Capela do Senhor Jesus da Boa Nova
Capela do Senhor Jesus da Boa Nova, na antiga Rua da Boa Nova, hoje Rua de D. Manuel II em frente ao saudoso Palácio de Cristal – “ Esta capela, erigiu-a a antiga confraria de S. José e S. Brás de carpinteiros, escultores enxambladores, violeiros e torneiros, no ano de 1782, no mesmo lugar onde, em 1628 o piloto-mor da carreira da Índia, Pantaleão Gomes, de Miragaia, mandara levantar um padrão em honra do Senhor Jesus de Bouças – padrão de que existem ainda vestígios. A capela estava pronta no ano seguinte, 1783, constituindo-se então a confraria do Senhor Jesus da Boa Nova que ainda hoje possui aqui a sua casa.” Toponímia Portuense de Eugénio Andreia da Cunha e Freitas.
Capela do Senhor e Senhora da Ajuda
Capela do Senhor e Senhora da Ajuda – Lordelo do Ouro
Lordelo do Ouro - Memórias Paroquiais de 1758 – a freguesia pertencia ao Julgado de Bouças, Comarca da Maia e Bispado do Porto.
Não se sabe ao certo a data da construção da primeira capela, mas supõe-se ser do século XVI. O Lordelo da beira-rio limitava-se a uma pequena vila de marinheiros e artesãos dos estaleiros do Ouro. Para poderem assistir às missas dominicais e ter assistência espiritual mandaram-na construir perto das suas residências.
Tendo tido acesso a um pequeno opúsculo editado por O Comércio do Porto em Maio de 1962, encontrámos um texto, que conta uma antiga e bela lenda: “dizem os velhos daquele distrito que ouviram a seus pais e avós que a Senhora era muito antiga naquele lugar. E que a Senhora se revelara a uma mulher chamada Catarina Fernandes, casada com Pedro de tal, aparecendo-lhe em sonhos e que houvesse de se dirigir a uma fonte que fica a uma pequena distância da mesma Ermida, e que ali veria uma Pomba, e juntamente a sua imagem… como a mulher (em cujo coração ardiam os grandes desejos de descobrir aquele tesouro revelado tantas vezes) não podia sossegar, nem apartar-se do lugar, persuadiu-o a que fossem ambos àquela fonte a fazer novas diligências. O marido para não a desconsolar, se resolveu a acompanhá-la. E chegando à fonte, viram a mesma pomba, que voava de uma parte para outra parte sem se apartar do lugar; e como quem lhe queria mostrar o local, ou sítio em que a Divina Pomba se ocultava, e tinha o seu ninho. Inquiriram com mais exactas diligências, resultando o descobrir entre umas silvas aquela preciosa jóia, na mesma forma em que hoje se conserva…Logo deliberaram erigir-lhe ali uma capela em que pudesse ser servida e venerada…
Acabada a Ermida em que não faltaram as assistências do Céu, colocaram nela a milagrosa imagem da Senhora, impondo-lhe o nome ou o título do Ó, por ser descoberta neste mesmo dia em que se celebra a sua expectação do parto. Persuadiam-se aqueles devotos da Senhora, que ela se daria por satisfeita daquela morada; mas a Senhora nas fugas, que logo começou a fazer para o mesmo primeiro sítio do seu aparecimento, mostrou que não estava satisfeita com esta capela. Nesta pena em que estavam os devotos consortes, viram entrar por aquela barra 9 navios de Inglaterra; 8 deles passaram adiante, e o nono ali parou sem poder passar, como os demais. À vista deste sucesso entenderam os católicos que nele vinham, que a Santa imagem de Cristo Crucificado que traziam ocultamente da Inglaterra, queria ser venerada naquela Ermida, e adorada dos fiéis, e assim a tiraram, e trouxeram a terra; e a colocaram nela. Parece que a Divina Previdência tinha disposto se fabricasse aquela Capela, para nela descansar aquele Senhor, para escapar às injúrias que os hereges lhe podiam fazer. Com a colocação daquela Santíssima Imagem de Cristo Crucificado suspendeu a Senhora as suas fugas.”Os barcos que entravam na barra traziam católicos fugidos das perseguições de Henrique VIII (1509-1547).”
Interiormente é muito simples, e tem a imagem em mármore branco de S. Carlos Borromeu, executada por Alexandre Oliva.
Actualmente realizam-se aí cerimónias da Igreja Luterana.
Cruzeiro do Senhor da Ajuda
Imagem no cruzeiro, em azulejo
“A capela deverá portanto, remontar ao final do século XVI ou início do XVII. No entanto, as obras realizadas nos anos de 1919-1920 alteraram profundamente a traça primitiva.
À ermida original deverá corresponder actualmente apenas a capela-mor, sendo que uma pequena dependência que funcionava como sacristia foi demolida no início do século XX para erguer a torre, consistório e sacristia.
De linhas arquitectónicas simples, a capela articula três espaços – nave, capela-mor e sacristia -, profusamente decorados. A nave integra o coro-alto e um púlpito, e o tecto em abóbada de berço com caixotões, apresenta telas representando episódios da vida de Jesus e de Nossa Senhora. No arco cruzeiro, que ostenta lateralmente figuras de anjos esculpidas em madeira e uma sanefa, observam-se dois altares: o do lado da epístola invoca Santo António de Lisboa e o do lado do Evangelho é dedicado a São Francisco Xavier. A capela-mor, totalmente revestida com talha dourada, contrasta fortemente com a relativa simplicidade da nave. No altar-mor, também de talha dourada, observam-se os patronos da capela - o Senhor da Ajuda na edícula, ladeado pelas imagens de Nossa Senhora e São João e, pela da Senhora, num nicho envidraçado ao centro do retábulo. Nas paredes da capela-mor, quatro telas representam a lenda do aparecimento de Nossa Senhora a Catarina Fernandes, uma lenda justificativa da construção da capela; e outros dois reproduzem episódios do transporte da imagem do Senhor da Ajuda para a capela do Lordelo (QUARESMA, 1995, p. 55)”. In site Património Cultural
Esta capela é muito rica em Ex-Votos. Pena é que não tenhamos encontrado fotos ou gravuras de alguns exemplares.
Capela de Nossa Senhora de Campanhã
Cruzeiro e Capela em memória do Milagre da Fonte da Nossa Senhora de Campanhã
A fonte encontra-se sob a VCI
“Conta a lenda que em 1722, um ano de grande seca, os habitantes de Campanhã fizeram uma procissão em honra a nossa Senhora. A imagem caiu do andor e partiu uma mão e no local da queda brotou água no dia seguinte. A fonte que então nasceu existe ainda na Rua de Bonjóia, com algumas alterações depois da construção da Via de Cintura Interna do Porto. Existe também um cruzeiro em memória do milagre e uma capela que foi inaugurada em Julho de 1967, perto da mesma fonte.” Site da Associação Nun’Alvares
Capela de Carlos Alberto
Convento de Monchique - 1862 - Alfândega em construção – em cima, à esquerda, a Capela Carlos Alberto antes da construção do Palácio de Cristal.
Photo Guedes - 1900
Capela de Carlos Alberto, mandada construir, pela princesa de Montléart em homenagem ao seu irmão o rei Carlos Alberto da Sardenha, (Paris, 2 de Outubro de 1798 — Porto, 28 de Julho de 1849).
A primeira pedra foi lançada em 17/5/1854, mas a primeira missa foi celebrada em 25/12/1861.
Foi obra do pedreiro António Lopes Ferreira, sob risco italiano.
A princesa de Montléart doou-a ao rei D. Luis I em 13/3/1863.
D. Amélia cedeu-a à C. M. do Porto em 22/12/1950.
Foto do blogue msadefotos
Actualmente realizam-se aí cerimónias da Igreja Luterana.
Igreja/Capela de S. José das Taipas
A Igreja/Capela de S. José das Taipas começou a ser construída em 1795, mas só foi concluída em 1878, devido às condições políticas do séc. XIX e à falta de verbas. O projecto inicial foi do Eng. Carlos Amarante, mas foi alterada, em parte do seu interior, à medida que os anos passavam.
Desde 1634 a Irmandade de S. Nicolau Tolentino e Almas, que era dos bacalhoeiros, esteve sediada na Igreja de S. João Novo . Em 1780, devido a desinteligências, esta irmandade deixou aquela igreja e passou para a Capela de S. José das Taipas, na Rua das Taipas, da família dos Pacheco, tendo-se fundido com a Irmandade de S. José das Taipas, passando a denominar-se Confraria das Almas de S. José das Taipas. Foi a partir desta fusão que se decidiu a construção da nova capela, na Rua do Calvário.
A esta confraria foi entregue pelos moradores da Ribeira, em 1810, o sufrágio das almas dos mortos no desastre da Ponte das Barcas do dia de 29 de Março de 1809. Tinha o encargo de ter sempre 2 velas acesas no local do desastre, recolher as esmolas e, no dia do aniversário, sufragar as almas das vítimas com missas e uma procissão que ia até à Ribeira, acompanhada de música. Este encargo trouxe à confraria uma grande simpatia e consequente aumento de esmolas. Estes rendimentos, acrescidos da percentagem dos lucros da venda do bacalhau, permitiu que se construísse a capela com a grandiosidade que hoje tem. Tem 4 altares laterais dedicados a Nossa Senhora das Dores, da Saúde, da Conceição e de Santo António.
Interior
Sacristia – foto blog A vida em Fotos
Sacrário – foto do blog A Vida em Fotos
Foto do blog A Vida em Fotos
Nesta capela conserva-se ainda a tela original, em homenagem às vítimas do desastre de 1809, que foi substituída na Ribeira, em 1897, pelo painel em bronze de Teixeira Lopes, Pai.
Urna da Semana Santa – foto blog A Vida em Fotos
Esta urna destinava-se ao depósito do Santíssimo Sacramento na quinta-feira Santa.
Quando do início da construção do mercado de peixe, Julho de 1869, o Cruzeiro do Calvário Novo existente no local foi trasladado para junto desta igreja. A imagem de Nossa Senhora da Saúde, nele existente, foi aqui solenemente entronizada.
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