sexta-feira, 23 de setembro de 2016

ARTES E OFÍCIOS - XVIII

6.24.18 - Artes e Ofícios




Descansando no Jardim de S. Lázaro

Fotógrafo “à la minute” – dado algumas máquinas não terem zoom a distância da fotografia teria de ser sempre a mesma.
Recordámo-nos perfeitamente destes fotógrafos, que encontrávamos frequentemente na Foz. Outra profissão que desapareceu com a evolução das máquinas. 

Máquinas fotográficas antigas



Funileiro, latoeiro 

Funileiro vídeo


Gaiteiros – Malhoa – 1902/3



Galinheira do Porto – desenho de João Gaspar



Lanterneiro – António Ramalho – 1883


Lavadeira, cesteiro, aguadeiro e sardinheira


1910


Lavadeiras de Vilar do Paraíso - 1903 


1953



Lavadeiras na Ribeira - 1960


1974


Ribeira


Lavadeiras na Ribeira da Granja - Lordelo do Ouro


Praia dos Ingleses - 1940


Lavadeiras de Leça – Joel Cleto
https://www.youtube.com/watch?v=utCclFQX7O4


S. Mamede Infesta

“ Há cinco dezenas de anos (1900) rara era a família portuense rica ou remediada, que não desse suas roupas a lavar às lavadeiras de Águas Santas, Barreiros, S. Mamede Infesta, Maia e Rio Tinto; porque por dez reis cada peça não valia a pena lava-las em casa. Além disso, nesses distantes tempos, nem todos os prédios possuíam água encanada da companhia; logo, portanto, as donas de casa acertavam melhor entregando as roupas às lavadeiras, que as traziam sempre com pontualidade e a cheirar a frescor. E então dava gosto vê-las, aos sábados principalmente, donairosas, entrecortarem as ruas do burgo carregadas com pesadas trouxas de roupa à cabeça, a caminho das residências das impertinentes freguesas, onde a demora não podia ser evitada por terem de dar a roupa ao rol. Uma rodilha, um farrapo, tudo estava apontado.” O Tripeiro Série V, Ano VI.


Lavadeiras da Afurada


Fui lavar a Rio Tinto
Cheguei lá sem o sabão;
Lavei a roupa com rosas
Ficou-me o cheiro na mão

Até cerca de 1970, as lavadeiras de Rio Tinto eram muito requisitas pelas famílias mais abastadas da cidade do Porto. Todas as semanas mantinham o seguinte ritual: 2ª feira iam ao Porto buscar a roupa a casa das freguesas; 3ª feira ensaboavam a roupa; 4ª feira coravam a roupa. 6ª feira iam devolver a roupa às freguesas e no interior das suas casas davam a roupa ao “rol”.
A lavagem da roupa ocorria em todo o troço do rio. Para “esfregar” a roupa utilizam pedras grandes e lisas que eram marcadas e só a “proprietária” da pedra é que a podia utilizar. 
Como curiosidade, para branquear a roupa (a lixívia ainda não era usada) utilizavam cloreto (que designavam como “florete”) e para tirar as manchas de ferro usavam sal de azedas.
Uma outra curiosidade em torno das lavadeiras de Rio Tinto eram as alcunhas que as pessoas lhe davam. Ficaram famosas por aquelas bandas a Ti Emília do Letré, a Ti Esperança Carra Velha, a Ti Custódia Barbada e a Ti Melindra Restiva.


Lavradores – iluminura do missal da Idade Média do Mosteiro de Lorvão


Bois ramaldeiros


Os bois ramaldeiros eram conhecidos pela sua grande força e grandes cornos


Pátio de casa de lavoura



Campanhã


Maia



Douro - foto do Barão de Forrester



Leça do Balio


Malhando o milho


Lavradeira do Porto

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