domingo, 23 de outubro de 2016

TRANSPORTES DE TODAS AS FAZENDAS POR TERRA - II

6.25.2 - Transporte de todas as fazendas por terra - II



Burros de carga

Do livro Fábulas e Historietas de Acácio de Paiva retirámos este poema, que recitávamos em criança: 

O gerico do Clemente
Não desfazendo em ninguém
Era o burro mais paciente
De Vila Nova d’ Ourém

Que mártir, as 5.as feiras,
Quando ia para o mercado
Carregadinho, ajoujado
Com sacas, fardos e ceiras!

Se eu lhes disse que o jumento
Carregava como um macho,
Palavra que não invento,
Calculo ainda por baixo.

E era tão forte o costume
Que fosse o peso qual fosse,
No seu olhar triste e doce
Não se lia um azedume.

Um dia, vendo-lhe as chagas,
Compadecido, o patrão
Resolveu, com muitas pragas,
Melhorar-lhe a situação.

E pôs-lhe em cima um carrego.
Tao leve, tão maneirinho,
Que até no dedo mendinho
O levaria um galego!

Pois, não lhe digo mais nada!
O pacientíssimo bruto,
Ao sentir sobre a lombada
Um peso tão diminuto,

Pôs-se aos coices a zurrar,
A recusar o serviço
E naquele reboliço
Atirou a carga ao ar!

Conheço muito casmurro
Que, em sendo tratado bem,
Agradece como o burro
De Vila Nova de Ourém.




Almocreves tratando da pata de um burro


Almocreves de Valongo


Azeiteiro do Porto - pintura de Columbano



Azeiteiro de Matosinhos


Carroça


Vendedor de hirtaliça na Rua da Senhora da Luz


Praça D. Pedro e Rua dos Clérigos em dia de grande movimento; talvez a uma terça-feira ou sábado – fim século XIX ou princípio do XX. A Rua dos Clérigos ainda era arborizada do lado esquerdo.


Muro dos bacalhoeiros . c. 1900


“Camionete fantasma” da "noite sangrenta" de 19/10/1921

Revolta de 19/10/1921


Camiões ao lado da Sé

Tal como no transporte de passageiros, em que os veículos a motor destronaram os de tracção animal, também as camionetes acabaram com as carroças.


Do Blog Poiszé


Que exagero!



Foi, nos anos 40 a 60 um dos mais importantes transportadores do Porto

Na sequência do trecho anterior, A.R.C. refere:


…e A. R. C. não sonhava com as estridentes e irritantes amplificações que agora se ouvem pelas nossas deliciosas aldeias…



Sino do relógio da Sé e pormenor – 1697- Manuel Ferreira Gomes – foto de Nuno Ferreira


Sinos antigos da Torre dos Clérigos


Torre dos Clérigos - Foto de Victor M. C. Santos


Carrilhão da Igreja dos Clérigos - foto de Victor M. C. Santos


Foto Carla Silva

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