sábado, 1 de outubro de 2016

ARTES E OFÍCIOS - XXI

6.24.21 - Artes e Ofícios - Publicidade - I


Hotel Estrella do Norte – publicidade 1865


1877

Camisaria Confiança – publicidade fatos de banho – 1890


1893


1907

“A "Camisaria Confiança", inicialmente um pequeno espaço comercial, foi fundada em 1883 e ampliada em 1894, dando origem à "Fábrica Confiança". 
Situava-se na rua de Santa Catarina, anexa ao "Grande Hotel do Porto" e nela trabalhavam cerca de mil mulheres, nas seguintes secções: "ateliers de corte e de costura, lavandaria com secador a vapor, oficina de brunis, ateliers de roupa branca para homem e em especial para roupas de senhora e de criança, fabrico de caixas de cartão e (…) no luxuoso e vasto salão de vendas. Na Fábrica Confiança produzia-se desde o simples lenço de linho à mais custosa toillette de senhora". In O Porto Desaparecido


Fábrica de Chapéus Costa Braga

“A firma Costa Braga & Filhos, Lda. engloba em si uma história de 140 anos. Muitas pessoas, das mais variadas idades passaram por esta casa, tendo chegado a trabalhar nela gerações de famílias. É que falar da história desta firma, obriga a recuar até meados do século XVIII. 
Com efeito, foi em 7 de Julho 1866 que surgiu na Rua Firmeza, no Porto, a fábrica então denominada “Real e Imperial Chapelaria a Vapor de Costa Braga & Filhos”, só mais tarde se conjugando loja e fabrico nas actuais instalações da Rua 31 de Janeiro.” Site desta empresa



Fundada em 1894


«Numa época em que os sabonetes e os perfumes estavam apenas ao alcance das classes sociais mais abastadas e arredios do quotidiano da sociedade portuguesa, Ferdinand Claus e Georges Ph. Schweder -- dois alemães radicados em Portugal -- dão mostras de um corajoso empreendedorismo e fundam, no Porto [em 1887], a primeira fábrica nacional de sabonetes e perfumes, batizada de Claus & Schweder. Com um arrojo conservador, os produtos são comercializados sob a marca “FPC - Fábrica de Produtos Chimicos Claus & Schweder, Sucrs”, o que lhes permitiu, por um lado, estimular o mito de que os artigos eram de origem estrangeira e, por outro lado, respeitar os gostos e expectativas que caracterizavam a mais elevada estirpe social, habituada a consumir produtos de higiene importados. Com rótulos sugestivamente estrangeiros, mas genuinamente nacionais, surgem então no mercado várias linhas de produtos que paulatinamente se foram integrando pela qualidade nos hábitos dos portugueses, ganhando grande popularidade ao ponto da empresa ter sido honrada [em 1908] com a visita do rei de Portugal, D. Manuel II.»




Foto de A Vida Portuguesa

“A Ach Brito é empresa antiga, quase centenária (nasceu em 1918), e tão histórica que até detém duas marcas ainda mais velhas do que ela - Claus (1887) e Confiança (1894)… 
Antes, havia uma empresa que "não chegava aos dois milhões de euros" de volume de negócios, exportava pouco (cerca de 10%, só para EUA e Inglaterra), quase só vendia para o mass market (mercado de massas, com baixas margens de lucro... Agora, há "4,4 milhões de facturação", centenas de clientes ("já não dependemos do mass market, exportamos para cerca de 50 países"), 13 funcionários licenciados ("renovação feita com completa paz social") e instalações "com outra dignidade e equipamentos remodelados (que mantêm o processo de produção)"…
O passado - claro - está sempre presente quando se fala da produtora de sabonetes fundada por Achilles [daí vem o Ach] de Brito. Com o passar dos anos, a empresa nortenha (sediada em Vila do Conde) cresceu: primeiro comprou a homóloga Claus Porto (após os seus mentores alemães, Claus e Schweder, deixarem o País devido à I Guerra Mundial) e, depois, já em 2007, tomou conta da antiga rival Confiança. Mas nunca deixou de ter os pés assentes no chão”. Selecção de um artigo no JN





1930



Publicidade na Exposição Colonial - 1934





Locução de Pedro Moutinho – um dos melhores locutores que conheci na rádio portuguesa.

Vídeo Ach Brito




…Mas é nesta época que surge um novo tipo de brinquedo, destinado em primeiro lugar à classe burguesa portuense fin de siècle. Os brinquedos de luxo destacam--se pela beleza, pelo tamanho e pela originalidade, infantilizando os adultos. É então que surgem as bonecas movidas a molas, por vezes de tamanho natural, as miniaturas de porcelana fina ou os vestidos de seda para bonecas. Aparecem também jogos com maquinismos, lanternas mágicas, jogos magnéticos e de movimento, cordeiros que balem.


Pelos automóveis parece uma fotografia dos anos 50

A singularidade dos brinquedos importados, em que assenta a ideia de Fassini e o investimento do visconde de Gândara, depressa faz prosperar o negócio, de tal modo que em pouco tempo se inaugurara um segundo bazar, na Rua Sá da Bandeira. 
Sobre os Fassini hoje pouco mais se sabe além de que vendeu em 1903 à família Vilas-Boas o bazar da Rua de Sá de Bandeira, que ainda hoje existe na mesma morada e é considerado o bazar de brinquedos mais antigo do país. Também se sabe a partir de testemunhos escritos da época que Júlio Fassini terá regressado rico à Itália natal, onde terá morrido, de novo na miséria. A filha mais velha, Frederica, falece em Milão e a mais nova, Angelina, em Portugal, pouco depois do Natal de 1914. 
Independentemente do destino posterior dos empreendimentos dos Fassini no Porto, o legado da família ao imaginário colectivo portuense é precioso”. In IONLINE – 25/12/2013 – Sérgio Costa Araújo.


Farmácia Lemos – Praça Carlos Alberto – 1905

Tomámos em criança óleo de fígado de bacalhau. Era-nos dado anualmente e diziam-nos ser muito importante para o crescimento. Mas o sabor era horrível!


1905


1905


1905


1905


1911

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