Capela de Santo André
Desenho de Francisco José de Sousa em 1856
Esta capela estava no local onde hoje se encontra o Largo do Poveiros. Foi fundada em 1685.
O reitor do Colégio dos Órfãos, Padre Patrício, escreveu, em 1905, uma interessantíssima descrição das festas aí realizadas, que, embora um pouco longa, vale a pena ler e conhecer certos costumes do tempo:
A C. M. do Porto resolveu, em 1858, ligar a Rua da Alegria ao Largo de S. Lázaro. Porém, para tal, precisava de negociar com a S. C. Misericórdia, pois a capela estava-lhe entregue. Só após longas e difíceis conversações chegaram a acordo. Aquela, impaciente, procedeu à profanação da capela. Só em 1863 foi demolida e os trabalhos foram concluídos em 1865, com o alinhamento dos passeios.
As imagens mais veneradas da Capela, as de Santo André e de Nossa Senhora do Socorro, estavam, em 1905, no Colégio das Órfãs, hoje Colégio de Nossa Senhora da Esperança.
Capela de Santa Anastácia
Foi Igreja Matriz da Foz do Douro entre 1640 e 1736. A frontaria da capela esteve revestida de azulejos azuis e brancos desde fins do séc. XIX até à sua recuperação, em 1998/99.
As imagens e os textos desta capela foram recolhidos do livro Tesouro Barroco da Foz do Douro – Cónego Rui Osório.
Capela de Nossa Senhora da Conceição – Foz do Douro
Foto de Frederick Flower – 1849 - 1859
As fotos referentes a esta capela foram colhidas no livro Tesouro Barroco da Foz do Douro – Cónego Rui Osório
Capela da Nossa Senhora da Conceição - terá existido neste local uma antiga capela dedicada a S. Sebastião, posteriormente transformada e tomando o novo orago. Pertenceu à família Costa Leite que a doou à paróquia.
Nossa Senhora da Conceição – séc. XVIII
S. Sebastião – séc. XVIII
Senhora da Saúde, Santa Apolónia e Santo Ovídio
“A História desta capela, por ironia do destino, está condenada a não ser conhecida, isto porque, quando em 1941 foram feitas obras de restauro, segundo me foi relatado pelo carpinteiro Manuel Joaquim Ferreira “O Pádua” este, ao deslocar do altar a imagem de Nossa Senhora da Conceição, reparou que a parte de trás da cabeça se deslocava, deixando à mostra um orifício de razoável diâmetro. Espreitando, teve a impressão de que algo ali se ocultava; introduziu a mão, retirando do seu interior um rolo de papeis manuscritos que, juntamente com o Sr. António Carvalho, ao tempo um dos elementos da Confraria de Nossa Senhora da Conceição, que estava presente, constataram serem referentes à construção daquela Capela. Na intenção de não se extraviarem, o Sr. António Carvalho declarou que os ia guardar no cofre, em sua casa”. In Onde o Rio acaba e a Foz do Douro Começa.
Segundo os herdeiros, após a morte do Sr. António Carvalho, estes manuscritos não foram encontrados no dito cofre…
Capela da Senhora da Luz na Rua de Gondarém
Capela de Santo Elói pegada à Igreja de S. Francisco.
Foto de 1907 - Quando se construiu a Alfândega Nova, nos anos 60 do séc. XIX, foi necessário abrir a Rua da Alfândega Nova ou Nova da Alfândega. Nas demolições então feitas, foi, em 1871, expropriada por 850$000 a Capela da Confraria de Santo Elói dos Ourives, que se encontrava junto da Igreja de S. Francisco. As pedras foram guardadas na Foz, num terreno cedido por D. Ana Cândida de Vasconcelos Carvalho. Em 8 de Abril de 1874, um grupo de particulares mandou reconstruí-la na Rua de Gondarém.
“Em 1912, dois anos depois da implantação da República em Portugal, a Junta de Freguesia de Nevogilde, para desgosto dos moradores, mandou prender a pessoa encarregada das chaves e da limpeza da capela e impediu a sua reabertura, apesar da reacção do povo. Em 18 de Abril de 1918 foi a capela devolvida ao culto, por decisão do governo de então, em decreto assinado por Sidónio Pais. A 18 de Fevereiro de 1919, a autarquia de Nevogilde exigiu as chaves e encerrou novamente a capela. Em 24 de Agosto de 1922 foi desafectada ao culto e cedida, bem como o terreno anexo, àquela junta para nela instalar a sede e o seu arquivo, e no terreno construir uma escola primária. Transformada e desfigurada, com a construção de um primeiro andar, resultou, de aspecto, numa banal casa de habitação...
...Mais tarde foi esse edifício solicitado pela paróquia. Conseguida a pretensão em 1944 pelo Ministro das Finanças de então, foi este destruído e no mesmo local construída nova capela que ali existe ainda. Em 23 de novembro de 1946, o então pároco de Nevogilde, Dr. Conceição e Silva procedeu à bênção da capela, tendo ali sido celebrada, no dia seguinte, uma missa pelo Bispo D. Agostinho de Jesus e Sousa. (fonte: livro "São Miguel de Nevogilde" de D. Domingos de Pinho Brandão, Bispo Auxiliar do Porto. Edição da Igreja de Nevogilde, em 1983) Texto e imagem, da autoria de Agostinho Barbosa Pereira ©, publicados na Página "A Nossa Foz do Douro", do Facebook, em 01 de Junho de 2014”.
Capela de Nossa Senhora de Lurdes na Avenida de Montevideu
Na Avenida de Montevideu, perto da Rua do Molhe, fica a Capela de Nª. Senhora de Lurdes que “pertenceu à família Lima Barreto e esteve, em tempos, aberta ao culto, com duas missas dominicais e uma em cada dia da semana, bem como outras devoções. Sabe-se que em 1923 era ali capelão o Reitor Cornélio Honório da Graça e Silva. Encontra-se fechada desconhecendo-se a data da sua construção. (texto e imagem de Agostinho Barbosa Pereira ©)”.
Cruzeiro do Calvário Velho
In O Tripeiro, Série V, Ano IX
… foi levado para o mausoléu das freiras de Santa Clara no cemitério do Prado do Repouso, e posteriormente mudado para outro local, continuando dentro do próprio cemitério.
Este cruzeiro, também chamado do “Senhor dos assobios” terá pertencido à capelinha mandada construir por D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques, em louvor de Nossa Senhora da Graça, em 1160.
Foi o último passo da primeira Via Sacra do Porto, até à construção do Cruzeiro do Calvário Novo, no local que tinha este nome e hoje é a Rua Dr. Barbosa de Castro.
Olá
ResponderEliminarMais um xcelente documento histórico da História da Cidade do Porto.
Obrigado
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Caro amigo, onde me posso tornar seguidor do Blog para receber no email os novos posts, que o meu amigo coloca?
Obrigado
Muito obrigado pelos seus comentários. É o interesse dos nossos leitores, amantes da nossa cidade, que nos dá forças para continuarmos.
ResponderEliminarSe me enviar o seu endereço de mail receberá informação de todos os posts. Meu mail: ruicunha35@gmail.com
Melhores cumprimentos
Olá
ResponderEliminarMuito obrigado pela simpatia.
Já enviei email.
Cumprs
Augusto
Caro RuiCunha
ResponderEliminarE com o mesmo propósito do Sansoni7, envio o meu :
jm@joaomeneres.com
Olá,
ResponderEliminarFinalmente descobri o que aconteceu à capela de Santo Éloi! Sabia que as pedras tinham sido compradas mas ainda não descobrira para onde tinham sido levadas ou reutilizadas! Graças ao seu blog já sei!
Um abraço,
A Porta Nobre