2.7 - Dos Guindais a Massarelos III + beira rio de Gaia
Desde 1895 a electricidade para as linhas de tracção eléctrica do Porto era produzida na Central da Arrábida. Dada a insuficiência desta, em 1909 foi projectada a Estação Central Geradora de Massarelos que, começada a construir em 1912, foi inaugurada em 1915. O projecto foi do Engº. Luis Couto dos Santos (1872-1938), professor da U.P. Na década de 30 foi ampliada em capacidade dado o aumento das necessidades de energia. A energia aí produzida era conduzida até ao veículo por um condutor de cobre isolado da terra – a linha – servindo os carris de condutor eléctrico de fecho do circuito – o retorno. Informações recolhidas numa conferência do Eng. Manuel Vaz Guedes em 1995, site da U.P.
Central termoeléctrica de Massarelos de 1951 a 1970
Pessoal da Central de Massarelos - foto de Teófilo Rego
Zorra de transporte de carvão desde as minas de S. Pedro da
Cova à Central Termoeléctrica de Massarelos. Também transportava
outros materiais para as obras da Carris.
Encontramos
em vários sites e blogs as informações seguintes: Massarelos,
é a mais antiga representação das fábricas de faiança criadas no Porto. Fundada
em 1766 por Manuel Duarte Silva, na Rua de "Sobre o Douro", em
Massarelos. A sua existência foi explorada por diversos proprietários e
industriais... Entre 1766/1819 o combustível utilizado era a carqueja. A
decoração prendia-se com cores azul, verde, amarelo e cor de vinho. Entre
1819/1845, a fábrica foi arrendada a Rocha Soares, da fábrica de Miragaia. Uma
vez que entre estes existia um relacionamento familiar, a fábrica de Massarelos
continuou, como de inicio, uma empresa familiar… No 3º período, inicia-se o
fabrico de faiança utilizando o esmalte plumbífero, pintura monocroma azul, e
na decoração aplica-se a estampilha. A fábrica emprega barro vermelho de Valbom
de Baixo (Gondomar). Este período situa-se entre o ano de 1845 e o ano de 1873.
No 4º período (1873/1895) houve uma tentativa de maior industrialização na
fábrica produzindo-se azulejos lisos e em relevo, além de louça sanitária e
várias peças artísticas. O 5º período vai de (1900/1920). De 1904 a 1912
pertenceu à Empresa de Cerâmica Portuense, Ldª. A partir de 1912 a gestão da
fabrica pertence à firma Chambers & Wall. O edifício da fábrica de
Massarelos, na Restauração, é devastado, em 10/3/1920, por um incêndio de
grandes proporções, contudo esta transição não afecta o prestígio da marca
"Massarelos - Porto" que continua a ser utilizada na produção da
fábrica da quinta do Roriz, em Quebrantões Norte, perto da ponte Maria Pia,
alongando-se face à margem do Douro. Da Fábrica de Massarelos restam para
memória, dois fornos transplantados que se podem observar na margem da Avenida
Gustavo Eifel.
Massarelos – vêm-se os fornos da Cerâmica de Massarelos, construídos em 1901, a Igreja do Corpo Santo e, ao longe em cima, o Palácio de Cristal. Destacam-se as velas enfonadas de um possível grande bacalhoeiro.
“O exemplar hoje exposto apresenta duas decorações distintas. Por um lado é um exemplar apelativo à cidade do Porto; e por outro, celebra a memória dos Descobrimentos Portugueses Portugueses. Trata-se de um prato produzido pela Fábrica de Massarelos no Porto no final do séc. XIX. Relativamente à sua decoração. Comecemos pela decoração apelativa à cidade do Porto. O desenho central presente no prato apresenta estampa de tonalidade monocromada a negro, com o desenho da Estátua Equestre de D. Pedro IV, situada na Praça da Liberdade. Na aba existe decoração arquitectónica baseada nos desenhos do palácio de Cristal, Palácio da Bolsa e Ponte Maria Pia. No que diz respeito à decoração dos Descobrimentos Portugueses, estão presentes na aba, os bustos de Pedro Álvares Cabral, Vasco da Gama e Infante D. Henrique, enquadrados por esferas armilares. Exemplares desta decoração foram produzidos para a Casa Adrião, sediada na Rua da Assunção nº. 20 no Porto e que devem ter sido oferecidos como brinde aos melhores clientes. Esta suposição explica o facto da escolha de apenas monumentos presentes na cidade do Porto, aliado ao período de produção do prato em causa (final do séc. XIX), por onde se comemorou o IV Centenário da chegada à Índia e Brasil por Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral, respectivamente”. In blog A Memória dos Descobrimentos na Cerâmica Portuguesa.
No site das Memórias da Fábrica de Loiças de Sacavem encontram-se peças muito belas com marcas de Massarelos:
Terrina de decoração Papoula e marca da Empresa Cerâmica Portuense,Lda. – 1904-1912
Terrina de decoração Cedro e marca da sociedade Chambers & Wall (1912-1936)
Massarelos – Fins Séc. XIX
Estrada de Massarelos à Foz do Douro - Nota-se a sua evolução
Segundo Camilo o carroção já existia no séc. XVII. Porém, foi após as invasões francesas que, por falta de cavalos, aumentou muito o seu uso. A este incómodo meio de transporte dedicaremos um largo espaço com pormenores muito interessantes.
You Tube – Da Ribeira à Foz
A beira rio do lado de Vila Nova
Cais de V. N. de Gaia – construído em 1791
Estaleiro do Rei Ramiro – Estes estaleiros ainda existem - Foto do Barão de Forrester – 1860 - este grande amigo do Porto e do Douro morreu afogado nas águas do Douro em 12/5/1861, no Cachão da Valeira – na Descrição de Abril de 1758, da Freguesia de Santa Marinha pode ler-se: “Defronte deste convento (Convento de Corpus Christi) está a grande Praya em que há um grande estalleiro de fazer navios, que dizem ser o milhor, que se tem visto em toda a Europa, onde se tem feito já sinco juntos, e se podem fazer mais. Tem mais na vizinhança, que parte com a Cerca do Convento das Freiras a chamada Tercena, que he hum Lugar bem emparedado, e fechado, que dizem ser obra mandada fazer pelo Senhor Rey Dom Manoel para recolher a fabrica das suas galeras, q entravão neste Porto, e hoje serve para recolher as madeyras e fabrica real; domina nelle o Supeo Intendente da Ribeyra do Ouro.”
Descarga de pipas vindas do Douro
Cais de Vila Nova - Carregamento de vinho do Porto e outras mercadorias – de notar a camionete antiga - na Descrição de Abril de 1758, da Freguesia de Santa Marinha pode ainda ler-se: “Tem esta villa varias Companhias de de Arraezes de barcas, que todas tem 37 barcas grandes, que carregão 20 pipas cheas: e servem continuamente para carga, e descarga do todos os navios portugueses, e de varios reynos, que aqui entrão e para ajudar, e valer nas entradas, e sahidas, e em todos os perigos de naufragio, que succedem, e em muytas cheas, que hão no tempo de Inverno, as quais todas se amarrão nesta parte da villa. Tem para cima de cem barcos na passagem da Villa para a cidade e de Gaya para a Porta Nova, Banhos e Lingoeta a toda a hora que se, querem e são precizos de dia, e de noite. Aqui chegão todos os dias muytos e varios barcos de cima do Douro com vinhos, sumagre, e frutas, que pela mayor parte se recolhem nos armazens desta villa”.
Polo aquático no rio – Pelos chapéus de palha parece ser
dos anos 20 ou 30 do passado século. Lemos, em tempos, que o F. C. do Porto
tinha uma secção que jogava no rio.
Sam Paio – casa do Sr. Anthero
Teleférico de Gaia – do lado de Gaia existe uma ligação da parte alta ao rio, inaugurada no lado de Gaia em 1/4/2011 – Foto Grande Porto on line
Vista de Gaia tirada do teleférico
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