3.12.2 - Convento de S. Francisco - II
Casa do Despacho dos Terceiros Franciscanos
Armas da Venerável Ordem dos Terceiros de S. Francisco
Cemitério catacumbal
No que diz respeito à Casa do Despacho, cuja planta foi feita por Nasoni, foi construída antes da igreja, no lugar onde existia um albergue para irmãos pobres e o primeiro da cidade para assistência a mulheres. Foi destruída por um incêndio em 1746, tendo sido recuperada ainda no mesmo ano. Actualmente está lá instalado o Museu da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco onde se encontra, no seu subsolo, o cemitério ou catacumbas usado pelos franciscanos para enterrar os membros da irmandade até Novembro de 1845, data da lei de Saúde que proibiu os enterramentos em igrejas. (ver em mais pormenor na publicação de 2/9/2014 – ORDEM TERCEIRA DE S. FRANCISCO)
Palácio da Bolsa – para a sua construção foi autorizada, por D. Maria II, a cobrança de um imposto, na Alfândega do Porto, durante 10 anos. Mas, no fim deste período, foi renovado e ainda era cobrado em 1910. Em todos estes anos teria rendido mãos de 2.000 contos de reis.
Chafariz que se encontrava no claustro do Convento de S. Francisco e está agora no lado norte do Passeio Alegre.
Temos lido em vários e respeitáveis locais que este chafariz terá sido desenhado por Nicolau Nazoni para a Quinta da Prelada. Porém, desde há muitos anos, nos foi dito e temos lido que este terá vindo do Claustro do Convento de S. Francisco.
O Tripeiro VI série, Ano IX, Junho de 1969, a páginas 188, informa, na secção Efemérides: “30 – 1869 – Fica totalmente montado no Jardim do Passeio Alegre, à Foz, o monumental chafariz que pertencera ao Claustro da Igreja de S. Francisco, recinto que, após o violento incêndio de 24/7/1832, fora cedido à Associação Comercial.”
O historiador portuense Horácio Marçal em O Tripeiro V série, Ano XI, a páginas 341 afirma “O Padre Agostinho Rebelo da Costa, acerca do Mosteiro de S. Francisco, refere o seguinte: o Convento é reedificado de novo, com um magnífico e extenso claustro em quadra, rodeado de elevados arcos de esquadria e no meio um grande chafariz (está hoje no Passeio Alegre, à Foz do Douro), que lança perenes chorros de água, pública e patente a todos os que quiserem aproveitar-se dela. Sustenta este convento mais de 80 religiosos”. Na página seguinte mostra um desenho de Gouveia Portuense com a legenda seguinte: “Chafariz do Convento de S. Francisco (actualmente no Jardim do Passeio Alegre)”.
O arquitecto Manuel Marques da Aguiar nas suas NOTAS SOBRE O ENQUADRAMENTO URBANO DO JARDIM DO PASSEIO ALEGRE, a páginas 206 escreve: “Ao jardim foram acrescentadas, posteriormente à sua realização, peças de valor cuja localização se fez com bom critério na sua composição final. É de assinalar o Chafariz, originário do Convento de S. Francisco e dois obeliscos que foram deslocados da Quinta da Prelada, da autoria do arquitecto Nicolau Nazoni. O Chafariz está classificado por decreto de 16 de Junho de 1910 e os Obeliscos estão classificados como de Interesse Público por decreto nº. 28536 de 23 de Março de 1938”
Manuela Cunha, Licenciada em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, no seu estudo A Quinta da Prelada descreve pormenorizadamente todas as obras de Nicolau Nazoni que aí existiram e existem, não fazendo qualquer referência ao Chafariz. D. Francisco de Noronha e Meneses legou em 1903 a propriedade à Santa Casa da Misericórdia do Porto, que dela tomou posse em 1904. Não nos parece, portanto, natural que o chafariz tenha sido retirado da quinta e colocado no Passeio Alegre em 1869. Todos afirmam que autor foi Nicolau Nazoni.
Projecto de Tomás Soller para a cúpula no edifício do palácio da Bolsa, publicado em 1882.
Pátio das Nações do Palácio da Bolsa - Neste local encontrava-se o claustro e o chafariz do Convento de S. Francisco.
No local do Convento de S. Francisco foi construído no séc. XIX o Palácio da Bolsa. Na foto acima vêm-se os seus telhados. O maior é o Pátio das Nações onde funcionou a bolsa do Porto. (Ver descrição pormenorizada no lançamento de 14/7/2012 – Palácio da Bolsa)
Jarros com motivos do Porto; Palácio da Bolsa e Palácio de Cristal.
Rua Nova dos Ingleses - 1861
Rua Nova dos Ingleses, actual Rua do Infante D. Henrique – gravura do Barão de Forrester – era aqui que se encontravam importantes comerciantes do Porto e se realizaram grandíssimos negócios. (Ver mais pormenores no lançamento de 14/7/2012)
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