sexta-feira, 4 de novembro de 2016

TRANSPORTES DE PASSAGEIROS V - TRENS DE ALUGUER E DILIGÊNCIAS

6.26.3.1 - Transportes de passageiros V - trens de aluguer e diligências



Carroça tradicional – foi dos primeiros meios de transporte de passageiros e mercadorias em Portugal.


Antigas placas de esmalte usadas pelas carroças do Porto


Antigo início da Rua do Bonjardim, esquina com Rua de Santo António. Vê-se uma carroça carregada.


Carroça do correio

“Convém recordar que até à segunda metade do século XVIII, quando se procurou estabelecer em Portugal os serviços de transporte de correio da Mala Posta, as escassas vias e as más condições das que existiam obrigavam a que as pessoas continuassem a deslocar-se se a pé ou com o recurso a animais, como vinham fazendo durante a Idade Média, destacando-se neste desgastante labor a secular figura do almocreve ou do recoveiro. As calçadas romanas, originalmente criadas para a deslocação dos exércitos imperiais, mas em grande parte arruinadas por falta de manutenção e confinadas a espaços muito reduzidos, continuavam, ainda assim, a servir como a única alternativa ao movimento da população e à manutenção da vida económica de muitas regiões do interior. Nessa época o transporte de correio fazia-se a pé, de sacola às costas, no dorso de lentos muares, ou, mais raramente a cavalo.


Ilustração da entrega de Correio Mor a Luis Homem – 1520 – Blogue Cumpriterra

Assim funcionava no reino o serviço do Correio Mor, um ofício postal criado por Carta Régia de D. Manuel I de 6 de Novembro de 1520 que confiava a gestão desse serviço a Luís Homem. 


Luis Gomes Mata

"Este serviço, então caro e ineficiente, de que apenas os mais abastados tiraram algum proveito, esteve sujeito a nomeação régia, até que Filipe II o vendeu a Luís Gomes da Mata Coronel, pela quantia de 70.000 cruzados, dando início à primeira dinastia postal do mundo e cuja família manteve o seu monopólio durante quase dois séculos, sem grandes benefícios para a maioria da população. Este estado de coisas parece ter começado a melhorar a partir de 1780, no reinado de D. Maria I, a qual determinou que fosse realizado um conjunto de obras públicas (construção de estradas e melhoria de outras, construção de pontes…), mas apenas em três áreas do país: Lisboa, Coimbra e região do Douro. Mais tarde, por decreto de 1797 a Coroa estatizou a lucrativa actividade postal do correio mor explorada pela família Mata, que passou a ser explorada directamente pela Corte. Entretanto, já em 1788, José Diogo de Mascarenhas Neto havia publicado o Método para Construir as Estradas em Portugal. Este José Mascarenhas Neto, também autor das Instruções para o estabelecimento das Diligências entre Lisboa e Coimbra e, uma vez nomeado para o cargo de Superintendente Geral dos Correios e Postas do Reino, continuou a dar especial importância à estrada Lisboa – Coimbra, «na qual se viria a introduzir o serviço da mala-posta que, além do correio, fazia também o transporte de passageiros.» 


Praça da Batalha – trens de aluguer


Praça dos Voluntários da Rainha


Praça de Carlos Alberto - In O Tripeiro - Série VI, Ano X


Diligência para Valpaços



Desenho da Alfredo Keil

No seu livro Figuras Literárias do Porto Artur de Magalhães Basto escreveu:


Esta viagem passava-se cerca de 1885/90…

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