quinta-feira, 15 de setembro de 2016

ARTES E OFÍCIOS - XV

6.24.15 - Artes e Ofícios - Fotógrafos III - Aurélio Paz dos Reis 



Aurélio Paz dos Reis



Loja de venda de sementes e flores do fotógrafo



Kinetógrafo


Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança – 1896 – Rua de Santa Catarina
Pioneiro do cinema português, Aurélio da Paz dos Reis nasceu a 28 de Julho de 1862 na cidade do Porto, onde faleceu a 19 de Setembro de 1931. Comerciante e floricultor, fundou a Flora Portuense, primeira casa do género no País, que exportou flores e sementes, vindas de campos de ensaio próprios, que se localizavam na Rua de Nova Sintra, num belo palacete que se encontra em ruínas. Sendo também fervoroso democrata, participou no movimento revolucionário de 31 de Janeiro de 1891, acabando por figurar mais tarde entre os principais apoiantes da República. Além disso, foi um distinto fotógrafo amador. Quando soube que os irmãos Lumière tinham construído os primeiros aparelhos de filmagem e projecção cinematográfica, partiu para Paris. Adquiriu, logo em 1896, uma máquina de filmar e projectar, e realizou e exibiu nesse mesmo ano, pela primeira vez, no Porto, 27 pequenos filmes. O primeiro e mais célebre foi Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança (1896), rodado na esquina das ruas de Santa Catarina e Passos Manuel na cidade do Porto. Seguiram-se O Zé Pereira na Romaria de Santo Tirso (1896). O Vira (1896), Manobras de Bombeiros (1896), Cortejo Eucarístico Saindo da Sé do Porto no Aniversário da Sagração do Eminentíssimo Cardeal Américo (1896), Barcelos (1896) e Avenida da Liberdade (1896), entre outros. Por isso, Paz dos Reis é considerado o introdutor da indústria cinematográfica no nosso país. Registou todos os acontecimentos de maior projecção do seu tempo, principalmente os ocorridos no Porto. Aparte essa sua faceta, pela qual é justamente recordado, desempenhou diversos cargos públicos, como os de vice-secretário e vice-presidente do senado da Câmara Municipal do Porto entre 1914 e 1921, bem como o de director do Ateneu Comercial dessa cidade, constituindo-se como uma figura proeminente da sociedade da época.


Descarregando farinha - 1906


Padeiras de Avintes distribuindo a saborosa boroa


Ribeira - 1906


Ponte Luis I - 1906


Cais dos Guindais


Procissão descendo a Rua de Santo António


Igreja dos Congregados –1896 – á direita já se vêm construções provisórias no local em que existiu o Convento de S. Bento de Avé Maria.


Destruição da Igreja do Convento de S. Bento da Avé Maria


Praça D. Pedro e o Americano


Um Ford subiu a Rampa da Corticeira em 32 segundos – 1905


Descarregando carqueja


Barcos no cais de Massarelos


Palácio de Cristal engalanado


Exposição de flores


Palácio da Bolsa


Molhe de Felgueiras


Banhistas da Foz


Vila Delphina – Foz – a máquina atravessava o terreno perto da posterior Rua de Gondarém, a caminho do Castelo do Queijo.


Avenida de Montevideu

Aurélio Paz dos Reis – Um olhar actual (completo) - vídeo

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