5 . 3 - Governo Militar II
Guarnição Militar do Porto
Fardamento do séc. XVII
Fardamentos do séc. XVIII
Largo e Quartel da Torre da Marca
Largo do Corpo da Guarda
Quartel da Torre da Marca ou Infantaria 6 – foto Portojo
Sousa Reis (1810-1876) escreveu: “Não há lembrança ou documento algum que nos indique a época, o modo e as circunstâncias que deram na edificação e fundação deste quartel, ainda que o seu portão indique ser do séc. XVII”.
Neste mesmo estudo, publicado pela C. M. do Porto, afirma que, na Rua do Triunfo (hoje de D. Manuel II), se situava o Quartel da Torre da Marca, tendo um grande muro virado a esta rua, um portão e largos espaços para treino e agricultura. Tinha um grande muro atrás do qual foram construídas algumas reduzidas casas e anexos térreos que serviam de dormitórios aos militares.
Só já no século XX foram terminadas instalações condignas.
No Dicionário Portugal Antigo e Moderno Pinho Leal, em 1875 descreve este quartel:
Refira-se que a Rua a Liberdade é hoje a Dr. Alberto Aires de Gouveia e a que é referida como ligando a Rua do Triunfo à da Restauração é a Rua Jorge Viterbo Ferreira.
Quartel de Santo Ovídio – 1793
O Quartel de Santo Ovídio foi construído por Aviso Régio de 20 de Fevereiro de 1790 da Rainha D. Maria I, no lado Norte do Campo de Santo Ovídio, para albergar o 2.º Regimento de Infantaria do Porto, que fora criado em 1762 e instalado nos celeiros da Cordoaria, em péssimas condições. Estes celeiros, que sofreram um grande incêndio, localizavam-se onde hoje se encontra o Palácio da Justiça. O autor do projecto foi o Tenente-Coronel Engenheiro do Reino, Reinaldo Oudinot (1747/1807), que dirigiu a obra, iniciada em 1793, conjuntamente com o Arq. Teodoro de Sousa Maldonado. Em 1797 juntou-se-lhes o Arq. José Francisco de Paiva. Em 1799, por morte do Arq. Maldonado, aquele substitui-o e a partir de 1804, com a ida de Oudinot para a Madeira, ficou sendo o responsável pelas obras, que se arrastaram até 1805-1806.
Pinho Leal escreve que “É um vasto edifício, com capacidade para aquartelar 2500 homens, quando as camas eram uma estreita enxerga, sobre tarimbas geraes. Hoje (1875), porém, que cada soldado tem uma cama de ferro, desviada um metro da imediata, apenas pode dar quartel a 1300 ou 1400 praças”.
“Apesar de ter sido construído de raiz como quartel para um regimento de infantaria, foi ocupado ao longo dos anos para outro tipo de tropas. Assim coexistiram, em diferentes épocas, conjuntos diversos de tropas de infantaria com artilharia, cavalaria e engenharia, ou inclusive milícias (durante o cerco do Porto – Batalhão de Milícias de Santo Ovídio).” Site do exército.
Tenente-Coronel Engenheiro do Reino, Reinaldo Oudinot (1747/1807)
“Em 24/8/1820s e reuniram nele as tropas da guarnição da cidade – Infantaria 6 e 18 e Artilharia 1 e as milícias do Porto e da Maia e aí aclamaram a Carta Constitucional da Monarquia...
...Á revolta sucedeu missa campal. Deste facto deriva a mudança de Campo de Santo Ovídio por da Regeneração”. In O Tripeiro Volume IV
Quartel de Santo Ovídio – Joaquim Vilanova – 1833
Cerca de 1850
Postal escrito em espanhol – e conseguir ler? – 2/3/1905
1940
Parada militar no terreiro do Quartel de Santo Ovídio – 1900 – Photo Guedes
O Tripeiro, Volume 6 - 15/9/1927
Missa campal aquando da visita do Rei D. Manuel II- 1908
O nome inicial de "Praça de Santo Ovídio" deveu-se a uma capela que, desde meados do século XVII, existia junto à estrada de Braga de invocação de São Bento e de Santo Ovídio. Após a insurreição militar de 1 de maio de 1851 que levou à queda de Costa Cabral, o largo adoptou o nome de "Campo da Regeneração". Com a implantação da República em Portugal, em 1910, o seu nome foi alterado para Praça da República, pela importância que o logradouro tivera na Revolta de 31 de Janeiro de 1891.
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