6.26.6 - A Máquina II - Estação de Cadouços. A Máquina na Foz e Matosinhos, A Máquina na linha Penafiel à Lixa
Na estação de Cadouços - O nosso leitor e amigo Sr. José Fiacre corrigiu o local que havíamos erradamente indicado como Matosinhos. Em Cadouços ainda existe o mesmo prédio.
Linhas da Máquina na Boavista dada a ausência de cabos eléctricos.
Ervilha - caminho onde passava a Máquina antes de chegar a Cadouços
In Os velhos eléctricos do Porto
"A primitiva linha 18 do elétrico ligava a praça da Liberdade a Matosinhos, utilizando dois meios de transporte distintos: a máquina e o elétrico. À máquina competia o itinerário compreendido entre a Boavista e Matosinhos e ao eléctrico o percurso entre a Boavista e a praça da Liberdade. Neste registo fotográfico observamos a máquina a passar no viaduto (ou ponte) de Cadouços, construído entre o largo de Cadouços (atual largo do Capitão Pinheiro Torres de Meireles) e a rua Nova do Túnel (hoje rua de Cândida Sá de Albergaria), para cruzar, a nível superior, a então rua da Fonte de Cadouços (actual rua da Fonte da Luz). Esta ligação a Matosinhos foi suprimida em 1914, desaparecendo a primeira versão da linha 18 e a peculiar máquina da então Companhia Carris de Ferro do Porto". In Velhos Eléctricos do Porto.
A máquina nas ruas da Foz – In Os velhos eléctricos do Porto
A Máquina, como era conhecida, iniciou a sua actividade em 1878 desde a Boavista à estação de Cadouços, na Foz. Em 1882 chegou a Matosinhos.
Os atrelados vinham de várias zonas da cidade puxados pelos cavalos e eram atrelados à máquina que os levava até Matosinhos. O percurso era: descida da Av. Boavista, Caminho da Ervilha, Mercado da Foz, Rua da Cerca, Cadouços, Túnel, R. da Gondarém, Castelo do Queijo e Matosinhos na R. Brito Capelo.
Deixou de circular em 25/11/1914, dando lugar aos eléctricos que desciam a Avenida da Boavista.
Máquina com 5 atrelados – foto de Aurélio Paz dos Reis
A Máquina 7, a última a ser comprada
O túnel da Luz
A Máquina passava na rua de Gondarém – aqui na esquina da Rua do Crasto e sua Capela - 1907 - em primeiro plano duas senhoras e crianças muito bem vestidas e com chapéus, contrastando com o povo da Foz.
Villa Delphina - a Máquina a caminho do Castelo do Queijo – a quem terá pertencido esta mansão? – foto de Aurélio Paz dos Reis.
No final da Rua de Gondarém
Perto do Castelo do Queijo - 1903
A Máquina a caminho de Matosinhos entre 1895 e 1914 – na outra linha o eléctrico – In Os Velhos Eléctricos do Porto
A Máquina cruzava-se com o eléctrico em Matosinhos entre 1895 e 1914
Bilhete de 10 cêntavos de ida e volta Boavista-Matosinhos – anos 10 séc. XX
Após o encerramento da Máquina no Porto parte do material foi vendido para a linha de Penafiel /Lixa/Entre-os-Rios.
Penafiel
Acção de 50.000 Reis da C. C. F. de Penafiel à Lixa.
Sobre esta legenda: "Villa Delphina - a Máquina a caminho do Castelo do Queijo – a quem terá pertencido esta mansão? – foto de Aurélio Paz dos Reis.", posso afirmar que não é Vila Delphina (Av.da Bovista, em frente à actual Av. Mal Gomes da Costa). Deve ser alguma casa da Av. Montevideu ou da Rua de Gondarém, já próxima do Castelo do Queijo, entretanto destruída.
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ResponderEliminarMuito obrigado aos dois caros leitores que fazem os seus comentários.
ResponderEliminarQuanto à Villa Delfina devemos dizer que esperávamos já que fosse na Foz, a caminho do Castelo do Queijo. Onde recolhemos esta foto indicava este nome. Poderia ter havido duas mansões com o mesmo nome.
Concordamos que se deve ler 10 centavos.
Muito obrigado uma vez mais.
A Villa Delfina ainda existe!! Está na Av. da Boavista junto ao Colégio do Rosário. A confusão deve-se provavelmente ao facto de ambas terem sido desenhadas por António da Silva.
ResponderEliminarMas é essa Vila Delphina, da Avenida da Boavista, em frente à Av. Mal. Gomes da Costa que eu digo que não é a da fotografia.
ResponderEliminarVejam por favor esta vista do Google: https://www.google.fr/maps/@41.162408,-8.6564995,3a,63.8y,-2.68h,94.67t/data=!3m6!1e1!3m4!1sVcrbYF1M2YwRkTu6XmZNbA!2e0!7i13312!8i6656
e vão reparar que a torre fica do lado direito quem vê de frente a Vila. E se fosse a máquina em sentido inverso a torre nunca seria a primeira parte do edifício a aparecer. Isto sem falar nos muros que mais que provavelmente foram construídos com a casa e que afastam esta da avenida.
Totalmente de acordo com o sr. Joaquim Pinto da Silva.
ResponderEliminarSenhor Luís Pereira, tem mais alguma informação acerca do tal arquitecto das duas mansões?
ResponderEliminarCaro Senhor Joaquim Pinto da Silva, tenho um livro que trata deste assunto. "Transformações na Arquitectura Portuense" de Domingos Tavares.
EliminarObrigado Sr. Luís Pereria. poderia enviar-me foto da capa desse livro, por favor?
ResponderEliminarPeço desculpa, só reparei agora na sua pergunta. Aqui vai um link: https://www.wook.pt/livro/transformacoes-na-arquitectura-portuense-domingos-tavares/21190793
EliminarÉ possível nos dias de hoje aceder ao caminho (Ervilha) por onde passava a Máquina antes de chegar a Cadouços?
ResponderEliminarParcialmente sim. Ele entronca na Rua Correia de Sá que termina/começa junto ao edifício Vodafone. A meio tem uma pontão que serviu para passar a máquina. E mais nesse seu início/começo é que se encontrava a Fonte da Moura, onde a máquina se abstecia de água. Penso que é aprtir desse local, desactivado depois, que o nome "desceu" para o actual entroncamento de Antunes Guimarães com a Av; da Boavista.
ResponderEliminarEsse caminho que pode ser visto numa das imagens desta publicação (penso que retirada do programa Caminhos da História) situa-se perto da Rua Correia de Sá? Não consigo perceber onde!
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