domingo, 17 de julho de 2016

COMPANHIA PORTUGUESA DO COBRE

6.22 – Companhia Portuguesa do Cobre






Anos 60



2006 - foto de Augusto Tomé



2006 - Foto de Augusto Tomé

"O presente artigo analisa o percurso traçado pela Companhia Portuguesa do Cobre (CPC), a maior unidade industrial de sempre da cidade do Porto. O retrato histórico foi realizado com recurso à pesquisa documental, disponível em diferentes fontes arquivísticas, e à história oral, através da entrevista a um ex-operário e um ex-administrador da CPC. Trata-se de um ensaio que tem como objectivo perceber o contexto industrial, político e social em que surge a CPC, assim como a forma como a mudança do paradigma político nacional influencia o seu curso, com consequentes impactes a diversos níveis – toda a sua envolvência social, económica, geográfica, arquitectónica, as matérias-primas, os processos de fabrico, as relações e organização empresariais. 


Terminamos a refletir sobre a forma como esta unidade industrial, que outrora serviu os interesses industriais da cidade, fruto de um processo de desindustrialização e abandono, serve agora a existência de modos de vida alternativos, dominados pela marginalidade, o consumo de drogas e o trabalho sexual". In Revista Convergência Crítica


Google Earth

"Os terrenos da antiga Fábrica do Cobre, na Circunvalação, Porto, foram colocados à venda por 12 milhões de euros, junto com um lote de outras 25 propriedades da Sonae. Para o imóvel, onde chegou a ser pensado um Continente, prevê-se agora habitação.
A Companhia Portuguesa do Cobre, conhecida simplesmente por Fábrica do Cobre, foi comprada pela Sonae com a intenção de lá instalar um hipermercado Continente. O pedido de licenciamento do projecto deu entrada na Câmara do Porto em 2001.
Só que a transformação da fábrica de cobre numa área comercial foi rejeitada, no mesmo ano, pelo GAPE, um gabinete criado pela gestão do então presidente da Câmara do Porto, Nuno Cardoso, para analisar projectos urbanísticos de maior envergadura.
Desde então, o imóvel tem estado votado ao abandono, servindo de abrigo para toxicodependentes e sem-abrigo. Dentro do edifício, o cenário chegou a ser assustador, com lixo por todos os lados, desde pneus e outras peças de automóveis, a plásticos sujos e até a seringas e colchões. No meio da antiga fábrica, existia um poço fundo, sem qualquer tipo de protecção.
Com o passar dos anos, o edifício foi sendo demolido. Actualmente, apenas resta a fachada da fábrica que abriu falência em 1998, atirando 210 pessoas para o desemprego e para os tribunais em busca de uma indemnização e do pagamento de salários em atraso. In JN – 26/10/2010

Vídeo de Victor Rocha

Porto – Fotos do Google Cultural Institute – embora deslocado do tema que tratámos, acabamos de descobrir esta magnífica reportagem sobre o Porto: 

3 comentários:

  1. Respostas
    1. E muitos mais se não perceberem a importância desta industria...

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  2. Olá
    E lá continua ao abandono....a olhar para o Parque Nascente.
    Cumprs
    Augusto

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