terça-feira, 8 de outubro de 2013

DIVERTIMENTOS DOS PORTUENSES - XIII

3.5.7 - Festas e Romarias - III

Romaria da Senhora da Hora




Senhora da Hora – Fonte das Sete Bicas – na pedra está escrito”AQUI APARECEO NOSSA SENHORA DA ORA LOUVADO SEJA O SANTISSIMO SACRAMENTO” 

Era costume as moças beberem a água "milagrosa" da Fonte das Sete Bicas, que tem um caudal com uma pujança assombrosa mas sem virtude alguma, ficando convictas de que isso lhes garantiria para breve o almejado matrimónio. A referida fonte foi construída no ano de 1893, sem quaisquer características arquitectónicas que mereçam especial referência.




Capela de Nossa Senhora da Hora

Foi mandada construir em 1514, no Monte do Viso, no local chamada Mãe de água, pelo mareante matosinhense Aleixo Fernandes que, como sua, a administrou por um período de trinta anos. A partir de 1544 passou ser dirigira por devotos até que, em 1705, assumiu a sua gerência, Romualdo de Almeida Cabral, sargento-mor dos Terços Auxiliares da Cidade do Porto, tendo-lhe sucedido Miguel de Almeida. A citada Capela da Senhora Hora, contém uma torre sineira e um relógio e está situada na Avenida com o mesmo nome.



Em 2 de Maio de 1953, o Bispo do Porto, Sr. D. António Ferreira Gomes, benzeu, solenemente, a primeira pedra, cujo projecto de arquitectura moderna, da autoria do Arquitecto Paulo Sampaio, foi acompanhado e orientado pelo Prof. Eng.º Barbosa de Abreu. Cinco anos mais tarde, em Maio de 1958, era inaugurada, pelo mesmo Bispo que lançou a primeira pedra, a Cripta. A 11 de Fevereiro de 1963, o Padre António Gonçalves Porto, benzeu a nova igreja.




A Senhora da Hora, depois de ter sido elevada á categoria da Freguesia, viu difundir-se extraordinariamente a devoção à sua padroeira, cuja reputação ultrapassou as próprias fronteiras e das terras mais distantes do país ocorriam inumeráveis peregrinos à ermida para deporem aos pés da Virgem dos Milagres as ofertas prometidas em horas aflitivas. 
Por sua vez as mães, na missa da festa, no momento da elevação da hóstia e do cálice, davam a beber aos seus filhos pequenos, um "remédio", de fabrico caseiro, com a suposta virtude de os imunizar das maleitas da epilepsia ou da gota. No final da cerimónia davam três voltas á capela.





A maioria dos romeiros iam, felizes, com a cesta do farnel expandir a sua alegria e "matar a fome" provocada por tão longa jornada, levando no seu espírito folgazão a vontade de voltar no ano seguinte.


No aprazível recinto fronteiro à Capela, os vendeiros e feirantes erguiam as suas improvisadas tendas e os donos dos engenhos recreativos estendiam as suas máquinas de diversão, cavalinhos, aviões, carroceis etc., que alegravam os romeiros.

As fotos referentes às Festas da Senhora da Hora foram tiradas do blog majosilveiro-reportagem.blogspot.pt


Romaria do Senhor da Pedra



Capela do Senhor da Pedra - foi erguida sobre um rochedo junto ao mar em 1686.


Altar Mor estilo Rococó


Andor do Senhor da Pedra



Romaria do Senhor da Pedra – 1918


"Minha mãe foi porta-bandeira,
Há mais de setenta anos,
Num grupo de jovens raparigas, animados,
Que, ficou a ser, o Clube dos “Chalados”

Blog de Majosilveiro


"A festa dedicada ao Senhor da Pedra, na freguesia de Gulpilhares, em Vila Nova de Gaia, merece um destaque especial, tanto pelo local em que decorre, como pela grande devoção de que terá sido alvo no passado. O local da festa é uma capela de planta hexagonal erguida sobre um rochedo batido pelo mar na praia de Miramar. A capela que lá está agora data mais ou menos da época do rei D. João V, mas o local em que ela se ergue foi objecto de remotas crenças pagãs. Antes da capela actual, é de admitir que outros templos, pagãos e cristãos, tenham existido naquele rochedo.
Só o próprio facto de uma capela se erguer num local tão junto ao mar, sem que seja destruída por este nos dias de maior temporal, já parece um milagre. Não admira, por isso, que ela tenha sido o centro de um fervoroso culto.
A importância que a romaria ao Senhor da Pedra teve no passado é testemunhada pela existência, num raio de muitos quilómetros em redor, de cantigas de romaria que lhe são dedicadas. Há cantigas ao Senhor da Pedra em localidades como Cinfães e Paredes, entre muitas outras. Quer isto dizer, portanto, que acorriam às festas do Senhor da Pedra muitos romeiros vindos de muito longe, que formavam ranchos e rusgas e iam a pé pela estrada fora, cantando, dançando e tocando bombos, ferrinhos, cavaquinhos, concertinas, rabecas, violas ramaldeiras e braguesas, etc.". In blog A Matéria do Tempo

Recordámo-nos de, em Paredes, haver muito povo que partia a pé para esta romaria cantando uma moda com os seguintes versos: 
Bendito o Senhor da Pedra
Bendito sempre sejais.
Não tenho nada de meu
Ó Senhor tanto me dais. (bis)

Romaria do Senhor da Pedra - 1912 

Festa do Senhor da Pedra – vídeo You Tube 

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