6.1.20 - Rio Douro, vizinhanças da Ribeira, Rua de Cimo do Muro, CRUARB e SRU
1907
Rua dos Mercadores - 1950
Com início na praça da Ribeira e término na rua da Bainharia foi outrora uma das mais importantes da cidade do Porto. Teve a sua abertura anterior a 1393, altura em que aparece a sua primeira menção documentada. A rua dos Mercadores constituiu, juntamente com as ruas da Bainharia e Escura, um dos eixos de circulação vital do Porto medieval, ligando o centro mercantil, localizado na Ribeira, ao burgo episcopal e assegurando a comunicação com as principais vias que saíam do Porto em direcção ao Norte. O problema de conservação das suas casas desde cedo se começou a afirmar, com necessidade até de intervenção judicial.
Rua de Pena Ventosa - 1960
Rua da Lada
Obras de reabilitação de casa na Ribeira - 1984
Antes e depois da reabilitação
Local do Barredo já reabilitado
SRU - antes e depois da reabilitação
Em azul – área a regenerar
"CRUARB – Comissariado para a Renovação Urbana da Área de Ribeira/Barredo foi a entidade responsável pela recuperação e reabilitação do Centro Histórico do Porto, em Portugal, entre 1974 e 2003. Seguindo os princípios da "Carta de Veneza" , o CRUARB entendia o Centro Histórico com um valor patrimonial global que incluía, para além de valores históricos, arquitectónicos e estéticos, também uma realidade social e cultural.
Criada em Setembro de 1974, sob a dependência do poder central, o CRUARB passou para a tutela do Município do Porto em 1982, passando a Direcção do Projecto Municipal de Renovação Urbana do Centro Histórico do Porto, em 1985.
A actividade desenvolvida pelo CRUARB foi decisiva para a apresentação da candidatura do Centro Histórico do Porto à UNESCO para classificação como Património Cultural da Humanidade, em 1991.
A partir de 1993 o CRUARB, já numa fase avançada do desenvolvimento da operação Ribeira/Barredo, dirigiu os trabalhos para o Bairro da Sé, então em acentuada fase de degradação física e social. Foi assim elaborado e posto em execução o "Projecto-Piloto Urbano do Bairro da Sé", com os seguintes objectivos: conservação do património e dos bens culturais; renovação do ambiente urbano da área; reinserção da população residente; consolidação e desenvolvimento do turismo; expansão e renovação da actividade comercial; implementação de uma rede de partenariado.
Depois de 1996, a "Operação de Reabilitação da Ribeira/Barredo" passou a incluir a área ribeirinha entre a Ponte Luís I e a Alfândega Nova, seguindo a linha orientadora do projecto-piloto do Bairro da Sé. Operações idênticas foram realizadas noutras áreas, como a intervenção de 1998 em Miragaia e, mais recentemente, na Vitória.
Apesar da unanimidade em torno da validade do trabalho desenvolvido pelo CRUARB na promoção do Centro Histórico, a subida de Rui Rio à presidência da Câmara Municipal do Porto veio levantar a questão do retorno do investimento efectuado. Argumentou-se que, ao longo de três décadas, foram investidas avultadas somas em restauros de grande arquitectura, excelentes acabamentos e esplêndidas infra-estruturas, mas apenas de um número limitado de edifícios. Como grande parte dos residentes eram inquilinos camarários—em geral, das classes baixa ou média baixa --, foram realojados nas casas restauradas mantendo rendas compatíveis com os seus baixos rendimentos. O ónus da conservação ficou a cargo do CRUARB, ou seja do município, que ao fim de pouco tempo tinha até que substituir vidros partidos e realizar pinturas interiores, isentando os ocupantes de quaisquer responsabilidades pela manutenção das intervenções já efectuadas.
Também a falta de participação dos proprietários particulares das zonas intervencionadas inviabilizou um efeito multiplicador das intervenções estatais, impedindo a consolidação de amplas frentes urbanas restauradas no Centro Histórico.
Isto acabou por levar à extinção do CRUARB em 2003. Se bem que em moldes diferentes e englobando a zona da Baixa tradicional, a recuperação física do Centro Histórico passou a ser assumida por uma nova entidade, a Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa do Porto,(SRU) baseada num modelo de incentivo ao investimento privado, em alternativa ao investimento exclusivamente público". In Wikipédia
Foto Henrique Melo
Rua do Barredo
Escadas do Barredo e não do Codeçal
Barredo - 1960
Travessa dos Canastreiros
Cais da Estiva e Rua de Cima do Muro
Rua de Cimo do Muro - 1960
Foto de Manuel Meneses
Muro dos bacalhoeiros – foto Francisco Oliveira
Foto de Fernando Mendes Pedro - 2015
Foto de Carla Reis
Rua da Alfândega – transporte do bacalhau - Vê-se a Capela de Nossa Senhora do Ó, Casa do Infante e o actual Arquivo Distrital do Porto.
Largo do Terreiro – foto António Simões – Cais da Estiva, Capela de Nossa Senhora do Ó ou da Piedade, traseiras da Igreja de S. Nicolau
Zona da Sé e Seminário Maior
Rua da Alfândega e Casa do Infante – 1910
O Infante D. Henrique – Joel Cleto
1920
Casa do Infante – pátio original - lageado do séc. XVII – foto 1958
Casa do Infante - obras de restauro em 1960
Olá
ResponderEliminarComo eu gostava de calcorrear a pé todos estes recantos...
Sozinho tenho algum receio...mas ainda não desisti de arranjar companhia para essa jornada.
Obrigado pelo post e por nos mostrar os encantos do «preto e branco».
Cumprs
Augusto
Várias vezes temos percorrido este emaranhado de ruas e vielas...é delicioso.
ResponderEliminarPorém, hoje em dia, é muito diferente de há 40 ou 50 anos.
Nessa altura, sim, via-se, cheirava-se, vivia-se o verdadeiro antigo Porto.
Era muito mais perigoso que agora.
Cumprimentos
Maria José e Rui Cunha
Olá
ResponderEliminarAntigamente era menos perigoso...julgo eu.
Vou esperar por uma das visitas guiadas que por vezes acontecem para me inscrever.
Aliás, no próximo Sábado a visita será ao Museu do Vinho do Porto
Cumprs
Augusto
Eu nasci no hospital de santo Antonio
ResponderEliminarMas a minha MÃE sempre me disse tu és do Barredo
Hoje olho para duas fotos que guardo eu com a idade de 10 meses sentado nessa rua