6.26.9.6 - O automóvel V - Automobilismo no Estádio do Lima, Circuito da Boavista, Construção do túnel da Ribeira, Visita de Isabel II ao Porto
Simca - 1934
"A SIMCA (Société Industrielle de Méchanique et Carrosserie Automobile) foi fundada por Henri-Théodore Pigozzi em Nanterre, em França, em Novembro de 1934. O objectivo da empresa era produzir automóveis Fiat para o mercado francês- Em 1951 a Simca avançou o seu primeiro automóvel independente da Fiat, mas em 1967 a Simca viu a Chrysler a aumentar firmemente a sua participação na empresa para mais de 90% em 1970. O nome da empresa foi alterado para Chrysler France e a marca Simca foi posta de parte. Quando a Peugeot-Citroën comprou os negócios da Chrysler na Europa, a marca Simca foi revitalizada durante algum tempo, como Simca-Talbot, mas em breve a Simca acabou por encerrar definitivamente.
SIMCA (Société industrielle de Méchanique et Carrosserie Automobile)". In Autoviva
Simca 8 - 1951
Corridas de automóveis no Estádio do Lima – Anos 50
Rali do Porto – 1951 – no Estádio do Lima
Também assistimos a corridas de "midgets", uns pequenos carros em corridas espectaculares.
Circuito de 1950 e anos seguintes
Sobre o desporto automóvel no Porto poderão ler uma larga reportagem nos lançamentos de 20/1 e 24/1 de 2014. Porém damos abaixo alguns momentos históricos.
Stagnolli e Castellotti em Ferrari, no II Grande Prémio de Portugal – 1952 – vencedor Castellotti.
Casimiro de Oliveira foi o 2º. Classificado, também em Ferrari
II Grande Prémio de Portugal - 1952
Grande Prémio do Porto – 1958
Simca sport pilotado por Francisco Bento Borges – rally das Antas - 1955
António Fragoso Correia Leite – Fiat especial – Rally das Antas - 1957
Os prédios ao fundo da Rua do Infante D. Henrique foram demolidos para a abertura do túnel da Ribeira.
Túnel da Ribeira – início da construção do lado poente – 1947
Início dos trabalhos no lado nascente - vêm-se as colunas de apoio da ponte D. Maria II e a Capela da Lada.
Construção do túnel da Ribeira – obras de abertura em 1947 – foi o primeiro túnel rodoviário de Portugal.
Em 7 de Agosto de 1947 parte da Capela do Ferro abateu provocado pelas obras do túnel da Ribeira.
Desde que se construiu este túnel os portuenses ganharam o hábito de buzinar fortemente dentro dele. E este hábito tornou-se um vício. Terrível vício pois, dada a amplificação do som, era ensurdecedor passar sem uma terrível dor de cabeça. Nesses anos ainda não havia o ar condicionado pelo que os automobilistas viajavam com as janelas abertas... Bom, eu também buzinei muitas vezes! Entretanto o vício passou e hoje tem que se passar com as janelas fechadas por causa da poluição dos escapes.
Porto Photography
O painel da Ribeira Negra é um enorme mural de azulejos, que celebra a vida no distrito da Ribeira do Porto. Foi criado em 1987 pelo pintor português Júlio Resende tendo os azulejos sido pintados à mão.
Inaugurado em 28/5/1956
“O TÚNEL DA RIBEIRA - O primeiro túnel rodoviário que se fez em Portugal
O túnel da Ribeira vai entrar em obras de manutenção. Durante algum tempo vai estar desativado, isto é, fora de serviço ou a funcionar apenas parcialmente. Por sugestão da colega Carla Sofia Luz, que há tempos se ocupou destas obras, aqui nas páginas do JN, pareceu-me oportuno falar um pouco, nesta crónica, não apenas da história do túnel, mas também, e sobretudo, da zona da cidade que o envolve e que é, por sinal, uma das mais antigas e das mais interessantes.
Em 1940, a Direção Hidráulica do Douro era a entidade que superintendia sobre a zona ribeirinha do rio Douro. Nesse mesmo ano, a Hidráulica, como era geralmente conhecido aquele organismo, por incumbência do eng.° Duarte Pacheco, então ministro das Obras Públicas, pediu ao eng.° Bernardo Ferrão que elaborasse um anteprojeto para o prolongamento da estrada marginal, na margem direita do rio Douro, entre a ponte de Luís I e a Foz.
O trabalho foi feito. Previa, na zona da Ribeira, a passagem da estrada à cota das atuais ruas de Cima do Muro, do Muro dos Bacalhoeiros e da Praça da Ribeira, sobre uma monumental arcaria de granito.
O projeto acabou por não ser concretizado. E, em vez dele, surgiu a ideia do túnel. Este foi o primeiro túnel rodoviário que se construiu em Portugal. Em agosto de 1945, uma notícia publicada aqui no JN dizia o seguinte: "prosseguem os trabalhos da marginal. O túnel da Ribeira vai adiantado e até ao fim do ano espera-se que a estrada chegue ao esteiro de Campanhã". Parece que não aconteceu como previsto. É que, quatro anos depois daquela notícia (junho de 1949), outra apareceu, também nas colunas do JN, mas esta bastante alarmante. Dizia isto: "por causa das obras do túnel deu-se um grave aluimento de terras na escarpa, pondo em perigo a integridade do edifício do Seminário Maior". Bom, parece que o perigo acabou por ser debelado e o túnel lá foi inaugurado, pelo então presidente da República, general Craveiro Lopes, no dia 28 de maio de 1956. Exatamente 30 anos depois da revolução de 28 de maio de 1926 que implantou o regime ditatorial do Estado Novo em Portugal.
E agora a zona envolvente. Sabe-se da importância que o rio Douro sempre teve na vida da cidade. Foi através dele que se desenvolveu a maior parte da atividade mercantil que tornou próspero o velho burgo portucalense. Não admira, portanto, que, ao longo dos tempos, as autoridades responsáveis pela administração da cidade tenham tido a preocupação de tratar de forma especial os aspetos urbanísticos daquela zona, tendo em conta "os benefícios do comércio e a segurança dos navios".
Foi, pois, dentro deste espírito empreendedor que, o extenso cais, na margem direita do rio, em frente à Ribeira, que se prolonga dos Guindais até Massarelos, foi objeto de importantes obras de melhoramento, durante todo o século XVIII. O túnel liga a marginal dos Guindais com a Rua do Infante D. Henrique que, desde a sua abertura (1395), no tempo de D. João I, teve várias denominações: Rua Formosa, Rua Nova, Rua Nova de S. Nicolau, Rua Nova dos Ingleses, Rua dos Ingleses e Rua do Infante D. Henrique. Quando lhe puseram o nome de Rua Nova, já havia na cidade uma artéria com aquela designação que teve de mudar de nome. Passou a chamar-se Rua Escura.
O nome de Rua dos Ingleses prevaleceu até 1890, até ao Ultimatum inglês. A partir desta data, a artéria passou a ter o nome do Infante que, segundo antiga tradição, terá nascido ali muito perto.
A esta rua convergiam duas importantes artérias do Porto antigo: a Rua da Alfândega Velha ("rua que desce da Rua Nova para o cais e casa do Almazém) que é a nossa conhecida Rua da Alfândega; e a Rua de São João que começou por se chamar Rua Nova de São João.
Entretanto, outras desapareceram e algumas com nomes bem curiosos, como: Vale das Pegas, Calca Frades, Congostas, Oliveiras, Ourivesaria, Forno Velho, Rossio d'El Rei, e tantos outros. A abertura da Rua de São João (1756) fazia parte de um plano de trabalho que estava incluído no grande projeto urbanístico de João de Almada e Melo e que visava a transformação completa de toda a malha urbana medieval junto ao rio. Com a concretização deste plano, a zona ribeirinha passava a ficar ligada, de uma forma cómoda, rápida e eficaz, com a parte alta da cidade que começava, também ela, a desenvolver-se com a criação de novas áreas residenciais da parte de fora da muralha fernandina. Assim, quem saísse da Praça da Ribeira passava a ter acesso fácil, por exemplo, à Rua do Almada, através do Largo de São Domingos”.Texto de Germano Silva - J N. 30-06-2013.
O túnel da Ribeira vai entrar em obras de manutenção. Durante algum tempo vai estar desativado, isto é, fora de serviço ou a funcionar apenas parcialmente. Por sugestão da colega Carla Sofia Luz, que há tempos se ocupou destas obras, aqui nas páginas do JN, pareceu-me oportuno falar um pouco, nesta crónica, não apenas da história do túnel, mas também, e sobretudo, da zona da cidade que o envolve e que é, por sinal, uma das mais antigas e das mais interessantes.
Em 1940, a Direção Hidráulica do Douro era a entidade que superintendia sobre a zona ribeirinha do rio Douro. Nesse mesmo ano, a Hidráulica, como era geralmente conhecido aquele organismo, por incumbência do eng.° Duarte Pacheco, então ministro das Obras Públicas, pediu ao eng.° Bernardo Ferrão que elaborasse um anteprojeto para o prolongamento da estrada marginal, na margem direita do rio Douro, entre a ponte de Luís I e a Foz.
O trabalho foi feito. Previa, na zona da Ribeira, a passagem da estrada à cota das atuais ruas de Cima do Muro, do Muro dos Bacalhoeiros e da Praça da Ribeira, sobre uma monumental arcaria de granito.
O projeto acabou por não ser concretizado. E, em vez dele, surgiu a ideia do túnel. Este foi o primeiro túnel rodoviário que se construiu em Portugal. Em agosto de 1945, uma notícia publicada aqui no JN dizia o seguinte: "prosseguem os trabalhos da marginal. O túnel da Ribeira vai adiantado e até ao fim do ano espera-se que a estrada chegue ao esteiro de Campanhã". Parece que não aconteceu como previsto. É que, quatro anos depois daquela notícia (junho de 1949), outra apareceu, também nas colunas do JN, mas esta bastante alarmante. Dizia isto: "por causa das obras do túnel deu-se um grave aluimento de terras na escarpa, pondo em perigo a integridade do edifício do Seminário Maior". Bom, parece que o perigo acabou por ser debelado e o túnel lá foi inaugurado, pelo então presidente da República, general Craveiro Lopes, no dia 28 de maio de 1956. Exatamente 30 anos depois da revolução de 28 de maio de 1926 que implantou o regime ditatorial do Estado Novo em Portugal.
E agora a zona envolvente. Sabe-se da importância que o rio Douro sempre teve na vida da cidade. Foi através dele que se desenvolveu a maior parte da atividade mercantil que tornou próspero o velho burgo portucalense. Não admira, portanto, que, ao longo dos tempos, as autoridades responsáveis pela administração da cidade tenham tido a preocupação de tratar de forma especial os aspetos urbanísticos daquela zona, tendo em conta "os benefícios do comércio e a segurança dos navios".
Foi, pois, dentro deste espírito empreendedor que, o extenso cais, na margem direita do rio, em frente à Ribeira, que se prolonga dos Guindais até Massarelos, foi objeto de importantes obras de melhoramento, durante todo o século XVIII. O túnel liga a marginal dos Guindais com a Rua do Infante D. Henrique que, desde a sua abertura (1395), no tempo de D. João I, teve várias denominações: Rua Formosa, Rua Nova, Rua Nova de S. Nicolau, Rua Nova dos Ingleses, Rua dos Ingleses e Rua do Infante D. Henrique. Quando lhe puseram o nome de Rua Nova, já havia na cidade uma artéria com aquela designação que teve de mudar de nome. Passou a chamar-se Rua Escura.
O nome de Rua dos Ingleses prevaleceu até 1890, até ao Ultimatum inglês. A partir desta data, a artéria passou a ter o nome do Infante que, segundo antiga tradição, terá nascido ali muito perto.
A esta rua convergiam duas importantes artérias do Porto antigo: a Rua da Alfândega Velha ("rua que desce da Rua Nova para o cais e casa do Almazém) que é a nossa conhecida Rua da Alfândega; e a Rua de São João que começou por se chamar Rua Nova de São João.
Entretanto, outras desapareceram e algumas com nomes bem curiosos, como: Vale das Pegas, Calca Frades, Congostas, Oliveiras, Ourivesaria, Forno Velho, Rossio d'El Rei, e tantos outros. A abertura da Rua de São João (1756) fazia parte de um plano de trabalho que estava incluído no grande projeto urbanístico de João de Almada e Melo e que visava a transformação completa de toda a malha urbana medieval junto ao rio. Com a concretização deste plano, a zona ribeirinha passava a ficar ligada, de uma forma cómoda, rápida e eficaz, com a parte alta da cidade que começava, também ela, a desenvolver-se com a criação de novas áreas residenciais da parte de fora da muralha fernandina. Assim, quem saísse da Praça da Ribeira passava a ter acesso fácil, por exemplo, à Rua do Almada, através do Largo de São Domingos”.Texto de Germano Silva - J N. 30-06-2013.
Em 22/2/1957 o Porto recebeu a visita da Rainha Isabel e Inglaterra e seu marido. Preferiram seguir em carro aberto pelo que os bombeiros puseram um camião à sua disposição.
Cadillac que transportou a rainha Isabel II ao Palácio da Bolsa
Leitaria da Quinta do Paço – 1960
Olá
ResponderEliminarO que eu gostava de ter um «midget»......
Cumprs
Augusto