segunda-feira, 23 de setembro de 2013

DIVERTIMENTOS DOS PORTUENSES - IX

3.5.6 - Palácio de Cristal - VI





O blog Do Porto e Não Só apresenta uma publicação de Ercílio de Azevedo, “Porto 1934 - A Grande Exposição”, da qual retirámos o seguinte resumo:
“Em 1934 o Regime já consolidado e inspirado pela Exposição Colonial de Paris de 1931, promove no Porto a primeira das suas grandes exposições - a Exposição Colonial do Porto – destinada a propagandear o Estado Novo como um regime moderno, activo num Portugal Imperial. Para Comissário da Exposição, é escolhido o capitão Henrique Galvão (1885-1970), então ainda um dos militares ligados ao Regime e um dos homens mais conhecedores dos nossos territórios coloniais, já que tinha sido Governador da província de Huíla em Angola (1929), participado na Exposição Colonial de Paris em 1931 e organizado as feiras coloniais de Luanda e Lourenço Marques (1932)… Mas se os objectivos da Exposição são claros, mostrar interna e externamente a unidade e a grandeza do Império Colonial Português, a ideia da sua realização no Porto, deve-se provavelmente ao volume e importância da emigração e das importações de mercadorias com o Brasil e as Colónias, que se efectua através do porto do Douro.”

A Exposição Colonial do Porto – 1934 - Palácio das Colónias - teve mais de um milhão de visitantes.


O Palácio das Colónias foi desenhado por Henrique Mouton Osório.


Monumento ao Esforço Colonizador Português, da autoria do Alferes Alberto Ponce da Castro e José Sousa Caldas. À volta do obelisco estão as 6 figuras simbólicas, com 3 metros de altura, a quem se deve o esforço colonizador: o Missionário, o Soldado, a Mulher, o médico, o agricultor e o comerciante. Na base uma inscrição: “Em comemoração da Exposição Colonial Portuguesa no Porto de 16 de Junho a 30 de Setembro de 1934”.
Este monumento encontra-se actualmente na Praça do Império, na Foz do Douro. Foto Alvão


“Este mapa exposto na Exposição Colonial com a legenda "Portugal não é um país pequeno", mostra os objectivos da Exposição Colonial de 1934, inserida numa política estruturada na afirmação da ordem social, económica e financeira estendendo-se a todo Império Colonial.” Recordámo-nos perfeitamente deste mapa dependurado, bem à nossa frente, na sala da 4ª. Classe.


“Para percorrer a Exposição e comodidade dos visitantes são criados um “comboio turístico” e um pequeno teleférico, o Cabo Aéreo, que pese embora o atraso com que iniciou a sua actividade, cedo se tornou uma das atracções do certame.”


Nesta exposição foi construído um teleférico que transitava sobre os pavilhões. Ouvimos dizer que não terá tido um grande sucesso pois muita gente tinha medo que caísse, sobretudo senhoras.


Barquinha do teleférico


Nave central



"O Homem do Leme na Exposição Colonial de 1934 – Nesta exposição a escultura do Homem do Leme era em barro. Só mais tarde foi fundida e colocada em frente à praia, na Avenida de Montevideu". do blog Do Porto e não só.


Pavilhão do chá de Macau

“No jardim do Palácio de Cristal procurava-se apresentar o Império Colonial com a floresta tropical, o deserto, uma picada angolana, aldeias típicas de todas as colónias e muitas outras simulações que tinham por intenção dar ao visitante, após o passeio, a sensação de ter viajado por todo o Império Português. Cada Colónia enviou os seus nativos, que foram alojados em aldeias ou habitações típicas, continuando na Exposição a sua vida, usos e costumes coloniais.”


Réplica do Farol da Guia em Macau


Carro alegórico de Macau


Arco do Vice-Reis da Índia 


Na Avenida da Índia (Avenida das Tílias), eixo estruturante dos jardins do Palácio, estavam, à entrada, o Arco dos Vice- Reis da Índia, e ao fundo, uma réplica do Farol da Guia de Macau.


Aldeia da Guiné


A Rosinha, mulher Balanta, era um dos mais conhecidos e visitados personagens da exposição…


… e o Augusto também ficou na memória dos visitantes pela sua idade e simpatia. Não voltou para a Guiné e morreu tuberculoso relativamente novo.


Aldeia de Moçambique


Pavilhão de Timor


Aldeia de Angola


Pavilhão de S. Tomé e Príncipe


"Amélia Rey Colaço (1898-1990), no Teatro Gil Vicente na Exposição Colonial do Porto, com um vestido de António Amorim tendo ao colo o miúdo guineense Augusto. Foto Domingos Alvão, Porto Museu Nacional do Teatro".

Fim da citação da publicação de Ercílio de Azevedo



Cinemateca portuguesa
http://www.cinemateca.pt/Cinemateca-Digital/Ficha.aspx?obraid=2217&type=Video

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