quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

ELÉCTRICO IX

6.26.7 - O Eléctrico IX - Em Matosinhos e Leixões, Venda  de eléctricos para os E.U.A., Posto de comando, Rede dos eléctricos do Porto, Greve de 1909


Isto é, Máquina e Eléctrico, enquanto ambos circulavam - cruzando-se em Matosinhos 


Ponte do Rio Leça - 1903 - Construída em 1887 para a travessia do carro americano, esta ponte foi utilizada pelo eléctrico a partir de 1897.



Comboio e eléctrico cruzam-se em Leixões – foto Os Velhos Elétricos do Porto


Rua Brito Capelo


Quando começou a tracção eléctrica houve empresas que alugavam à carris carros para transportar mercadorias. Acima vemos o transporte de barris de vinho da Companhia Vinícola Portuguesa em Leixões. Foto de Os Velhos Eléctricos do Porto.


Zorra com malas de emigrantes para o Brasil, em Leixões. Foto Os velhos eléctricos do Porto.


Um eléctrico “belga” no fim da linha 9 em Ermesinde


“O eléctrico n.º 249, encaixotado, quase pronto para viajar para os Estados Unidos da América, em 1972.
Adquirido, em 1904, pela "Companhia Carris de Ferro do Porto" ao fabricante norte americano "J. G. Brill", este veículo (exemplar único) esteve de serviço até ao início da década de 1970. 
Em outubro de 1972, foi vendido pelo então designado "Serviço de Transportes Colectivos do Porto" ao Rockhill Trolley Museum (nos EUA), onde ainda hoje se encontra. In Porto Desaparecido


O 122 está em S. Francisco (USA)

Um nosso amigo enviou-nos o site do museu nos E.U.A. onde estão eléctricos do Porto
http://rockhilltrolley.org/

Desfile de electricos em 2012


Eléctrico construído nos anos 10 do séc XX – Foi esta série que nós conhecemos e nos transportou centenas de vezes.


Interior da série dos amarelos – este eléctrico já tinha assentos revestidos em napa e o guarda freio ia sentado – anteriormente tinham bancos forrados de palhinha, muito bonitos, cómodos e frescos, e o guarda freio ia a pé – já tinha travões a ar comprimido que substituíram os mecânicos, com uma pesada manivela em metal, que exigia muita força e destreza para travar – por vezes para uma paragem mais eficiente carregava num pedal que deitava areia nos carris – a campainha exterior era pressionada num outro pedal – tinha pegas em metal e duas correias em couro para o passageiro tocar uma vez para parar e o condutor duas vezes para reiniciar a viagem.


Combinador do Guarda Freio – aqui ainda dirigia de pé e já tinha um travão de ar comprimido, o que tornava muito mais fácil a condução.


Carris – toques de campainha do eléctrico
DO ESTUDO O CARRO ELÉCTRICO DO PORTO:
- Do condutor para o guarda-freio:
1 Toque – Parar na primeira paragem
2 Toques – Iniciar a marcha
3 Toques – parar repentinamente
4 Toques – Recuar
5 Toques – Não parar para receber passageiros
6 Toques – Voltar às condições normais
- Do guarda-freio para o condutor:
2 Toques – Prevenir o condutor de qualquer perigo
3 Toques – Chamar o condutor à fala
4 Toques – Atenção ao trólei
5 Toques – Aplicar o travão da retaguarda


Rede de eléctricos em 1902 – História do Porto – Luis Oliveira Ramos


Rede de comboios e eléctricos em 1913


Rede dos eléctricos em 1914 – a vermelho mais claro linhas não exploradas


A extensão máxima dos electricos deu-se em 1950, com 82 kms de linhas e 150 kms. de carris.



Nos últimos anos alguns eléctricos circulam no centro da cidade como atracção turística.

“A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto reconstruiu integralmente o antigo carro eléctrico 220 e vai recolocá-lo ao serviço a partir de sexta-feira.
Trata-se do sexto carro eléctrico das décadas de 1930 e 1940 do século passado que a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) reconstrói para operar nas três linhas actualmente disponíveis na cidade e vocacionadas para o serviço turístico.
No ano passado, os elétricos do Porto transportaram 430 mil passageiros, mais oito por cento do que em 2010.
Em comunicado, a STCP assegura que a reconstrução do eléctrico 220 permitiu dotá-lo de mais conforto e segurança para os passageiros, "sem com isso comprometer as características históricas que fazem deste veículo um ex-líbris do Porto e da região".


Durante a viagem inaugural do renovado eléctrico, a iniciar às 11 horas, no Museu do Carro Eléctrico (Massarelos), será apresentada a nova imagem do serviço "Porto Tram City Tour".
A STCP aproveitará ainda para lançar um conjunto de novos artigos de 'merchandising' idealizados para reforçar a presença da marca "carro eléctrico do Porto" junto dos turistas que procuram o destino Porto e Norte de Portugal.
A rede de elétricos da cidade do Porto foi lançada em 1895 e mais do que duplicou a sua procura por alturas da II Grande Guerra, devido às restrições ao consumo de gasolina”. 


Greve na Carris de Ferro do Porto em 1909 – Ilustração Portuguesa – No blog Doutro Tempo

Durante a greve arranjaram-se diversas maneiras de se conduzirem passageiros: o vapor Tritão que ligava as Escadas das Padeiras e à Cantareira; trens que substituíam os americanos; o vapor Águia que ligava o Porto a Leça da Palmeira



Durante a greve, na remise da Boavista


Na greve de 1909 um militar a conduzir um eléctrico


Pedido de autorização para colocação de tabuleta num poste da Companhia de Carris de Ferro do Porto, 1938.

2 comentários:

  1. Caro Rui Cunha

    Reparei num pequeno pormenor na rede de linhas. A linha 19 quando terminou em 1993, só ligava a Boavista a Matosinhos. Penso que o trajecto Praça-Matosinhos (via Palácio) só se efectuou até 1980.


    Cumprimentos
    Hugo Martins

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  2. Muito obrigado pelo seu útil comentário. São pormenores que fazem a história.
    Cumprimentos
    Rui Cunha

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