidez desembarcavam passageiros e alguma mercadoria na Ponte das Barcas.


George Vivian 1798-1873 - Oporto from Villa Nova in Scenery of Portugal & Spain. Ackermann & Co. Strand, 1839.
O Paço Episcopal apresenta grandes danos provocados pela artilharia miguelista durante o cerco do Porto.



Visita do Revº. William Kimsey - 1828






Além do Mosteiro da Serra do Pilar e da ponte D. Maria II vê-se muito bem a rampa que lhe dava acesso lateral. Parece-nos ler 1868.


1870


Gravura de Thérond - 1882


Vista da Ponte Pênsil, de parte da cidade e Serra do Pilar– Gravura francesa – séc. XIX


Ponte Pênsil vista do areínho de Gaia – veja-se o grande movimento de barcos - postal escrito em 24/8/1906, porém a foto é muito anterior, pois ainda se encontra a ponte pênsil, destruída em 1887 - parece estar a iniciar-se a Ponte Luis I; assim sendo será de 1893 (?). 
  

In O Tripeiro Série V – Ano XIV 

Porto e Rio Douro 

Para uma consulta mais pormenorizada das pontes do Porto, poderão consultar os nossos lançamentos RIBEIRAS E PONTES de 31/3, 3/4, e 6/4/2013, 7/10/2015 e 10/10/2015.

2 comentários:

  1. Olá
    O que foi e em que se transformou a Cidade do Porto e a zona ribeirinha...
    Obrigado por mais este excelente trabalho....profusamente ilustrado.
    Cumprs
    Augusto

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  2. Bom dia,
    O nosso gosto é publicar artigos que agradem aos nossos leitores e os ajudem a conhecer melhor e amar mais o Porto.
    Ficamos felizes por ter gostado.
    Maria José e Rui Cunha

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