6.15 - Associação Industrial Portuense
Sede da AIP, no início do séc.XX, na Rua de Entreparedes, 3
O mesmo local acima na actualidade. Esta foto foi-nos cedida pelo nosso leitor José Fiacre.
“Em Maio de 1849 foi fundada a AEP - Associação Empresarial de Portugal (antiga Associação Industrial Portuense), com o objectivo de "desenvolver e aperfeiçoar a industria - instruir e educar as classes laboriosas - introduzir entre nós auxílio mútuo e o melhoramento da condição dos operários - e todas as vantagens legaes que a indústria possa obter d'uma tal reunião".
A Associação iniciou de imediato a sua actividade lançando o primeiro número de uma publicação de informação industrial e tecnológica, "O Jornal da Associação Industrial Portuense" e abrindo as portas, dois meses depois, da primeira instituição de ensino profissional portuguesa, a "Escola Industrial Portuense" pioneira do ensino técnico oficial instituído pelo governo no final desse ano.
Mas a acção da AEP não se confina, neste início de actividade, à informação e formação profissional. Dedica-se também a outros grandes empreendimentos que ficaram profundamente ligados à história da cidade do Porto e à da indústria portuguesa. Casos, por exemplo, do papel determinante da Associação no desenvolvimento do ideal mutualista, no estabelecimento de algumas instituições bancárias e no lançamento de feiras e exposições industriais.
Em 1854, cria a Caixa de Socorros Mútuos mais tarde designada Caixa de Crédito Portuense. No campo da actividade financeira, a AEP apoiou ainda a criação do Banco Aliança e de um banco hipotecário.
Ainda na sua primeira fase, a AEP teve também um capítulo histórico no domínio da organização de feiras industriais. Em 1856 é inaugurada, na sede da AEP, a primeira exposição permanente. Estes primeiros certames funcionariam como um excelente ensaio para a grande exposição de 1861, inaugurada no Palácio da Bolsa, na presença de D. Pedro V.
A actividade da Associação ao longo dos seus mais de 150 anos de existência tem-se centrado sempre nos diversos vectores de actuação estabelecidos nos seus primeiros Estatutos, atrás citados: a defesa dos interesses da indústria portuguesa, a divulgação de informação económica e tecnológica, a formação profissional e a promoção dos produtos e serviços portugueses.
Sede em Leça da Palmeira
Hoje é a maior associação empresarial de Portugal, com o estatuto de Câmara de Comércio e Indústria, desenvolvendo um amplo trabalho de apoio às actividades económicas portuguesas em áreas como a formação profissional, a organização de feiras e congressos, o apoio directo às empresas nas vertentes da informação económica, jurídica e tecnológica, a promoção da internacionalização da economia portuguesa e a defesa e promoção dos interesses da comunidade empresarial.
A AEP tem sido um parceiro privilegiado dos governos na discussão dos assuntos relevantes para o desenvolvimento da economia portuguesa, tendo assento no Comité Económico e Social Europeu. Os seus serviços em prol do desenvolvimento são reconhecidos nacional e internacionalmente, sendo Membro Honorário das Ordens do Infante D. Henrique e de Mérito Agrícola e Industrial (Classe Industrial). In site AEP
A fábrica de sabonetes Ach. Brito – ficava na actua Avenida da França onde está o centro comercial Capitólio – Tinha, nos anos 50 e 60 uma óptima litografia – foto de 1920
Diploma da associação industrial Portuense emitido em 03/05/1949 com baguete vermelha.
Medalha da AIP – 1969
Medalha dos 140 anos da AIP
Fundação AEP na Avenida da Boavista
"José Victorino Damásio (1807 -1875) foi o seu fundador e grande dinamizador. Homem notável em muitos campos. Foi militar a favor da causa liberal, político e iniciador de muitos melhoramentos industriais. Em 1848, associando-se a Joaquim Ribeiro de Faria Guimarães e a Silva Guimarães, fundou no Porto a fundição do Bolhão, que ainda existe, assumindo a direcção técnica, e introduzindo a indústria do fabrico da louça de ferro fundido esmaltada e estanhada a banho. Foi naquele estabelecimento que se fez a primeira draga no nosso país, sendo a ferragem obrada toda a forja; foi sob a sua direcção que se construiu a máquina da primeira fábrica de cordoaria mecânica no Porto, e que se assentou a primeira máquina de vapor que teve essa cidade, a qual foi a da fundição da rua do Rosário.
Damásio continuou com os seus antigos trabalhos, até que, adoecendo gravemente, foi tratar-se à ilha da Madeira, donde voltou restabelecido em julho de 1852. Logo em seguida fundou a Associação Industrial Portuense, da qual nasceram mais tarde tantas outras, e que estabelecendo aulas que foram frequentadas por grande número de alunos, serviu de núcleo para a criação do Instituto Industrial do Porto.
José Vitorino Damásio tinha carta de conselho, era comendador da Ordem de Avis, oficial da Torre e Espada, e sócio de muitas associações científicas. Site AEP
Do nosso leitor e amigo Sr. Alberto Guimarães recebemos a seguinte informação, que muito agradecemos:
"José Vitorino Damásio foi um dos fundadores dos Bombeiros Voluntários do Porto.
Passava férias em Espinho, levando com ele uma bomba picota braçal, a fim de acorrer a alguma emergência durante a sua estadia.
Daqui nasceu a ideia de criar em Espinho uma corporação de bombeiros, filial dos BV do Porto, o que veio a acontecer.
Os Bombeiros Voluntários de Espinho, corporação onde prestei serviço durante 3 anos, têm como data oficial da sua fundação Outubro de 1895.
Abraço tripeiro!
Alberto Guimarães
Do nosso leitor e amigo Sr. Alberto Guimarães recebemos a seguinte informação, que muito agradecemos:
"José Vitorino Damásio foi um dos fundadores dos Bombeiros Voluntários do Porto.
Passava férias em Espinho, levando com ele uma bomba picota braçal, a fim de acorrer a alguma emergência durante a sua estadia.
Daqui nasceu a ideia de criar em Espinho uma corporação de bombeiros, filial dos BV do Porto, o que veio a acontecer.
Os Bombeiros Voluntários de Espinho, corporação onde prestei serviço durante 3 anos, têm como data oficial da sua fundação Outubro de 1895.
Abraço tripeiro!
Alberto Guimarães
6.16 – Ach. Brito
"Com uma história que remonta a 1887, com a fundação da Claus & Schweder pelos alemães Ferdinand Claus e George Schweder, a Ach Brito foi fundada em 1918 pelos irmãos Affonso e Aquilles de Brito. Em 1925, aquando da I Guerra Mundial, cujos desígnios ditam a venda em leilão da Claus & Schweder, a Ach Brito adquire a massa falida desta marca, aliando à inovação, experiência.
Depois de décadas a liderar o mercado e com o aparecimento de novos produtos - como o gel de banho - e novas redes de distribuição, o trajeto da marca perde ânimo, até que em 1994 a liderança da empresa passa para as mãos dos bisnetos de Achilles de Brito: Aquiles e Sónia Brito. A empresa é restruturada e o portfolio de produtos é reposicionado. Com o novo milénio surge também a vontade de alcançar novos horizontes e a marca de luxo da Ach Brito, a Claus Porto, começa a ser colocada nos mercados internacionais.
Em 2008 é adquirida a Saboaria e Perfumaria Confiança SA, a segunda mais antiga fábrica de sabonetes do país, e a Ach Brito passa a atuar transversalmente no mercado.
Hoje em dia, a Ach Brito continua a prezar e a respeitar a sua história e tradição, sem nunca descuidar a qualidade e a inovação".
Claus & Schweder – 1906
1918
Avenida da França - 1920
“Com uma história que remonta a 1887, com a fundação da Claus & Schweder pelos alemães Ferdinand Claus e George Schweder, a Ach Brito foi fundada em 1918 pelos irmãos Affonso e Aquilles de Brito. Em 1925, aquando da I Guerra Mundial, cujos desígnios ditam a venda em leilão da Claus & Schweder, a Ach Brito adquire a massa falida desta marca, aliando à inovação, experiência”. In site Ach. Brito
Publicidade na Exposição Colonial de 1934
Rolls Roice - Visita do Presidente Américo Tomás à fábrica de sabonetes Ach. Brito – 1968
…Depois de décadas a liderar o mercado e com o aparecimento de novos produtos - como o gel de banho - e novas redes de distribuição, o trajeto da marca perde ânimo, até que em 1994 a liderança da empresa passa para as mãos dos bisnetos de Achilles de Brito: Aquiles e Sónia Brito. A empresa é restruturada e o portfolio de produtos é reposicionado. Com o novo milénio surge também a vontade de alcançar novos horizontes e a marca de luxo da Ach Brito, a Claus Porto, começa a ser colocada nos mercados internacionais.
Em 2008 é adquirida a Saboaria e Perfumaria Confiança SA, a segunda mais antiga fábrica de sabonetes do país, e a Ach Brito passa a atuar transversalmente no mercado”. Site da empresa
A fábrica de sabonetes Ach. Brito – ficava na actua Avenida da França onde está o centro comercial Capitólio – Tinha, nos anos 50 e 60 uma óptima litografia – foto de 1920
Sabonete Magestic
Sabonete Bristol
Ach. Brito - vídeo
Boa noite, amigo Rui Cunha!
ResponderEliminarJosé Vitorino Damásio foi um dos fundadores dos Bombeiros Voluntários do Porto.
Passava férias em Espinho, levando com ele uma bomba picota braçal, a fim de acorrer a alguma emergência durante a sua estadia.
Daqui nasceu a ideia de criar em Espinho uma corporação de bombeiros, filial dos BV do Porto, o que veio a acontecer.
Os Bombeiros Voluntários de Espinho, corporação onde prestei serviço durante 3 anos, têm como data oficial da sua fundação Outubro de 1895.
Abraço tripeiro!
Alberto Guimarães
Caro amigo,
ResponderEliminarMuito obrigado. Já inserimos esta histórica informação no nosso blogue.
Um abraço
Rui Cunha
A propósito... conf. (in blogue Longra Histórico-Literária)
ResponderEliminarhttp://longrahistorico.blogspot.pt/2016/03/uma-decada-de-saudade-no-10-aniversario.html
(Armando Pinto)
A propósito... conf. (in blogue Longra Histórico-Literária)
ResponderEliminarhttp://longrahistorico.blogspot.pt/2016/03/uma-decada-de-saudade-no-10-aniversario.html
(Armando Pinto)