segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

ELÉCTRICO XIII

6.26.7 - O Eléctrico XIII - S. Pedro da Cova, Vagonetas com carvão, Resíduos da Siderurgia da Maia, Cestos de transporte aéreo de carvão, Zorras, O Inferno...existe, sim!!!, Museu do Carro eléctrico



Trabalhadoras das minas de S. Pedro da Cova já lavadas


In Museu Mineiro de S. Pedro da Cova




Transportando carvão da mina 



Vagonetas de carvão – ao fundo vê-se a entrada do elevador que levava à mina, que ficava a 450 metros de profundidade.


Descarga das vagonetas


In Museu Mineiro de S. Pedro da Cova


Abandono total!




Remoção de resíduos
http://portocanal.sapo.pt/noticia/88850/

http://public.vivacidade.org/informacao/remocao-dos-residuos-perigosos-de-s-pedro-da-cova-devera-terminar-em-maio/

S. Pedro da Cova abandonada


Projecto de linha de transporte aéreo de S. Pedro da Cova ao monte Aventino


Preparando a cesto metálico de transporte do carvão


Carregando cestos metálicos com carvão



“Hoje dou muito valor a esta fotografia tirada no meu Lugar de Broalhos da Freguesia de Medas do Concelho de Gondomar, mas na realidade quando este teleférico começou a trabalhar, em fins de 1958, inícios de 1959, foi uma dor de cabeça para os proprietários que tinham habitações debaixo dele, por vezes as cestas vinham cheias de mais e deitavam carvão para cima das mesmas habitações, embora tivesse esta protecção em rede como se vê na foto, mas para o carvão nada valia, mas ainda pior que o carvão era quando vinha a cesta em forma de bidão para fazer a lubrificação dos cabos, então é que era o cabo dos trabalhos, porque o óleo que escorria dos mesmos misturava-se com o carvão em cima das habitações ficava completamente tudo preto e gorduroso, também não se podia estender roupa a secar numa área cerca de 30 metros, isto porque o vento o atirava para cima dela, dai que muitos habitantes meteram processos em Tribunal, mas como estavamos no tempo da outra Senhora, ainda foram mais penalizados pelos mesmos Tribunais, esta fotografia com duas imagens do teleférico foi uma prova de defesa em Tribunal, que nada valeu. Estas mesmas cestas vieram a morrer cerca de 30 anos depois do inicio de actividade e o teleférico cerca de 40, hoje restam alguns maciços de betão dos postes”. Texto de Xavier Moreira 


A zorra – transportava o carvão de S. Pedro da Cova para a central geradora de Massarelos – esta fechou em 1957 – transportava também outros materiais da Carris. Servia ainda para entrega de carvão a fábricas do Porto.


1960


Na Praça Gonçalves Zarco


Zorra abandonada

Zorra 53 recuperada


“O Cavalete do Poço de São Vicente localiza-se na mina de carvão da freguesia de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, distrito do Porto, em Portugal.
Constitui-se no "ex libris" da freguesia, testemunho da importância atividade mineradora que, durante cerca de 17 décadas, fizeram da freguesia um centro industrial de inquestionável valor para a economia nacional.
Embora a exploração da mina remonte ao início do século XIX, o atual cavalete foi erguido em 1934.
Em precário estado de conservação, fruto da oxidação dos seus elementos estruturais, a comunidade mobilizou-se em torno do "Movimento Cívico em Defesa do Património Histórico-cultural de S. Pedro da Cova", visando protegê-lo.
Graças a esse esforço, encontra-se classificado como Monumento de Interesse Público pela Portaria nº 221/2010, que refere:
A classificação do cavalete de extração de carvão e instalações do poço de São Vicente da Mina de São Pedro da Cova justifica-se pelo valor histórico, técnico-construtivo e social. O cavalete e toda a paisagem do antigo couto constituem hoje o principal suporte de memória da importante actividade mineira que se desenvolveu desde o início do século XIX em São Pedro da Cova. As instalações do antigo couto mineiro evocam o mundo duro do trabalho nas minas e são por isso um verdadeiro monumento ao trabalho. Releva-se o impacte cenográfico, a raridade e a exemplaridade do cavalete em betão armado, construído em 1934 com 38 m de altura, exemplar notável de construção industrial que atesta a elevada qualidade e capacidade de concretização da engenharia nacional”. In Wikipédia


 “O INFERNO ... EXISTE, SIM !!!
"Este post é também uma homenagem àqueles que trabalharam no "inferno" 
... Os que trabalhavam “enterrados vivos” !
Sabem de que "inferno" se tratava?
O carvão de S. Pedro da Cova foi descoberto em 1795, mas só nas primeiras décadas de 1900 é que a exploração das minas atingiria o apogeu, com uma extração de cerca de 330 mil toneladas por ano. A Freguesia de Gondomar deu trabalho a milhares de pessoas de toda a zona Norte e até do Alentejo. Nas minas de S. Pedro da Cova trabalharam famílias inteiras. Para contar as memórias das minas já restam poucas vozes...


Gasómetro mineiro

...Os homens entravam para as minas por um elevador ("jaula") encastrado no que é hoje o Cavalete de S. Vicente e desciam quase 94 metros. O lugar mais fundo ficava a 450 metros de profundidade e só se atingia a pé. 
Levavam o farnel ao ombro, o gasómetro numa mão e o machado na outra. Da "jaula" seguiam, descalços sobre as pedras afiadas, para as suas frentes de trabalho, onde picavam as camadas de carvão durante oito horas. O trabalho tinha de ser muito bem feito, senão ficavam soterrados.
Nos tempos áureos, as minas davam trabalho a gente do Douro Litoral, Minho e até do Alentejo. Chegaram a empregar mais de 1600 pessoas, entre homens, mulheres, rapazes e raparigas.
As mulheres trabalhavam a céu aberto, habitualmente desempenhando trabalho físico violento, enquanto, maridos e filhos faziam o seu trabalho no fundo da mina. Era normal trabalharem lá famílias inteiras.


Linha aérea do transporte do carvão até ao Monte Aventino

O carvão era transportado para o Monte Aventino (zona das Antas), no Porto, nestas vagonetas ,(as “cestinhas do carvão”) suspensas de um cabo aéreo, com nove quilómetros de extensão. Daí se fazia a distribuição para toda a cidade, que o utilizava nas cozinhas (fogões, lareiras e aquecimento). No regresso, as vagonetas paravam na estação de comboios de Rio Tinto, para carregar a madeira que servia para escorar as paredes subterrâneas. Na segunda metade do século XX, a chegada do petróleo põe fim à história do carvão. Quase 40 anos depois, S. Pedro da Cova é hoje um dormitório da Área Metropolitana do Porto, freguesia praticamente estagnada, com poucas aspirações e muitos dependentes do Rendimento Social de Inserção. 
Contam-se histórias de vidas tristes, de fome, de condições de trabalho miseráveis, de lutas sociais e da opressão daqueles tempos. 
Muitos mineiros, não se sabe quantos, se não morreram soterrados, ficaram com sequelas irreversíveis nos pulmões. Por trás da capela ergue-se o Cavalete do Poço de S. Vicente, quase em ruína, à espera que alguém o recupere e o transforme num museu vivo, com possibilidade de descer à mina e experimentar a sensação de "trabalhar enterrado", como os mineiros diziam”. Texto de Rui Bica

As minas de S. Pedro da Cova – Invicta Filme - 1917 






Anos 60





Banda de S. Pedro da Cova – 1960



Banda musical de S. Pedro da Cova




S. Pedro da Cova abandonada

http://manuelc2005.blogspot.pt/2014/05/13630-mina-de-carbon-en-sao-pedro-da.html




No Museu do Carro Eléctrico







Museu do Carro Eléctrico – inaugurado em 1992



O eléctrico no Porto 1979 – You Tube




Um eléctrico chamado Piolho – pregões do Porto




O Carro Eléctrico - Fernando Pinheiro Martins





Revolução nos transportes do Porto – 1/1/2017 






História dos transportes no Porto - STCP 


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