quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

AUTOMÓVEL VI

6.26.9.7 - O automóvel VI - Automóvel, Polícia sinaleiro, Natal do sinaleiro, Via Rápida, Produtos Estrela, Praça D. João I, Telebanco


Os sinaleiros começaram em 6/3/1922, 3 anos antes de Lisboa


Rua de Sá da Bandeira


Sinaleiro na confluência da Avenida Saraiva de Carvalho e Avenida da Ponte – era o lá vem um…


Sinaleiro no início da Rua dos Clérigos – 1960



Capa de disco de Tristão da Silva


Os portuenses chamavam aos sinaleiros, de forma carinhosa, os “cabeças de gis”.

Hélder Pacheco lembra os tempos do sinaleiro:
“No tempo da minha infância não existiam sinaleiros nos cruzamentos, em cima de um estrado. Em certos locais, estavam postados no passeio accionando os comandos de um aparelho parecido com os dos carros-eléctricos manipulados pelos guarda-freios. Dali, faziam mudar as luzes de semáforos colocados sobre a rua. No meu bairro dos Clérigos, havia um dispositivo regulando o trânsito no cruzamento com os Lóios e Rua do Almada.
Ficava no passeio, em frente à Casa Daniel Barbosa, de que um dos membros, com o mesmo nome, seria Ministro da Economia. E, como só apregoava melhorias (no pós-guerra, de fome e miséria era quase provocação), a gente «do contra» começou a chamar-lhe o Daniel das Farturas.
Voltando aos sinaleiros: naquela época de polícia pouco cívica, nada amigável e ainda menos simpática, eram os únicos bem aceites e respeitados. Transmitiam a sensação de utilidade e segurança, e as pessoas gostavam. Embora alguns dessem grandes reprimendas a certos automobilistas, até isso humanizava a relação com a autoridade. (A uma amiga minha, muito azelha, um sinaleiro disse-lhe: «A senhora é tão incompetente que nem a quero ver mais à minha frente!») E a cidade, pelo Natal, rodeava-os de prendas e presentes para lhes agradecer os serviços prestados.
Se querem que lhes diga, em certos locais da cidade tenho a convicção de que um bom sinaleiro despachava melhor o trânsito do que os semáforos. É que, contrariamente a ele, o computador que regula a vida urbana não tem alma, percepção e inteligência activa para reagir interactivamente. É cego, surdo, mudo e estúpido. Por tudo isto, não posso deixar de saudar a decisão da PSP de voltar a colocar um sinaleiro na entrada da Ponte de Baixo, local pior do que mil diabos, onde, a certas horas, ninguém se entendia. Muito bem”.


Natal do sinaleiro



Depois de várias décadas de extinção voltaram no Natal de 2014

A dança do sinaleiro


Cruzamento da Circunvalação em Monte dos Burgos – decorada com bandeiras de vários países, tais como, Suíça, Itália, França, Alemanha, Holanda (?)… ainda se encontrava o posto da GNR - 1964


Praça Gonçalves Zarco, Avenida da Boavista, Avenida Montevideu e marginal para Matosinhos – Castelo do Queijo, o insalubre Bairro de Xangai à esquerda da Avenida da Boavista - belíssima foto Alvão.


Aqueduto transversal da Via Rápida - 1951


Via rápida - anos 70



Via Marechal Carmona vista da Rotunda dos Produtos Estrela


Rotunda dos Produtos Estrela

VCI em 1990 


Viaduto de Leça e via rápida (actual A28) em construção. Em primeiro plano o rio Leça antes da construção da doca n.º 2; à esquerda e em cima, a área florestal da quinta da Conceição.


Estação de serviço na Via Norte, junto à estalagem


Praça D. João I em 1957 – ainda não estão colocados os cavalos e nas caves existia a recauchutagem Invicta e uma estação de serviço e garagem no lado contrário.
Por curiosidade relembramos que para os dois pedestais esteve previsto colocarem-se as estátuas de D. João I e D. Filipa de Lencastre. Porém, Salazar vetou politicamente esta obra. Já existiam os projectos das estátuas. Como dizia o “outro”…”se não são D. João I e D. Filipa de Lencastre, que sejam um cavalo e uma égua”.




O Banco Português do Atlântico lançou o Telebanco na Praça D. João I. Em 1965 a publicidade anunciava “Vá ao Banco sem sair do seu carro”. O carro é o mesmo Porsche nas duas fotos. Pela quantidade de curiosos pode ter sido no dia da inauguração.


Rolls Royce - Visita do Presidente Américo Tomás à fábrica de sabonetes Ach. Brito – 1968

Auto clássico do Porto 2012 - JN

3 comentários:

  1. Olá
    Muitas destas imagens tenho-as na memória, mas não fazia ideia de que existiu telebanco. Já agora, como funcionava e para que servia? Terá sido o percursor do Multibanco?
    Cumprs
    Augusto

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  2. Sim. O Banco Português do Atlântico colocou na Praça D. João I um aparelho que permitia a ligação de um automobilista a uma caixa por meio de imagem e palavra. Depois de provada a sua idoneidade era-lhe enviada a importância pedida. Nunca a utilizámos, mas assistimos à sua utilização por automobilistas.

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  3. Já lá vão tantos anos,que saudades desse tempo maravilhoso apesar das dificuldades.

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