terça-feira, 3 de janeiro de 2017

A MÁQUINA - II

6.26.6 - A Máquina II - Estação de Cadouços. A Máquina na Foz e Matosinhos, A Máquina na linha Penafiel à Lixa



Na estação de Cadouços - O nosso leitor e amigo Sr. José Fiacre corrigiu o local que havíamos erradamente indicado como Matosinhos. Em Cadouços ainda existe o mesmo prédio. 


Linhas da Máquina na Boavista dada a ausência de cabos eléctricos.


Ervilha - caminho onde passava a Máquina antes de chegar a Cadouços



In Os velhos eléctricos do Porto


"A primitiva linha 18 do elétrico ligava a praça da Liberdade a Matosinhos, utilizando dois meios de transporte distintos: a máquina e o elétrico. À máquina competia o itinerário compreendido entre a Boavista e Matosinhos e ao eléctrico o percurso entre a Boavista e a praça da Liberdade. Neste registo fotográfico observamos a máquina a passar no viaduto (ou ponte) de Cadouços, construído entre o largo de Cadouços (atual largo do Capitão Pinheiro Torres de Meireles) e a rua Nova do Túnel (hoje rua de Cândida Sá de Albergaria), para cruzar, a nível superior, a então rua da Fonte de Cadouços (actual rua da Fonte da Luz). Esta ligação a Matosinhos foi suprimida em 1914, desaparecendo a primeira versão da linha 18 e a peculiar máquina da então Companhia Carris de Ferro do Porto". In Velhos Eléctricos do Porto.


A máquina nas ruas da Foz – In Os velhos eléctricos do Porto

A Máquina, como era conhecida, iniciou a sua actividade em 1878 desde a Boavista à estação de Cadouços, na Foz. Em 1882 chegou a Matosinhos.
Os atrelados vinham de várias zonas da cidade puxados pelos cavalos e eram atrelados à máquina que os levava até Matosinhos. O percurso era: descida da Av. Boavista, Caminho da Ervilha, Mercado da Foz, Rua da Cerca, Cadouços, Túnel, R. da Gondarém, Castelo do Queijo e Matosinhos na R. Brito Capelo.
Deixou de circular em 25/11/1914, dando lugar aos eléctricos que desciam a Avenida da Boavista.


Máquina com 5 atrelados – foto de Aurélio Paz dos Reis


A Máquina 7, a última a ser comprada


O túnel da Luz


A Máquina passava na rua de Gondarém – aqui na esquina da Rua do Crasto e sua Capela - 1907 - em primeiro plano duas senhoras e crianças muito bem vestidas e com chapéus, contrastando com o povo da Foz.


Villa Delphina - a Máquina a caminho do Castelo do Queijo – a quem terá pertencido esta mansão? – foto de Aurélio Paz dos Reis.


No final da Rua de Gondarém


Perto do Castelo do Queijo - 1903


A Máquina a caminho de Matosinhos entre 1895 e 1914 – na outra linha o eléctrico – In Os Velhos Eléctricos do Porto


A Máquina cruzava-se com o eléctrico em Matosinhos entre 1895 e 1914


Bilhete de 10 cêntavos de ida e volta Boavista-Matosinhos – anos 10 séc. XX




Após o encerramento da Máquina no Porto parte do material foi vendido para a linha de Penafiel /Lixa/Entre-os-Rios.



Penafiel


Acção de 50.000 Reis da C. C. F. de Penafiel à Lixa.

13 comentários:

  1. Sobre esta legenda: "Villa Delphina - a Máquina a caminho do Castelo do Queijo – a quem terá pertencido esta mansão? – foto de Aurélio Paz dos Reis.", posso afirmar que não é Vila Delphina (Av.da Bovista, em frente à actual Av. Mal Gomes da Costa). Deve ser alguma casa da Av. Montevideu ou da Rua de Gondarém, já próxima do Castelo do Queijo, entretanto destruída.

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  2. Muito obrigado aos dois caros leitores que fazem os seus comentários.
    Quanto à Villa Delfina devemos dizer que esperávamos já que fosse na Foz, a caminho do Castelo do Queijo. Onde recolhemos esta foto indicava este nome. Poderia ter havido duas mansões com o mesmo nome.
    Concordamos que se deve ler 10 centavos.
    Muito obrigado uma vez mais.

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  3. A Villa Delfina ainda existe!! Está na Av. da Boavista junto ao Colégio do Rosário. A confusão deve-se provavelmente ao facto de ambas terem sido desenhadas por António da Silva.

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  4. Mas é essa Vila Delphina, da Avenida da Boavista, em frente à Av. Mal. Gomes da Costa que eu digo que não é a da fotografia.

    Vejam por favor esta vista do Google: https://www.google.fr/maps/@41.162408,-8.6564995,3a,63.8y,-2.68h,94.67t/data=!3m6!1e1!3m4!1sVcrbYF1M2YwRkTu6XmZNbA!2e0!7i13312!8i6656

    e vão reparar que a torre fica do lado direito quem vê de frente a Vila. E se fosse a máquina em sentido inverso a torre nunca seria a primeira parte do edifício a aparecer. Isto sem falar nos muros que mais que provavelmente foram construídos com a casa e que afastam esta da avenida.

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  5. Totalmente de acordo com o sr. Joaquim Pinto da Silva.

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  6. Senhor Luís Pereira, tem mais alguma informação acerca do tal arquitecto das duas mansões?

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    1. Caro Senhor Joaquim Pinto da Silva, tenho um livro que trata deste assunto. "Transformações na Arquitectura Portuense" de Domingos Tavares.

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  7. Obrigado Sr. Luís Pereria. poderia enviar-me foto da capa desse livro, por favor?

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    1. Peço desculpa, só reparei agora na sua pergunta. Aqui vai um link: https://www.wook.pt/livro/transformacoes-na-arquitectura-portuense-domingos-tavares/21190793

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  8. É possível nos dias de hoje aceder ao caminho (Ervilha) por onde passava a Máquina antes de chegar a Cadouços?

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  9. Parcialmente sim. Ele entronca na Rua Correia de Sá que termina/começa junto ao edifício Vodafone. A meio tem uma pontão que serviu para passar a máquina. E mais nesse seu início/começo é que se encontrava a Fonte da Moura, onde a máquina se abstecia de água. Penso que é aprtir desse local, desactivado depois, que o nome "desceu" para o actual entroncamento de Antunes Guimarães com a Av; da Boavista.

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    1. Esse caminho que pode ser visto numa das imagens desta publicação (penso que retirada do programa Caminhos da História) situa-se perto da Rua Correia de Sá? Não consigo perceber onde!

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