sexta-feira, 24 de novembro de 2017

TESTEMUNHOS E MEMÓRIAS SOBRE O PORTO - XII

9.12 - Ramalho Ortigão I, Retrato do portuense, Classe comercial do Porto, O comboio para o Porto, Garrett e Ramalho,Ramalho e Eça de Queiroz, Colégio da Lapa, As Farpas



Ramalho Ortigão – Porto 1836 – Lisboa 1915 – com a farda de sócio da Academia das Ciências.


Ramalho Ortigão – estátua de Leopoldo de Almeida - 1954

“ O portuense é o homem mais delicado, mais serviçal, mais bom homem. Somente há três coisas de que ele não gosta – e nesse ponto é mau brincar com ele. Não gosta de Lisboa. Não gosta da polícia. Não gosta da autoridade. Da autoridade vinga-se desprezando-a. Da polícia vinga-se, resistindo-lhe. De Lisboa vinga-se, recebendo os lisboetas com a mais amável hospitalidade e a mais obsequiosa bizarria”. Ramalho Ortigão – Praias de Portugal - 1876.
Ninguém é grande nem pequeno neste mundo pela vida que leva, pomposa ou obscura. A categoria em que temos de classificar a importância dos homens deduz-se do valor dos actos que eles praticam, das ideias que difundem e dos sentimentos que comunicam aos seus semelhantes. 
E ainda:
Sobrecasaca



João Francisco Allen – 1781- 1848

“Tenho este mesmo sentimento. Quando frequentemente ia trabalhar a Lisboa sentia que o melhor local da cidade era a Estação de Santa Apolónia e o comboio para o Porto”.


Na sua biografia escreveu:
"Maçar o menos possível que seja o meu semelhante, procurando tornar para os que me cercam a existência mais doce, o mundo mais alegre, a sociedade mais justa, tem sido a regra de toda a minha vida particular. O acaso fez de mim um crítico. Foi um desvio de inclinação a que me conservei fiel. O meu fundo é de poeta lírico."


Eça de Queirós e Ramalho Ortigão - “ A Ramalhal figura”, como afirmou Eça de Queirós.




...quando Ramalho Ortigão e eu, convencidos, como o Poeta, que a «tolice tem cabeça de touro», decidimos farpear até à morte a alimária pesada e temerosa.
Advertência a Uma Campanha Alegre, 1890



Assinaturas de Ramalho Ortigão e Eça de Queirós 


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